Esse é meu último post neste blog. Estou de volta ao Brasil. Cheguei na casa dos meus pais às 2h15min da manhã de segunda-feira, 27 horas depois de ter saído do meu apartamento na Irlanda para ir ao aeroporto. Tudo correu bem na viagem. Apesar de um pequeno imprevisto logo no começo. Eu tinha três conexões até chegar a Porto Alegre, no RS. O primeiro voo saía de Dublin para Amsterdam, na Holanda, às 6h (horário da Irlanda). O segundo voo, de Amsterdam para Guarulhos (SP), partiria apenas uma hora e meia depois de eu aterrissar na Holanda. Isso era o programado, ao menos. Ao entrar no avião em Dublin, o anúncio do piloto: "o voo está atrasado por causa da neblina. Previsão de atraso: uma hora". Pensei: pronto, perdi meu voo para o Brasil! Cheguei a Schiphol, o aeroporto de Amsterdam, quando faltavam 25 minutos para o próximo avião decolar. Corri como uma louca e cheguei exatamente a tempo.
Não consegui dormir no voo de 11 horas e 30 minutos até Guarulhos. Assisti quatros filmes e meio (o último não consegui ver todo pq o avião já estava entrando em procedimento de pouso) e dois episódios de séries. Em Guarulhos, a conexão para Poa saía só cinco horas depois da minha descida no Brasil.
Ao colocar o pé no aeroporto brasileiro, senti uma sensação estranha, uma mistura de felicidade com incredulidade. Não parecia que estava de volta ao meu país. Eu ouvia português nas conversas ao meu lado e não entendia. Parecia tão estranho as pessoas não estarem falando inglês a minha volta. Muitas vezes, minha primeira percepção era que os adolescentes ao lado estavam falando uma língua talvez do leste europeu, algo incompreensível. Mas não, era português. E no balcão da companhia aérea, para o check-in, o meu primeiro impulso foi abrir a boca para falar "Good evening", mas me segurei a tempo. Ao comprar um sanduíche e um suco no aeroporto, a atendente perguntou se uma água mineral em cima do balcão também era minha. Não respondi. Aquelas palavras não faziam sentido para mim. Ela repetiu. Eu continuei sem falar. A outra atendente socorreu: "não, é de uma outra moça". Então, alguns segundos depois, a pergunta fez sentido no meu cérebro. Mas, acho que foi mais o cansaço da viagem do que o costume de falar inglês. Porque, óbvio, eu falava muito português na Irlanda.
No voo de Guarulhos para Poa, eu capotei. Era tarde demais para mim (eu estaria dormindo há horas na Irlanda). No caminho de carro entre Porto Alegre e Bento Gonçalves, me bateu uma tristeza, ao perceber que tudo estava exatamente no mesmo lugar. Até as placas de publicidade, eu tinha impressão que eram exatamente os mesmos anúncios do dia em que fiz o caminho inverso, indo para o aeroporto.
Agora, já começo a me reacostumar com minha vida. Mas ainda não me acertei exatamente com o horário. Tenho um sono tremendo às 21h (o que já seria uma hora da manhã na Irlanda) e acordo lá pelas 6h (10h na Irlanda). Mas, estou em férias do trabalho por enquanto, então, tenho tempo para me readaptar.
Estou aproveitando a semana para fazer o que não fiz nos últimos seis meses. Fui ao cabeleireiro e ao dentista. Amanhã, tenho oftalmologista e, na sexta, massagista.
Tenho que resolver um problema com o banco. Voltei só com alguns trocados de Real. Esqueci minha senha da conta no banco brasileiro e não consegui fazer uma nova pq os bancos estão em greve. Minha mãe teve que me emprestar dinheiro.
Ainda preciso organizar meu apto em Caxias. Arrumar gavetas, comprar desde comida até creme dental e shampoo.
Bom, mas a vida, aos poucos, volta ao normal, depois de seis meses que passaram rápido demais.
Como eu disse, esse é o último post do blog. Não teria sentido atualizá-lo, já que não estou mais na Irlanda. Mas, não vou tirá-lo do ar. A página continuará por aqui com o intuito de dar dicas para quem pretende se aventurar pela Irlanda ou Europa. Espero que seja útil.
A vocês, queridos leitores e amigos, obrigada por terem acompanhado um verão a mais na minha vida.
Jornalista brasileira indo para Irlanda descobrir o que há por lá, além dos leprechauns, do U2 e da Guinness... Acompanhe comigo um verão europeu.
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
sábado, 1 de outubro de 2011
Listas e memórias
Hoje é meu último dia de Irlanda. Embora estivesse melancólica nos últimos dias, hoje, acordei muito feliz, cheia de pensamentos positivos, na expectativa de rever as pessoas queridas no Brasil. Deixei para arrumar minhas malas nesta manhã e foi tudo muito simples. Terminei em duas horas.
Nesses momentos, fazer um balanço da experiência é inevitável. Essa também é a pergunta mais recorrente de amigos nos últimos dias: valeu a pena? Claro que valeu. Conheci sete países, fiz muitos amigos, vi muita coisa. Mas, não acredito naquele discurso chavão de “isso mudou minha vida”. Sou a mesma Kelly. Óbvio que aprendi muitas coisas (esse é o princípio da vida. Temos que aprender com tudo, todos os dias. Porém, não acho que viver no Exterior te transforma em outra pessoa. Talvez, se você for muito imaturo).
Provavelmente, sou um pouco mais corajosa agora. Eu viajei sozinha quase sempre (só fui com amigos para um dos países) e, para mim, ir para o estrangeiro se tornou algo como pegar um ônibus para ir de Bento a Caxias rever minha mãe, e não algo assustador. Me deem um mapa e consigo me achar facilmente em Londres, Roma, Madrid ou Paris. As cidades grandes não são mais desafios.
Como eu fui feliz na Espanha e na Itália (latinos, tão parecidos com Brasil)! Como Edimburgo é surpreendentemente linda! Como os franceses são bem mais prestativos do que as pessoas dizem (mesmo que não falem inglês)! Como a Irlanda do Norte ainda sente a ferida aberta dos conflitos entre católicos e protestantes! Como tanta gente ainda é fascinada pela monarquia na Inglaterra e outros não tão nem aí (eu tava lá no casamento real)! Como os coreanos são pessoas tão gentis (isso eu aprendi em Dublin mesmo)!
Tenho o sol da Itália na minha pele, milhares de fotos e poucos souvenirs. Não acredito que comprar bugigangas por aí seja algo útil (Ok. Confesso, eu coleciono imãs de geladeira dos lugares por onde passo. Mas só pq são baratinhos e fáceis de carregar). Fora isso, coleciono detalhes e memórias. Os italianos atendem ao telefone exatamente igual ao meu tio: “pronto!” e franzem a testa como meu pai quando estão surpresos (se eu tinha alguma dúvida de onde vieram meus ancestrais, não tenho mais). Quem nasce em Barcelona diz ser catalão e não espanhol. O símbolo de lealdade da Escócia é um cão chamado Bobby que dormiu por 14 anos no túmulo do seu dono, morto no século 19.
Meu inglês melhorou, acabei meu curso no nível avançado, mas não posso dizer que sou verdadeiramente fluente. Seis meses é pouco para entender absolutamente todas as palavras (ok. Isso é impossível, na verdade). Mas, óbvio que posso me comunicar sem problemas.
Listo abaixo as coisas que vou sentir falta em Dublin e aquelas que, definitivamente, não terei saudade. A lista negativa é maior (você não esperava que a viver na Europa era o paraíso, não?). Mas, mesmo assim, agora, na partida, o que fica são as lembranças positivas. Afinal, eu não coleciono souvenirs. Eu coleciono memórias.
Lista do que vou sentir falta
- Caminhar na beira do Liffey no final do dia quando tem sol;
- Fazer fotos na Ponte Samuel Beckett e ver o sol atrás da Customs House;
- Lagartear num dos parques;
- Pegar um avião para ir para outro país como se fosse pegar um ônibus para ir de Caxias a Bento;
- Conviver com japoneses, coreanos, italianos, espanhóis, etc, enfim, com uma pequena amostra das raças do mundo;
- Das pessoas dizendo sorry na rua por qualquer pequeno motivo (educação é tudo!);
- Da segurança de sair à rua, mesmo à noite, sem se preocupar se será assaltado;
- Fazer ligação internacional com Vodafone pré-pago por 9 centavos de euro ao minuto. Ou ligar ou mandar mensagem de graça para outros Vodafone (a concorrência na telefonia é algo fantástico na Europa).
Do que não vou sentir falta:
- Da comida daqui (horrível, ou sem gosto ou pura pimenta);
- Dos knackers (ganguezinhas de arruaceiros que batem em estrangeiros ou ficam criando confusão nas ruas);
- Das pessoas feias (sério. Eles foram mto judiados pela vida. Mtos irlandeses não têm dentes na boca, mas tem Iphone e são felizes. Dentista é algo carrísimo aqui);
- Da saúde pública pior do que a SUS no Brasil. Atendimento péssimo, especialmente se você for estrangeiro, com espera de seis horas por consulta na emergência;
- Do custo de vida (transporte, alimentação, moradia são caríssimos, não só comparando com Brasil, mas com outros países da Europa);
- De ter que esperar duas horas para o boiler rodar e poder tomar banho (se vc chegar em casa tarde, louco para tomar banho, mas já tiver outras pessoas na fila do boiler, isso quer dizer que só vai conseguir ir para o chuveiro lá pelas 1h, 2h da manhã. Bem legal... E quase todas as casas e aptos tem boiler);
- Não ter espaço para guardar suas coisas em armários e geladeiras. Isso pq todas as casas e aptos são minúsculos e divididos por cinco, seis ou mais pessoas. Então, você tem que ir ao mercado três vezes por semana, no mínimo;
- Não ter espaço – pelo mesmo motivo - no guarda-roupas para todas as suas coisas. Eu tinha sapatos dentro da mala, e calcinhas, cachecóis e meias dentro de sacolas de papelão (daquelas de lojas). E assim é com todos os estrangeiros. Aliás minha casa é “super espaçosa” perto de outras que vi por aí;
- Chegar em casa às 14h,vinda da escola, faminta, mas ter que esperar pq outros estão usando a cozinha.
Mas, enfim, vou voar para Amsterdam, na Holanda, às 6h deste domingo (hora da Irlanda. 2h da manhã no Brasil). Depois pego uma conexão para Guarulhos, em SP (11 a 12 horas de voo). Cinco horas de espera no aeroporto, mais um voo para Porto Alegre. Meia-noite (horário do Brasil), estarei aterrissando em solo gaúcho. E ainda terá a viagem para Bento Gonçalves. Depois de mais de 26 horas, terei chegado na casa dos meus pais. Vejo vocês no Brasil!
P.S. O vídeo aí de cima é só para ser trilha sonora enquanto vc lê.
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Sobre deixar de ser uma cidadã irlandesa
Quando cheguei na Irlanda, tive que cumprir a mesma saga de todo não-europeu que desembarca aqui. Me tornar uma cidadã irlandesa. Agora, desfaço esses passos, para deixar de existir como tal. Hoje, fui no banco fechar a minha conta. Também liguei para um cara que faz transfer para o aeroporto (meu voo é de madrugada. Não seria muito legal ir sozinha, na escuridão, procurar um ônibus com duas malas).Quando faltava um mês para deixar Dublin, eu anunciei minha vaga no apartamento em sites de classificados de imóveis. Sim, porque uma obrigação de quem divide casa com outras pessoas na Irlanda é achar alguém para seu lugar. Até para ter o dinheiro do depósito de volta. Quando se aluga um imóvel, deve-se deixar uma quantia como depósito (normalmente, o mesmo valor do aluguel). O proprietário devolve quando o imóvel for entregue (se estiver em boas condições). Como o pessoal sai e entra a toda hora, quem está indo embora deve achar alguém para ficar em seu lugar e cobrar dessa pessoa o depósito para não ficar no prejuízo. Eu tive sorte. A primeira pessoa que me escreveu um email, respondendo ao anúncio, ficou com o apartamento. E eu não vou conhecê-la pessoalmente. Acredite. Facilidades da internet. É uma alemã, que me pareceu muito gente boa. A gente combinou tudo por email ou pelo Facebook. A princípio, ela chegaria um dia antes de eu partir. Mas, teve que adiar a viagem por uns dias, o que fará que não nos encontremos. A alemã me mandou o dinheiro do depósito e do aluguel (que eu já tinha pago adiantado) por transferência bancária e já acertamos para uma das minhas colegas de apartamento entregar as chaves para ela.
Assim, minha vida aqui começa a ser apagada. Sei que não estou indo para forca. Só vou voltar para o Brasil. Para minha casa de antes, para meu emprego de antes. Territórios conhecidos. Mas, não sei explicar por que, a agonia que sinto agora é muito maior do que o nervoso que senti antes de embarcar no Brasil para vir para a Irlanda, terra inexplorada para mim até então. Alguns amigos que já passaram por experiência semelhante me disseram: "o pior é sempre a volta". É louco, mas é verdade. Reacostumar-se com sua vida pode ser mais difícil do que se acostumar com uma nova.
Acho que é sempre inevitável a pergunta, quando chega essa hora: devo renovar meu visto? Segue-se a isso uma balança com sua vida no Brasil e o que foi construído na terra estrangeira nos últimos meses. Difícil.
Andando pela rua em Dublin nos últimos dias, às vezes, me dá uma vontade de chorar. Não é força de expressão. Digo isso no sentido literal. A garganta embarga ao olhar o rio Liffey e pensar que não estarei andando ao longo dele ao entardecer da próxima segunda-feira. Vou estar a 10 mil quilômetros de distância.
Como um rito de passagem, vou desfazendo os meus passos por aqui. Deixando de existir como uma cidadã irlandesa. Não é a forca, mas não deixa de ser uma espécie de morte. Como toda partida, triste. Como toda partida, uma lição. De vida.
Assim, minha vida aqui começa a ser apagada. Sei que não estou indo para forca. Só vou voltar para o Brasil. Para minha casa de antes, para meu emprego de antes. Territórios conhecidos. Mas, não sei explicar por que, a agonia que sinto agora é muito maior do que o nervoso que senti antes de embarcar no Brasil para vir para a Irlanda, terra inexplorada para mim até então. Alguns amigos que já passaram por experiência semelhante me disseram: "o pior é sempre a volta". É louco, mas é verdade. Reacostumar-se com sua vida pode ser mais difícil do que se acostumar com uma nova.
Acho que é sempre inevitável a pergunta, quando chega essa hora: devo renovar meu visto? Segue-se a isso uma balança com sua vida no Brasil e o que foi construído na terra estrangeira nos últimos meses. Difícil.
Andando pela rua em Dublin nos últimos dias, às vezes, me dá uma vontade de chorar. Não é força de expressão. Digo isso no sentido literal. A garganta embarga ao olhar o rio Liffey e pensar que não estarei andando ao longo dele ao entardecer da próxima segunda-feira. Vou estar a 10 mil quilômetros de distância.
Como um rito de passagem, vou desfazendo os meus passos por aqui. Deixando de existir como uma cidadã irlandesa. Não é a forca, mas não deixa de ser uma espécie de morte. Como toda partida, triste. Como toda partida, uma lição. De vida.
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Seis meses em 2m43s
Seis meses em 2 minutos e 43 segundos. Minhas fotos da Europa.
Volto ao Brasil no domingo. O que eu faço com esse aperto no meu peito que me diz "não vai"?
Claro que estou com saudades dos amigos, da família. Mas as partidas sempre são tristes.
P.S. Ou clica aqui para ver em uma tela maior: http://www.youtube.com/watch?v=BJvAqEHucpQ&feature=youtube_gdata
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Dicas de viagem na Itália (Roma, Veneza e Florença): como usar trem, onde se hospedar, etc
Resolvi reunir algumas dicas de como viajar pela Itália, especialmente para Roma, Veneza e Florença.
Bom, se você for com a Ryanair, vai pousar no aeroporto de Ciampino, que é secundário (o principal aeroporto de Roma é Fiumicino). De Ciampino, tem dois jeitos de chegar ao Centro: ou com transporte público ou com ônibus de uma empresa privada. No público, você pega um ônibus da Cotral saindo do aeroporto e vai até o metrô de Anagnina. De lá, pega o metrô linha A até Termini. Os dois tickets saem por 2,4 euros e a viagem vai levar cerca de uma hora e meia. Indo com o ônibus da empresa Terravision, você paga quatro euros (one way ticket) e para direto em Termini, numa jornada de uns 40 minutos (ou seja, dá para economizar tempo).
Ainda sobre transporte: em Roma, só tem duas linhas de metrô e que não atendem toda a cidade. Isso porque como Roma é cheia de catacumbas e tesouros arqueológicos no subsolo, não dá para ficar escavando. Mas o ônibus urbano custa só um euro e dá para chegar em qualquer canto.
Viajei de trem entre Roma, Veneza e Florença. Foi bem tranquilo. Se você quiser, dá para comprar o tíquete pela internet. Mas eu, sinceramente, acho que não tem necessidade. Dá para deixar para adquirir na hora. Na verdade, para garantir que eu conseguiria viajar no horário que eu queria, eu comprava no dia anterior, ao chegar na estação de trem, já pegava o da próxima viagem. Tem máquinas de auto-serviço (Biglietto Veloce) em todas as estações. Dá para escolher o idioma (inglês ou espanhol, se você não entender italiano) e é bem fácil de usar. A máquina dá troco de até 100 euros ou aceita cartão de crédito. Ao chegar na estação, confira nos painéis de que binário sairá seu trem, daí é só embarcar no vagão (carozza) determinado no bilhete. Ah, antes de entrar, lembre de convalidar o bilhete numa das máquinas laranjas junto aos binários (terminais). Se passar o fiscal e você não estiver com bilhete convalidado, paga multa.
Aliás, todo bilhete tem que ser convalidado na Itália. Nos ônibus, tem uma máquina. Até antes de entrar no Vaporetto (o barco-ônibus em Veneza) tem que convalidar o bilhete.
Voltando ao trem: existem trens regionais, que são mais lentos e mais baratos, e trens rápidos e mais caros (Freccia). Por exemplo, entre Roma e Veneza, o trem comum demora sete horas e custa 40,50 euros. Já o Freccia demora três horas e meia e custa 76 euros o bilhete de segunda classe (eu viajei na segunda classe, é bem tranquilo). Nessa viagem, entre Roma e Veneza, tem diversas paradas no caminho, como Pádua, Rovedo, Bolonha, entre outras. Entre duas cidades que são perto só há trens regionais, mas aí o precinho é super camarada. Por exemplo, para ir de Florença para Pisa dá uma hora e custa 5,90 euros.
Na hora de escolher sua estação, esteja atento porque algumas cidades grandes têm mais de uma. Em Roma, a estação central é Termini. Em Florença, se chama Santa Maria Novella. Em Veneza, tem a estação Veneza Mestre, que fica no continente, e Veneza Santa Lúcia, que fica em Veneza ilha mesmo (ou seja, escolha Veneza Santa Lúcia).
Em Veneza (ilha) não entra carro ou motos. Então, o meio de transporte é o barco. O “ônibus” se chama Vaporetto e custa 6,50 euros por viagem. É vantagem comprar o tíquete válido por horas (como eu fiquei lá dois dias, comprei para 48 horas). Se você tiver até 31 anos, pode adquirir o cartão Rolling Venice e ter desconto na compra desse bilhete de Vaporetto e também em museus e outras atrações turísticas. O cartão é vendido nas bilheterias do Vaporetto mesmo. Ah, com o Vaporetto mesmo se vai até as outras ilhas, como Murano, Burano ou Torcello, e há linhas noturnas.
Onde se hospedar: em Roma, é bom ficar no Centro ou em Trastevere, daí dá para fazer tudo a pé. Mas junto à estação de Termini não é uma opção ruim. Já que de lá partem diversos ônibus, e também tem metrô, além de trens para outras cidades. Florença é bem pequena. Em qualquer lugar, será um bom lugar. Em Veneza, na ilha, é a mesma coisa (eu fiquei em San Polo, mas San Marco ou Canaregio tbm são bacanas). Só tenham um pouco de cuidado ao escolher hostel na Itália, porque como as cidades são muito antigas, então, tem muito prédio em péssimas condições. Muitas vezes, quando a propaganda diz “localizado num prédio histórico” pode significar “localizado num prédio caindo aos pedaços com chuveiros que não funcionam”. Recomendo muito o hostel Archi Rossi, em Florença, o melhor que já fiquei na Europa. Limpo, organizado, com banheiros para deficientes em todos os andares, com jantar vendido a um preço camarada, com água e comidinhas vendidas a preço de custo, computadores com internet rápida e de graça (tbm tem wireless de graça) e até uma fontezinha de água num jardim no pátio.
A Itália é cara, de um modo geral. Tem exceções, como o transporte público (ônibus em Roma a um euro). Porém, os hosteis são caros. Não se encontra um decente por menos de 30 euros por noite. A comida depende. Uma pizza (para uma pessoa) costuma sair por entre seis e 15 euros. Se optar por uma taça de vinho em restaurantes fica na faixa de três euros. Mas comprando em mercados, dá para achar por até de dois euros a garrafa.
Se você não fala italiano, não se preocupe. Nessas cidades turísticas, vendedores em lojas e mesmo o povo pelas ruas falam inglês ou espanhol.
A Itália, e especialmente Roma, tem fama de ser um dos lugares onde os turistas são mais furtados. Por isso, atenção aos seus pertences (mas, eu particularmente, não vi nada por lá. Achei Paris bem pior. Em Paris, eu encontrei várias pessoas que me contaram que tiveram a carteira furtada). Até ao comprar o bilhete de trem na máquina na Itália, a primeira tela é um aviso para ficar de olho na sua carteira enquanto adquire o tíquete. Outra fama negativa é a respeito dos taxistas. Eu não peguei táxi, mas todo mundo diz que eles sempre cobram preços exorbitantes de turistas. Então, é melhor se informar de quanto é o preço da corrida antes de embarcar.
No verão, a Itália é muito quente, passa dos 30ºC fácil, mesmo no Norte (o Sul, então, nem se fala). Agosto é o mês mais insuportável, segundo os romanos (ou seja, melhor não ir para lá nessa época, porque fica difícil andar na rua). Ah, tem fontes de água por todos os lados jorrando o tempo inteiro, e dá, sim, para tomar. Todas são de água potável e bem geladinha. Ou seja, encha sua garrafinha.
Ah, esse é o site do trem: http://www.trenitalia.com/ Como eu disse, não tem necessidade de comprar pela internet, mas dá para usá-lo para checar os horários.
Espero ter ajudado.
Florença: berço do Renascimento
De Veneza, fui de trem para Florença, na região da Toscana. A cidade é o berço do Renascimento. Então, se você gosta de arte, esse é lugar obrigatório. Algumas das maiores obras daquela época foram produzidas sob encomenda para igrejas ou praças locais.
A cidade é bem pequena. Então, em qualquer lugar que você ficar, estará bem localizado e conseguirá fazer tudo a pé. Eu fiquei num hostel ótimo (que tinha até jardim com fontezinha no pátio – o nome é Archi Rossi) perto da estação de trem e do Mercato Centrale. Aliás, o mercado deve ser visitado. Tem vinhos, frutas, queijos, carnes, pães, doces, bem baratinhos e gostosos. Ali, também fica o Mercado do Couro, onde centenas de barraquinhas vendem artigos em couro (cintos, jaquetas, bolsas, carteiras, etc) no meio da rua mesmo, junto com diversos outros souvenirs para turistas. Você poderá comprar, por exemplo, diversos modelos de Pinóquio (isso porque o criador da história, Carlo Lorenzini, nasceu em Florença). Junto ao mercado, tem a Basílica de San Lorenzo. Andando não mais do que cinco minutos se chega a Catedrale di Santa Maria di Fiori (onde fica Il Duomo) e ao Batistério. Para entrar na Catedral é de graça (mas, de novo, só de ombros cobertos e calça ou saia abaixo do joelho), mas para subir na cúpula tem que pagar oito euros. Para entrar no Batistério, são quatro euros.
Duas praças que merecem ser visitadas em Florença são a Praça da República e, especialmente, a Piazza della Signoria. Nesta última é onde ficam o Palácio Vecchio e diversas estátuas, incluindo uma cópia do David, de Michelangelo. Ali ao lado, fica a Galleria di Uffizi, com algumas das obras mais significativas do Renascimento em Florença. Dá para ver o Nascimento de Vênus e a Primavera, de Sandro Botticelli. Mas, para entrar na galeria, vá armado de paciência. A espera na fila é de duas horas. Isso porque eles só permitem a entrada de algumas pessoas por vez. O ingresso custa 11 euros. O mesmo preço se paga para poder ver a Galleria Dell’Academia (não muito longe). Mas lá a espera é menor. A Academia é pequena, mas vale porque é onde está o original do David, a estátua de Michelangelo. De mármore, com 5,17 metros, a obra é realmente perfeita. Dá para perceber as veias no braço, nas mãos, no pescoço do David. A estátua é monitorada por um sistema parecido com o que avalia atividade sísmica porque foram percebidas pequenas fissuras que podem fazê-la tombar.
Além do David, outro ponto que não pode faltar numa visita à Florença é a Ponte Vecchio, no Rio Arno. Cruzando o rio, você poderá chegar ao Piazzale Michelangelo, onde também há uma réplica do David (mas verde) e uma vista incrível da cidade (melhor do que a de Il Duomo, porque tem a vantagem de se poder ver o rio e a catedral – e de graça!). Se não estiver a fim de andar até lá, dá para pegar o ônibus 12 ou 13, que saem da Estação de Trem (Santa Maria Novella) e param exatamente no Piazzale. De lá, dá para admirar toda a beleza da Cidade das Artes.
Veja minhas fotos de Florença: https://picasaweb.google.com/101126651209934567449/FlorencaItalia17E18092011
Veneza: uma das cidades mais lindas do mundo
Minha segunda parada na Itália: Veneza, possivelmente, uma das cidades mais lindas do mundo. Isso porque ela é a única. Para começar, nada de carros ou motos. Só ruelas para pedestres ou canais para embarcações. Então, os ônibus e os táxis, claro, são barcos. Comprei o bilhete válido por dois dias para o Vaporetto (serviço de ônibus-aquático), o que te permite andar tranquilamente pelo canal e pelas ilhas de Veneza.
As ruazinhas de Veneza parecem aquelas de favela, complicadas, pequenas. Se você tiver como meta sair de um lugar para chegar em outro ponto da ilha pode ser bem difícil. Mas não se preocupe. O legal mesmo é se perder por lá, sem rumo, e descobrir novas e encantadoras paisagens. Absolutamente qualquer lugar de Veneza merece uma foto. Tudo é lindo. No final, você sempre vai encontrar o caminho porque a ilha é pequena. Ah, tem gente que diz que Veneza fede. Em algumas ruelas, dá para sentir um cheiro desagradável, sim, mas não é nada insuportável.
Veneza não tem tantos lugares obrigatoriamente turísticos. A Piazza de San Marco, claro, é um deles, onde tem aqueles pombos chatos aos milhares, a Basílica (também só entra com ombros cobertos e com calça ou saia abaixo do joelho), a Torre D’Orologio e o Palazzo Ducale. Ali pertinho fica a famosa Ponte dos Suspiros. No passado, ela ligava a cadeia ao lugar onde os prisioneiros eram executados. Então, os presos passavam por ela e viam Veneza pela última vez e davam um suspiro por saber que nunca mais poderiam andar pela cidade.
Outro ponto de visitação é a Ponte de Rialto (Veneza só tem três pontes ao longo de todo Grande Canal). Ali perto tem o Mercado de Rialto, onde se vende peixe fresco e umas frutas enormes. Vale a pena passear lá pela manhã. Por ali também ficam muitas barraquinhas de vender souvenirs para turistas (inclusive as máscaras, que custam na faixa de 15 euros). Eu fiquei hospedada nessa região, que é um lugar bem bacana.
Pela noite, é legal andar por Canaregio, região do Gheto, antigo ponto judeu. Por ali, achei uma lojinha que vende vinho por litro. Dá para comprar sauvignon, merlot e prosecco por 2,10 euros o litro (acredite!). Ah, você tem que levar sua garrafinha para encher.
Veneza fica na região do Vêneto, que tem um sotaque bem distinto do resto da Itália (e umas ideias separatistas). A ilha é apinhada de turistas, mas dá para encontrar com moradores pelas ruas, especialmente se você fugir um pouco da área mais central.
É bem fácil ir para as outras ilhas que pertencem à Veneza. Eu fui para Murano, famosa pela produção de vidro. Lá visitei o Museu do Vidro, que é pequeno, mas, se você gosta de arte, design, etc, dá para ficar impressionado vendo como, apesar da evolução da técnica, os objetos de vidros de mil anos atrás são parecidíssimos com os que você tem na sua prateleira em casa. Depois tomei um tempo para passar nas lojinhas que vendem bijous, artigos de decoração e outras coisas feitas de vidros (mas em todas tem, mais ou menos, as mesmas coisas e pelo mesmo preço. Pouca coisa é realmente exclusiva e, o pior: como carregar de volta na viagem algo tão frágil? Eu comprei só um brinco e uma pulseirinha).
Na sequencia, fui para Lido. Diferente de Murano, que é parecida com Veneza, Lido tem prédios e uma cara mais moderna. Em Lido tem praia, frequentada mais pelos locais, onde dá para alugar umas cabaninhas na beira-mar. A água é quente, mas a praia não é das mais bonitas. Lido é a sede do Festival Internacional de Cinema de Veneza (sim, é em Lido, não em Veneza exatamente). O Palazzo del Cinema fica a uma boa caminhada da estação de Vaporetto e, confesso, é bem feinho. Ahah. Mas fui lá para fazer uma foto onde, na semana anterior, tinham passado George Clooney, Keira Knightley, Matthew McConaughey, Kate Winslet, Matt Damon, Jude Law, Gwyneth Paltrow e Madonna, entre outros.
Para quem estiver a fim de conhecer, tem outras ilhas, como Burano ou Torcello, mas, na minha opinião, nenhuma supera a beleza de Veneza. Uma das cidades mais lindas e incríveis que já visitei.
Veja minhas fotos de Veneza: https://picasaweb.google.com/101126651209934567449/VenezaItalia15E16092011#
Roma: encantora
Acabei de voltar da Itália, talvez a melhor viagem da minha vida (ok, concorre com a Espanha como a melhor, mas ainda acho que a Itália vem em primeiro lugar). Fui sozinha para Roma, Veneza e Florença. Viajei de trem entre elas e foi tudo muito tranquilo. A Itália no verão é quente, em torno dos 30ºC (em Dublin, já é quase inverno), e linda.
A comida é deliciosa. A pizza de massa sequinha é uma tentação (peça a feita na hora. A de taglio – pedaço - quebra o galho - mais barata -, mas é requentada). Eu amo sorvete. Todo dia, experimentei um gelato diferente (três bolas por dois euros!). E o vinho... às vezes, é mais barato comprar vinho do que água mineral (!). Prove todos, branco, tinto, prosecco. A Itália é um convite ao prazer da mesa.
Se isso já não fosse o suficiente, tem os monumentos, as praças, um clima meio mágico pelas ruelas estreitas. No meu primeiro dia em Roma, eu andei, andei, andei pelo Centro para conhecer as principais praças. Apesar de Roma ser uma cidade grande (com mais de 2,5 milhões de habitantes), praticamente todas as atrações turísticas ficam bem no Centro e dá para fazer tudo a pé. Eu fui andando até para o Vaticano. Ah, só um alerta para você andar por Roma: o sinal verde para os pedestres não quer dizer que os carros não passarão. Eles continuarão andando, mas devagar, porque a prioridade é do pedestre. Ou seja, atenção ao cruzar as vias. Mas, não se preocupe, os motoristas costumam respeitar os pedestres.
Pois então, andei pela Piazza de Chiesa Nueva, pela Piazza Navona (uma das mais famosas e com uma fonte linda), subi até o Ara Pacis, e a Piazza del Popolo. Daí para a Piazza Napoleone (Pincio), de onde se tem uma vista bem legal da Popolo. Continuei meu caminho pela Trinitá Dei Monti e Piazza Di Spagna (tome fôlego sentado nas escadarias). Na sequência fui na Fontana Di Trevi. Óbvio que joguei minha moedinha (duas , na verdade) para garantir meu retorno à Roma (essa é a lenda, ao menos). A maioria das grandes fontes de Roma são cercadas para evitar que as pessoas pulem dentro. Na Di Trevi, ficam dois guardas que apitam se alguém tentar subir na mureta nem que seja para uma foto. Minhas andanças seguiram pela Piazza Della Rotonda e Pantheon (que é graça para entrar e é onde estão os túmulos do pintor Renascentista Rafael e de alguns reis italianos). Dali, fui para Campo Di Fiori para jantar (massa e vinho numa mesinha do lado de fora do restaurante. Delícia!). Nessa região, tem umas lojas com umas coisas baratas. Depois, segui meu caminho para Trastevere, onde eu estava hospedada. Trastevere é região central, mas do outro lado do rio Tibre (Tevere, em italiano). É um bairro muito legal de ruelas estreitas, com restaurantes e bares, lotado quando o sol se põe. A Piazza di Santa Maria in Trastevere é ótima para um sorvete. Para esses lados da cidade fica Gianicolo, um monte de onde dá para ver todo o centro de Roma, a partir de um belvedere junto à estátua de Giuseppe Garibaldi.
Bom, segundo dia em Roma foi reservado a ir ao Vaticano. Primeira parada, Basílica de São Pedro. Para entrar na igreja é de graça, a fila é grande mas anda rápido. Se você quiser subir na cúpula, paga sete euros para ir com elevador. Mas não se engane: depois dele, ainda terão mais de 320 degraus. Para ir só de escada, paga um pouco menos (cinco euros) mas aí são 551 degraus (para pagar os pecados). A vista lá de cima não é tão espetacular porque o Vaticano fica numa baixada, ou seja, só dá para ver os arredores. Detalhe: para visitar o Vaticano (e qualquer outra igreja da Itália) você deve estar com os ombros cobertos e com calção ou saia que fique abaixo dos joelhos (num lugar onde no verão faz mais de 30ºC!!!). Eu não tinha nenhuma roupa que se enquadrasse nisso a não ser calça jeans. Imagina subir os 320 degraus de calça com mais de 30ºC (quase morri!). E fiquei indignada porque várias mulheres estavam de vestidinho de alcinha e só se cobriam com xale (sempre na frente das igrejas tem ambulantes vendendo xales) para passar pela área de segurança, depois tiravam. E eu morrendo de calor! Mas pensando: Deus deve ter muitas coisas a mais para se preocupar do que com 10cm de pano (sim, porque se você estiver de regata não entra, mas com camiseta que mal e mal cubra os ombros, dá). Well, depois que saí da basílica, contornei os muros e cheguei aos Museus do Vaticano. Para entrar paga-se 15 euros. A Capela Sistina fica lá dentro. Então, o único jeito de vê-la é percorrendo os museus (onde há várias esculturas, quadros e objetos de valor histórico). Dentro da capela, não dá para fazer fotos.
Quase desmaiando de calor, tive que voltar para o hostel para trocar de roupas ao sair do Vaticano. Daí, fui de novo para aquela região para ver o Castel de Sant’Angelo. Construído para ser mausoléu do Imperador Adriano e de sua família, depois virou fortaleza papal. Ganhou esse nome porque durante a peste que assolou a Europa, em 590, conta-se que um anjo apareceu no alto do castelo, desembainhou sua espada, e, então, simplesmente, ninguém mais morreu da doença em Roma. Atualmente, o castelo é um museu.
O meu terceiro dia na cidade foi reservado a conhecer a Roma antiga. Primeira parada: o Coliseu. O anfiteatro de quase dois mil anos é uma das coisas mais incríveis que já vi na vida. Gigantesco e consideravelmente bem conservado. É espetacular andar por ele e pensar que os gladiadores romanos lutaram aí, imaginar as multidões vendo os espetáculos, o imperador sentado no seu posto de honra. Com o ingresso (12 euros), dá para ver também as ruínas do antigo Fórum Romano, que fica ali perto (a área é grande e aberta, ou seja, de novo, passei sufoco ao andar pelo sol lá, mesmo de vestidinho). Depois, ainda dei uma passada pelos Fóruns Imperiais (do outro lado da rua, esses são de graça, mesmo) e pelo monumento a Vittorio Emanuelle II (também conhecido como Altar da Pátria), que é muito lindo. Na volta para Trastevere, ainda fiz umas fotos no Largo de Torre Argentina, onde há umas ruínas de uma antiga área sacra.
Essa foi minha Roma no verão: histórica e quente.
Veja minhas fotos de Roma: https://picasaweb.google.com/101126651209934567449/RomaItalia1213E14092011#
sábado, 10 de setembro de 2011
Kildare Village: outlet shopping
Fui para Kildare neste sábado. É uma vilazinha a uns 50 quilômetros de Dublin, onde há várias outlets de lojas de marcas. Não é tão grande quanto eu pensava e nem tão barato quanto eu achava. Mas olhando bem entre as cerca de 60 lojas, dá para encontrar alguns produtos de grife a um preço camarada.
Dentre as marcas, destaque para Calvin Klein (tem uma de Jeans e outra de Underwear), Hugo Boss, Lacoste, Levi's, Polo Ralph Lauren, Tommy Hilfiger e Nike. Dá para encontrar tênis da Nike por 30 euros ou calças jeans por 25 euros.
Ah, procure o sorvete da Créperie Amélie. É fantástico. O melhor que eu já comi na Irlanda (só tem sorvete ruim nesse país, mas aquele é, surpreendemente, bom).
Saiba como chegar em Kildare aqui: http://www.kildarevillage.com/en/home/home
Dentre as marcas, destaque para Calvin Klein (tem uma de Jeans e outra de Underwear), Hugo Boss, Lacoste, Levi's, Polo Ralph Lauren, Tommy Hilfiger e Nike. Dá para encontrar tênis da Nike por 30 euros ou calças jeans por 25 euros.
Ah, procure o sorvete da Créperie Amélie. É fantástico. O melhor que eu já comi na Irlanda (só tem sorvete ruim nesse país, mas aquele é, surpreendemente, bom).
Saiba como chegar em Kildare aqui: http://www.kildarevillage.com/en/home/home
terça-feira, 6 de setembro de 2011
St Michan's Church e os corpos mumificados naturalmente
Eu sigo na minha busca por lugares ainda não vistos de Dublin. Hoje, fui na St. Michan's Church. Essa igreja é a mais antiga do lado norte de Dublin. Originalmente, foi fundada em 1095. Mas a construção que você encontra agora foi feita em 1685 e renovada em 1825. No interior da igreja, o destaque é um órgão do século 18. Porém, o mais interessante mesmo está nas criptas: corpos mumificados naturalmente.
Pessoas influentes dos séculos 17, 18 e 19 eram enterradas no subsolo da igreja. Há um cemitério aos fundos também. Mas, quem podia pagar mais, garantia um lugar nesse espaço nobre, nas catacumbas. Por causa da baixa umidade, mesmo sem ter sido embalsamados ou preparados para isso, os corpos ficaram mumificados. Alguns caixões estão abertos, então, é possível ver as múmias. Dá para perceber a pele, alguns dedos, a coluna e até alguns órgãos internos dos cadáveres.
Entre as histórias que contam é que Bram Stoker, o autor de Drácula, visitou as criptas quando era pequeno. E essa imagem foi das inspirações para escrever o livro. Realmente, o lugar é um pouco sinistro. Você entra por uma porta de metal na altura do chão e desce para um corredor com diversas salas de pedra. Cada uma é onde estão enterrados diversos corpos.
Para entrar na igreja (que é anglicana e tem missas até hoje, aos domingos) é de graça. Mas só se pode ter acesso à cripta se você pagar. A entrada normal custa 4,5 euros. Estudantes pagam 3,50 euros. Mas, se você estiver num grupo de, no mínimo, seis pessoas, paga 2,5 euros (junte os amigos. Foi o que eu fiz!). O passeio é guiado, mas é bem rapidinho. Você visita só duas dessas criptas. A igreja tem cinco no total.
A Michan's Church fica na Church Street, em Dublin 7 (perto de Four Courts).
Confira algumas fotos da igreja. Ah, essa foto aí de cima eu peguei na internet, porque é proibido fotografar dentro das criptas.
Minhas fotos:
https://picasaweb.google.com/101126651209934567449/Dublin6092011#
Pessoas influentes dos séculos 17, 18 e 19 eram enterradas no subsolo da igreja. Há um cemitério aos fundos também. Mas, quem podia pagar mais, garantia um lugar nesse espaço nobre, nas catacumbas. Por causa da baixa umidade, mesmo sem ter sido embalsamados ou preparados para isso, os corpos ficaram mumificados. Alguns caixões estão abertos, então, é possível ver as múmias. Dá para perceber a pele, alguns dedos, a coluna e até alguns órgãos internos dos cadáveres.
Entre as histórias que contam é que Bram Stoker, o autor de Drácula, visitou as criptas quando era pequeno. E essa imagem foi das inspirações para escrever o livro. Realmente, o lugar é um pouco sinistro. Você entra por uma porta de metal na altura do chão e desce para um corredor com diversas salas de pedra. Cada uma é onde estão enterrados diversos corpos.
Para entrar na igreja (que é anglicana e tem missas até hoje, aos domingos) é de graça. Mas só se pode ter acesso à cripta se você pagar. A entrada normal custa 4,5 euros. Estudantes pagam 3,50 euros. Mas, se você estiver num grupo de, no mínimo, seis pessoas, paga 2,5 euros (junte os amigos. Foi o que eu fiz!). O passeio é guiado, mas é bem rapidinho. Você visita só duas dessas criptas. A igreja tem cinco no total.
A Michan's Church fica na Church Street, em Dublin 7 (perto de Four Courts).
Confira algumas fotos da igreja. Ah, essa foto aí de cima eu peguei na internet, porque é proibido fotografar dentro das criptas.
Minhas fotos:
https://picasaweb.google.com/101126651209934567449/Dublin6092011#
domingo, 4 de setembro de 2011
Corrida de cachorros em Dublin
Na verdade, achei bem divertido. Tentei apostar duas vezes. Na primeira, fui pelo nome do cachorro. Spider Man me pareceu um nome digno. Na segunda, analisei o retrospecto do competidor no livrinho de estatísticas. Smooth Daddy havia ganhado as últimas quatro corridas. Perdi as duas apostas. Meus cachorros chegaram em segundo. Ahah. Mas tudo bem. Fiz a aposta mínima: dois euros por vez.
Funciona assim: tem 12 corridas por noite. Cada uma com seis cachorros galgos (em inglês, a raça se chama greyhound. São aqueles cães magros de patas compridas). Você pode apostar, no mínimo, dois euros por corrida. Se ganhar, você recebe valores que variam de acordo com o retrospecto do cachorro (se for favorito, ganha menos) e de acordo com o número de pessoas que apostaram naquele animal.
Os bichinhos correm atrás de um coelho mecânico numa pista circular. As corridas têm distâncias variáveis, mas que giram em torno dos 500 metros. Os cães percorrem isso em, mais ou menos, 30 segundos. Ou seja, num cálculo rápido, a uns 60 km/h. (Veja o vídeo aí em cima)
Em Dublin, tem dois estádios de corridas. No Shelbourne Park Stadium, em Dublin 4 (perto do canal e do Aviva Stadium), há corridas todas as quartas, quintas e sábados. No Harolds Cross, em Dublin 6, há corridas nas segundas, terças e sextas. O primeiro páreo da noite, normalmente, começa às 20h e o último é às 22h30min.
A entrada geral custa 10 euros. Estudantes pagam cinco. A aposta é de, no mínimo, dois euros. Leve também dinheiro para um hambúrger (o churrasquinho da Irlanda), fish and chips, refrigerante ou cerveja, bem no clima "estádio". Ah, em algumas competições especiais, o preço do ingresso pode subir.
Ah, e lembre de tirar o flash da sua câmera para fazer fotos ou o segurança vai te xingar (ele chamou minha atenção duas vezes, pq minha câmera tava no automático. Ahah)
Confira fotos da corrida: https://picasaweb.google.com/101126651209934567449/Dublin3092011CorridaDeCachorros#
Mais informações sobre as corridas: http://www.igb.ie
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Fotos: as pontes do Rio Liffey
O Rio Liffey corta Dublin. Eu, particularmente, adoro caminhar nas margens do rio. Metade do Centro fica de um lado, e outra metade no outro. Eu moro no lado norte e estudo no lado sul. Por isso, todos os dias, cruzo a ponte Samuel Beckett.
Ao longo da área central, há 15 pontes no Liffey. Eu percorri esse trecho, de cerca de 3,6 km, para fotografar todas as estruturas, tantos as que servem para carros, como as que são somente para pedestres.
A mais antiga é a Liam Mellowes Bridge, de 1768, a mais nova é a Samuel Beckett, do final de 2009.
As duas mais famosas talvez sejam a O'Connell Bridge, por ser a mais central e ponto de referência ("é perto da ponte da O'Connell?"), e a Ha'Penny Bridge (a do foto aí de cima). Essa úlltima é uma ponte de pedestres, branca, que está sempre em cartões postais de Dublin. Na verdade, ela se chama oficialmente Liffey Bridge. Mas ganhou o apelido porque para atravessá-la, desde quando foi construída em 1816 até 1919, tinha que pagar um pedágio de meio penny (half penny, em inglês).
Nas fotos, as pontes aparecem na ordem, desde a região do porto até a Heuston Station.
Espero que gostem.
Para ver as fotos é só clicar aqui: https://picasaweb.google.com/101126651209934567449/Dublin1092011PontesDoLiffey#
Ao longo da área central, há 15 pontes no Liffey. Eu percorri esse trecho, de cerca de 3,6 km, para fotografar todas as estruturas, tantos as que servem para carros, como as que são somente para pedestres.
A mais antiga é a Liam Mellowes Bridge, de 1768, a mais nova é a Samuel Beckett, do final de 2009.
As duas mais famosas talvez sejam a O'Connell Bridge, por ser a mais central e ponto de referência ("é perto da ponte da O'Connell?"), e a Ha'Penny Bridge (a do foto aí de cima). Essa úlltima é uma ponte de pedestres, branca, que está sempre em cartões postais de Dublin. Na verdade, ela se chama oficialmente Liffey Bridge. Mas ganhou o apelido porque para atravessá-la, desde quando foi construída em 1816 até 1919, tinha que pagar um pedágio de meio penny (half penny, em inglês).
Nas fotos, as pontes aparecem na ordem, desde a região do porto até a Heuston Station.
Espero que gostem.
Para ver as fotos é só clicar aqui: https://picasaweb.google.com/101126651209934567449/Dublin1092011PontesDoLiffey#
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Sobre batatas e a grande fome
Batatas. A falta delas matou, pelo menos, um milhão e meio de irlandeses em duas diferentes épocas. Esse monumento aí da foto fica na beira do rio Liffey, na Custom House Quay, e lembra o segundo período da grande fome. O Famine Memorial traz as estátuas de pessoas e um cachorro famintos, retirantes.
Bom, mas, vamos explicar melhor essa história de batatas: o vegetal foi trazido para a Irlanda no século 16 e se adaptou muito bem ao país, que tem poucas terras e um solo pobre. Logo, a batata se tornou a principal fonte de alimentação dos irlandeses. Os muito pobres tinham uma dieta baseada quase que exclusivamente nesse legume.
No inverno de 1740, uma grande geada destruiu praticamente toda a plantação de batatas. Cerca de 500 mil pessoas morreram, o que representava um quinto da população à época.
Na metade do século 19, a Grande Fome varreu o país. Esse é considerado um dos acontecimentos mais marcantes da história moderna irlandesa. Em 1845, a Irlanda contava com oito milhões de habitantes, desses, cerca de três milhões comiam apenas batatas. Em 1846, uma praga conhecida como ferrugem devastou as lavouras do legume em diversas partes do país. No ano seguinte, as plantações inteiras da ilha foram arruinadas. As pessoas começaram morrer às centenas. Com tantos cadávares pelas ruas, veio a cólera. Ou se morria de fome, ou da doença. Um milhão de irlandeses morreram, outro um milhão deixaram o país, fugindo da desgraça. A maioria migrou para os EUA. Mas a viagem nos "navios-caixões", como eram apelidados, nem sempre era das mais agradáveis. Muitos morreram no caminho e foram lançados ao mar.
A Irlanda só começou a ser reconstruída a partir de 1850, quando a ferrugem não voltou às plantações. Mas, o decréscimo populacional nunca foi recuperado.
Até hoje, a batata é o acompanhamento principal das refeições irlandesas (assim como o arroz é no Brasil).
Bom, mas, vamos explicar melhor essa história de batatas: o vegetal foi trazido para a Irlanda no século 16 e se adaptou muito bem ao país, que tem poucas terras e um solo pobre. Logo, a batata se tornou a principal fonte de alimentação dos irlandeses. Os muito pobres tinham uma dieta baseada quase que exclusivamente nesse legume.
No inverno de 1740, uma grande geada destruiu praticamente toda a plantação de batatas. Cerca de 500 mil pessoas morreram, o que representava um quinto da população à época.
Na metade do século 19, a Grande Fome varreu o país. Esse é considerado um dos acontecimentos mais marcantes da história moderna irlandesa. Em 1845, a Irlanda contava com oito milhões de habitantes, desses, cerca de três milhões comiam apenas batatas. Em 1846, uma praga conhecida como ferrugem devastou as lavouras do legume em diversas partes do país. No ano seguinte, as plantações inteiras da ilha foram arruinadas. As pessoas começaram morrer às centenas. Com tantos cadávares pelas ruas, veio a cólera. Ou se morria de fome, ou da doença. Um milhão de irlandeses morreram, outro um milhão deixaram o país, fugindo da desgraça. A maioria migrou para os EUA. Mas a viagem nos "navios-caixões", como eram apelidados, nem sempre era das mais agradáveis. Muitos morreram no caminho e foram lançados ao mar.
A Irlanda só começou a ser reconstruída a partir de 1850, quando a ferrugem não voltou às plantações. Mas, o decréscimo populacional nunca foi recuperado.
Até hoje, a batata é o acompanhamento principal das refeições irlandesas (assim como o arroz é no Brasil).
domingo, 28 de agosto de 2011
Dublin City Gallery The Hugh Lane
O vento gelado sopra em Dublin há alguns dias. Pelo jeito, o verão já se foi na ilha. Mas, resolvi não lamentar isso e visitar a Dublin City Gallery The Hugh Lane neste domingo. É uma galeria de arte, na Parnell Square (praticamente ao lado do Dublin Writers Museum). O melhor: é de graça!
A galeria não é muito grande, e tem várias partes que estão em reforma ou em preparação para exposição temporária que iniciará em 5 de setembro. Mas, entre os quadros, há Monet, Manet e Degas. Tbm tem duas obras de Jack Butler Yeats (irmão do famoso poeta W.B. Yeats). E algumas peças de arte moderna.
No final do prédio, você encontra o estúdio do artista Francis Bacon. Irlandês de nascimento, Bacon montou seu estúdio em Londres. Após sua morte em 1992, o escritório foi doado à galeria da sua cidade natal. O artista trabalhava em meio a uma bagunça só. Mas dizia que era só assim mesmo, no caos, que conseguia inspiração.
A galeria abre de terça a domingo. Confira os horários: http://www.hughlane.ie/
A galeria não é muito grande, e tem várias partes que estão em reforma ou em preparação para exposição temporária que iniciará em 5 de setembro. Mas, entre os quadros, há Monet, Manet e Degas. Tbm tem duas obras de Jack Butler Yeats (irmão do famoso poeta W.B. Yeats). E algumas peças de arte moderna.
No final do prédio, você encontra o estúdio do artista Francis Bacon. Irlandês de nascimento, Bacon montou seu estúdio em Londres. Após sua morte em 1992, o escritório foi doado à galeria da sua cidade natal. O artista trabalhava em meio a uma bagunça só. Mas dizia que era só assim mesmo, no caos, que conseguia inspiração.
A galeria abre de terça a domingo. Confira os horários: http://www.hughlane.ie/
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Dublin Writers Museum: museu para conhecer a história dos escritores
Eu já tinha postado aqui um vídeo falando que Dublin é a cidade da literatura. Pois, hoje, fui visitar o Dublin Writers Museum, museu que conta a história de escritores irlandeses (dos que já morreram). Em uma casa georgiana na Parnell Square East, o museu traz objetos dos escritores, como máquinas de escrever e óculos, além de edições raras de livros, entre elas, a primeira publicação de Drácula, de Bram Stoker. Organizada em ordem cronológica em dois andares, a visita é acompanhada por audio-guias (ou seja, uma boa oportunidade de treinar o ouvido para o inglês).
A entrada no museu custa € 7,50 a normal e € 6,30 para estudantes.
Ah, se quiserem ver o vídeo que produzi para o blog sobre Dublin ser cidade da literatura é só clicar aí: http://umveraoamaisnavida.blogspot.com/2011/08/video-dublin-cidade-da-literatura.html
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Croke Park, jogos gaélicos e a partida histórica de 2007
Eu fiquei impressionada com o número de torcedores pelas ruas e pubs neste domingo. Era a semi-final de futebol gaélico da GAA (Associação Atlética Gaélica). Mayo versus Kerry (se interessar, o Kerry está na final). Segundo o site da GAA, mais de 50,6 mil pessoas assistiram à partida no Croke Park. Passei na frente do estádio no final do jogo. Era aquele mesmo clima de saída de estádio no Brasil (mais amistoso, diria), crianças, pais, mulheres, churrasquinho (hamburger na grelha, o churrasco para os irlandeses).
O futebol (o que você conhece no Brasil por futebol) não é tão popular assim por aqui. Mas o gaelic football é. O jogo é algo entre o futebol e o rugby, dá para usar os pés e as mãos.
O Croke Park é a casa dos jogos gaélicos. Mas isso tem uma explicação histórica. Ah, primeiro vamos saber o que são jogos gaélicos: além do futebol gaélico, tem o hurling (que se joga num gramado mas com bastões), o handebol, camogie (também com bastões) e rounders (tem bola e bastões. Só não me peça para explicar a diferença de um de outro. Ahah).
Bom, voltando à história do Croke Park ser a casa dos jogos gaélicos. O estádio foi o palco do massacre conhecido como Bloody Sunday, em 1920. (Só para explicar: a música do U2 se refere a outro episódio, que também entrou para história como Bloody Sunday, mas esse foi em 1972, na Irlanda do Norte.) O primeiro ocorreu durante a guerra pela independência da Irlanda. No dia 20 de novembro de 1920, o Exército Republicano Irlandês (IRA) matou 14 britânicos, integrantes da força de inteligência que viviam em Dublin para passar informações sobre a rebelião para o Reino Unido. Em represália, tropas britânicas foram até o Croke Park no dia seguinte, 21 de novembro, um domingo, e abriram fogo contra a multidão que assistia a um jogo de futebol gaélico, matando 14 civis, incluindo dois jogadores e duas crianças, uma de 10 e outra de 11 anos. Esse é um dos episódios mais traumáticos da história irlandesa.
A independência do país veio em 1922. Porém, depois do Bloody Sunday, ficou definido que nenhum jogo originário da Inglaterra seria disputado no Croke Park, incluindo aí futebol e rugby. Esses jogos teriam como casa apenas o Landsdowne Road Stadium. Mas, em 2007, esse estádio foi demolido para que, em seu lugar, fosse construído um novo, com capacidade para mais espectadores e que atendesse a padrões internacionais. Mas aí, veio o grande problema: até que ficasse pronto, onde seriam disputadas as partidas de futebol ou rugby? Um grande debate surgiu na Irlanda em 2005 (dois anos antes da demolição, mas quando já havia o projeto de fazer isso). Muitos defendiam que não havia problema em disputá-las no Croke Park, outros viam isso como um ultraje. Ao final, foi definido que os jogos teriam, sim, como palco o Croke Park durante a reforma do outro estádio. Mas, por um acaso do destino, o primeiro jogo seria uma partida de rubgy justamente entre Inglaterra e Irlanda, marcada para o dia 24 de fevereiro de 2007. Criou-se um clima de apreensão. Muitos esperavam que jogadores ingleses seriam hostilizados ou que haveriam brigas na torcida. Mas, ao contrário, o dia foi de paz. Na hora do hino da Inglaterra, total respeito da torcida. No hino irlandês, muitos jogadores e torcedores choraram. O time inglês era muito superior ao irlandês, mas a Irlanda, surpreendentemente, venceu aquela partida. Para muitos jogadores da Irlanda, foi uma espécie de jogo da vida, ainda que não valesse o campeonato (era uma das partidas do torneio Six Nations). Aí no vídeo acima, confira o momento dos hinos.
Últimas curiosidades: com a inauguração em 2010, o Landsdowne passou a se chamar Aviva Stadium.
O Croke Park, com capacidade para 82,3 mil expectadores, é o terceiro maior da Europa (perde só para o Nou Camp, em Barcelona, e, Wembley, em Londres).
Esse é um vídeo feito pela GAA (associação de jogos gaélicos) para sentir o clima do Croke Park: http://www.youtube.com/watch?v=bCYSflQwc7o
O futebol (o que você conhece no Brasil por futebol) não é tão popular assim por aqui. Mas o gaelic football é. O jogo é algo entre o futebol e o rugby, dá para usar os pés e as mãos.
O Croke Park é a casa dos jogos gaélicos. Mas isso tem uma explicação histórica. Ah, primeiro vamos saber o que são jogos gaélicos: além do futebol gaélico, tem o hurling (que se joga num gramado mas com bastões), o handebol, camogie (também com bastões) e rounders (tem bola e bastões. Só não me peça para explicar a diferença de um de outro. Ahah).
Bom, voltando à história do Croke Park ser a casa dos jogos gaélicos. O estádio foi o palco do massacre conhecido como Bloody Sunday, em 1920. (Só para explicar: a música do U2 se refere a outro episódio, que também entrou para história como Bloody Sunday, mas esse foi em 1972, na Irlanda do Norte.) O primeiro ocorreu durante a guerra pela independência da Irlanda. No dia 20 de novembro de 1920, o Exército Republicano Irlandês (IRA) matou 14 britânicos, integrantes da força de inteligência que viviam em Dublin para passar informações sobre a rebelião para o Reino Unido. Em represália, tropas britânicas foram até o Croke Park no dia seguinte, 21 de novembro, um domingo, e abriram fogo contra a multidão que assistia a um jogo de futebol gaélico, matando 14 civis, incluindo dois jogadores e duas crianças, uma de 10 e outra de 11 anos. Esse é um dos episódios mais traumáticos da história irlandesa.
A independência do país veio em 1922. Porém, depois do Bloody Sunday, ficou definido que nenhum jogo originário da Inglaterra seria disputado no Croke Park, incluindo aí futebol e rugby. Esses jogos teriam como casa apenas o Landsdowne Road Stadium. Mas, em 2007, esse estádio foi demolido para que, em seu lugar, fosse construído um novo, com capacidade para mais espectadores e que atendesse a padrões internacionais. Mas aí, veio o grande problema: até que ficasse pronto, onde seriam disputadas as partidas de futebol ou rugby? Um grande debate surgiu na Irlanda em 2005 (dois anos antes da demolição, mas quando já havia o projeto de fazer isso). Muitos defendiam que não havia problema em disputá-las no Croke Park, outros viam isso como um ultraje. Ao final, foi definido que os jogos teriam, sim, como palco o Croke Park durante a reforma do outro estádio. Mas, por um acaso do destino, o primeiro jogo seria uma partida de rubgy justamente entre Inglaterra e Irlanda, marcada para o dia 24 de fevereiro de 2007. Criou-se um clima de apreensão. Muitos esperavam que jogadores ingleses seriam hostilizados ou que haveriam brigas na torcida. Mas, ao contrário, o dia foi de paz. Na hora do hino da Inglaterra, total respeito da torcida. No hino irlandês, muitos jogadores e torcedores choraram. O time inglês era muito superior ao irlandês, mas a Irlanda, surpreendentemente, venceu aquela partida. Para muitos jogadores da Irlanda, foi uma espécie de jogo da vida, ainda que não valesse o campeonato (era uma das partidas do torneio Six Nations). Aí no vídeo acima, confira o momento dos hinos.
Últimas curiosidades: com a inauguração em 2010, o Landsdowne passou a se chamar Aviva Stadium.
O Croke Park, com capacidade para 82,3 mil expectadores, é o terceiro maior da Europa (perde só para o Nou Camp, em Barcelona, e, Wembley, em Londres).
Esse é um vídeo feito pela GAA (associação de jogos gaélicos) para sentir o clima do Croke Park: http://www.youtube.com/watch?v=bCYSflQwc7o
domingo, 21 de agosto de 2011
National Botanic Gardens (ou Jardim Botânico) de Dublin
Fui conhecer o Jardim Botânico de Dublin. Na verdade, não achei muito emocionante, mas dá para aprender algumas coisas. O Botanic Garden foi criado em 1795 e tem mais de 17 mil espécies. Aos domingos, são oferecidos passeios guiados gratuitos, às 12h e às 14h30min. O guia mostra algumas das principais árvores do jardim (a maioria espécies nativas de outros países).
Conheci um sobreiro (esse é o nome em português), cujo tronco é usado na fabricação de rolhas de vinho. Na Europa, ela cresce na Espanha e em Portugal, não na Irlanda, só para deixar claro, mas há um exemplar no jardim. Ao cortar a casca (que é meio esponjosa) para a fabricação de rolhas, a planta demora 15 anos para se regenerar, segundo o guia do jardim.
O Botanic Gardens fica em Dublin 9. Dá para chegar lá de ônibus (os melhores são o 13 e o 19, que param bem na frente do portão). Confira os horários de funcionamento do jardim: http://www.botanicgardens.ie/
Veja algumas fotos que eu fiz: https://picasaweb.google.com/101126651209934567449/Dublin21082011#
Conheci um sobreiro (esse é o nome em português), cujo tronco é usado na fabricação de rolhas de vinho. Na Europa, ela cresce na Espanha e em Portugal, não na Irlanda, só para deixar claro, mas há um exemplar no jardim. Ao cortar a casca (que é meio esponjosa) para a fabricação de rolhas, a planta demora 15 anos para se regenerar, segundo o guia do jardim.
O Botanic Gardens fica em Dublin 9. Dá para chegar lá de ônibus (os melhores são o 13 e o 19, que param bem na frente do portão). Confira os horários de funcionamento do jardim: http://www.botanicgardens.ie/
Veja algumas fotos que eu fiz: https://picasaweb.google.com/101126651209934567449/Dublin21082011#
sábado, 20 de agosto de 2011
Um lugar: Garden of Remembrance
Um jardim para lembrar aqueles que morreram lutando pela independência da Irlanda. O Garden of Remembrance fica bem no Centro, na Parnell Street East, em Dublin 1 (é ao final da O'Connell, logo na quadra de cima da estátua do Parnell).
É pequeno, com um espelho de água, flores e uma escultura, mas bonitinho. O que conta mesmo é a importância histórica dele. O jardim fica no lugar onde alguns dos líderes do levante de 1916 foram mantidos antes de serem conduzidos para a prisão, a Kilmainham Gaol. Mas hoje ele é uma homenagem não só àqueles que foram mortos ou executados (no caso dos lideres) naquela ocasião, mas também em, pelo menos, outros quatro levantes anteriores, e ainda na guerra que culminou com a independência da Irlanda em 1922.
Quando a rainha da Inglaterra, Elizabeth II, visitou Dublin em maio, ela esteve no jardim e depositou flores num gesto carregado de simbolismo (afinal, esses irlandeses que o Garden of Remembrance lembra foram mortos exatamente pelos britânicos).
Algumas fotos do Garden of Remembrance e tbm da estátua do James Joyce e do Oscar Wilde (que ficam em outros pontos da cidade): https://picasaweb.google.com/101126651209934567449/Dublin9082011
É pequeno, com um espelho de água, flores e uma escultura, mas bonitinho. O que conta mesmo é a importância histórica dele. O jardim fica no lugar onde alguns dos líderes do levante de 1916 foram mantidos antes de serem conduzidos para a prisão, a Kilmainham Gaol. Mas hoje ele é uma homenagem não só àqueles que foram mortos ou executados (no caso dos lideres) naquela ocasião, mas também em, pelo menos, outros quatro levantes anteriores, e ainda na guerra que culminou com a independência da Irlanda em 1922.
Quando a rainha da Inglaterra, Elizabeth II, visitou Dublin em maio, ela esteve no jardim e depositou flores num gesto carregado de simbolismo (afinal, esses irlandeses que o Garden of Remembrance lembra foram mortos exatamente pelos britânicos).
Algumas fotos do Garden of Remembrance e tbm da estátua do James Joyce e do Oscar Wilde (que ficam em outros pontos da cidade): https://picasaweb.google.com/101126651209934567449/Dublin9082011
domingo, 14 de agosto de 2011
Missa católica em português em Dublin
Se você é católico e está sentindo falta de ouvir missa em português, saiba que isso não é um problema em Dublin. Sempre no segundo e no quarto domingo de cada mês, às 16h, tem missa em português na St Michan's Church. A igreja fica na Halston Street, em Dublin 7. Não é longe, é logo ao final da Parnell Street ou da Henry Street, mas pode ser um pouco difícil de achar pq é uma ruazinha. A igreja fica bem em frente a uma pracinha para crianças. A construção é toda em pedra (essa da foto) e não placa com o nome. Ah, tem duas portas, você deve entrar pela porta secundária, não pela principal (se estiver encostada, é só abrir com a maçaneta).
Não sou católica praticamente, mas fui acompanhar a minha colega Ludmila na missa deste domingo. O padre Edson estava estreando. Brasileiro de São Paulo, ele estava morando em Roma, na Itália, e acabou de chegar em Dublin para ficar dois meses aprendendo inglês. No sermão, falou sobre ser estrangeiro. E também, claro, sobre o Dia dos Pais (na Irlanda e no Reino Unido, o Dia dos Pais já passou, foi em junho).
A Ludmila me disse que, outras vezes, o padre era um irlandês ou um japonês que aprenderam português por terem trabalhado no Brasil.
Neste domingo, tinha umas 30 pessoas, a maioria jovem, assistindo à missa. Tem, inclusive, uma moça que canta e outra que toca violão. O grupo também faz atividades como estudos da Bíblia.
Fica a dica para quem é brasileiro e é católico. Mas, claro, sempre é bom também ir para missa em inglês para treinar a língua.
Não sou católica praticamente, mas fui acompanhar a minha colega Ludmila na missa deste domingo. O padre Edson estava estreando. Brasileiro de São Paulo, ele estava morando em Roma, na Itália, e acabou de chegar em Dublin para ficar dois meses aprendendo inglês. No sermão, falou sobre ser estrangeiro. E também, claro, sobre o Dia dos Pais (na Irlanda e no Reino Unido, o Dia dos Pais já passou, foi em junho).
A Ludmila me disse que, outras vezes, o padre era um irlandês ou um japonês que aprenderam português por terem trabalhado no Brasil.
Neste domingo, tinha umas 30 pessoas, a maioria jovem, assistindo à missa. Tem, inclusive, uma moça que canta e outra que toca violão. O grupo também faz atividades como estudos da Bíblia.
Fica a dica para quem é brasileiro e é católico. Mas, claro, sempre é bom também ir para missa em inglês para treinar a língua.
sábado, 13 de agosto de 2011
Killiney e Dalkey: praia, casa do Bono do U2, etc
Hj, fui com alguns amigos para Killiney, praia no subúrbio de Dublin, entre Dun Laoghaire e Bray. Dá para chegar de ônibus ou de Dart (€ 4,90 o return ticket a partir do Centro). A praia é como as outras em Dublin: com pedras, morros ao fundo, água azul e gelada (mas, claro, os irlandeses tavam lá nadando).
Se vc descer na estação do Dart, entre na lancheria e pegue um mapa para ajudar a se localizar. A maioria das casas de Killiney são de gente com grana. Entre os moradores ilustres estão Bono Vox, vocalista do U2, e a cantora Enya (lembram dela? Sim, ela é irlandesa!!!). Da casa do Bono só dá para ver o portão, claro. Ahah. O portão, o muro, o poste em frente e até a placa com o nome da rua (Vico Road) estão pichadas por fãs. O portão da Enya não está rabiscado, mas vc vai reconhecer pq a construção é um castelo.
Seguindo na mesma rua, está a entrada do Killiney Hill. Dá para ter uma vista linda do Obeslico, o ponto mais alto do parque.
Se vc tiver boa vontade, caminhe até Dalkey, outro subúrbio, a uns 2 km dali. O centrinho é bem bonitinho, parece cenário cenográfico de novela. E tem estação de Dart, dá para voltar para Centro a partir de Dalkey.
Fotos de Killiney e Dalkey: https://picasaweb.google.com/101126651209934567449/Dublin13082011
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Vídeo: Dublin, cidade da literatura
Dublin é considerada pela Unesco cidade da literatura, desde 2010. A capital da Irlanda é berço de inúmeros escritores mundialmente famosos: Oscar Wilde, James Joyce, Bram Stoker, Samuel Beckett.
Para se ter uma ideia, três prêmios Nobel de Literatura nasceram aqui.
Nesse vídeo, eu levo vocês para conhecer alguns dos lugares onde esses importantes escritores passaram.
P.S. Se caso o vídeo não rodar aí em cima, esse é o link no You Tube: http://www.youtube.com/watch?v=QPLhacHXJRY&feature=youtube_gdata
Para se ter uma ideia, três prêmios Nobel de Literatura nasceram aqui.
Nesse vídeo, eu levo vocês para conhecer alguns dos lugares onde esses importantes escritores passaram.
P.S. Se caso o vídeo não rodar aí em cima, esse é o link no You Tube: http://www.youtube.com/watch?v=QPLhacHXJRY&feature=youtube_gdata
domingo, 31 de julho de 2011
Visita à casa da presidente
Todos os sábados, a residência da presidente da Irlanda é aberta à visitação pública. Há tours guiados com duração de uma hora. O primeiro saí às 10h30min e o último às 15h30min (tem de hora em hora, ou seja, 11h30min, 12h30min, etc) do Visitor Centre do Phoenix Park. Mas é bom chegar cedo porque há vagas para 24 pessoas por vez. Eu e a Ludmila, minha colega brasileira, fomos neste sábado. O Visitor Centre abre às 10h e o primeiro tour é às 10h30min. Nós chegamos lá às 10h20min e só tinha vagas para o tour das 13h30min. O pessoal do centro de informações me disse que normalmente, antes do meio-dia, os tickets já acabaram (só dá para pegar ingressos para aquele mesmo dia). Ah, importante: é de graça!
O nome oficial da residência é Áras an Uachtaráin e fica bem no coração do Phoenix Park. O prédio original é de 1751. Inicialmente, serviu como residência do representante da Coroa Britânica em Dublin (já que a Irlanda pertencia ao Reino Unido). O primeiro presidente irlandês tomou posse em 1938 (o país se tornou independente em 1922). Desde então, a casa já serviu de morada para nove presidentes (incluindo a atual, Mary McAleese).
Para visitação, estão abertas apenas algumas salas do casarão, mas, entre elas, as mais importantes, como onde ocorre a primeira reunião oficial de trabalho do presidente após a posse, o salão onde se recebem autoridades em visita ao país e a sala de estudos do presidente (nessa Mary McAleese colocou fotos dos filhos, dos pais e do seu casamento em portas-retratos nas escrivaninhas para dar um toque pessoal).
Depois, a visita continua nos jardins. Achei bacana que, nessa parte, quem fala sobre a história dos jardins e das plantas é um dos jardineiros da residência, que para o trabalho para dar atenção aos turistas, com sapatos cheios de terra e moletom sujo mesmo. Como costume, cada visitante ilustre da residência, planta uma árvore. Há espécies plantadas pelo papa João Paulo II, pela rainha Vitória, por John Kennedy, por Barack Obama, Nelson Mandela, entre outros.
O nome oficial da residência é Áras an Uachtaráin e fica bem no coração do Phoenix Park. O prédio original é de 1751. Inicialmente, serviu como residência do representante da Coroa Britânica em Dublin (já que a Irlanda pertencia ao Reino Unido). O primeiro presidente irlandês tomou posse em 1938 (o país se tornou independente em 1922). Desde então, a casa já serviu de morada para nove presidentes (incluindo a atual, Mary McAleese).
Para visitação, estão abertas apenas algumas salas do casarão, mas, entre elas, as mais importantes, como onde ocorre a primeira reunião oficial de trabalho do presidente após a posse, o salão onde se recebem autoridades em visita ao país e a sala de estudos do presidente (nessa Mary McAleese colocou fotos dos filhos, dos pais e do seu casamento em portas-retratos nas escrivaninhas para dar um toque pessoal).
Depois, a visita continua nos jardins. Achei bacana que, nessa parte, quem fala sobre a história dos jardins e das plantas é um dos jardineiros da residência, que para o trabalho para dar atenção aos turistas, com sapatos cheios de terra e moletom sujo mesmo. Como costume, cada visitante ilustre da residência, planta uma árvore. Há espécies plantadas pelo papa João Paulo II, pela rainha Vitória, por John Kennedy, por Barack Obama, Nelson Mandela, entre outros.
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Conversação em inglês de graça em Dublin
Para quem quer treinar o inglês e conhecer pessoas, há vários lugares que oferecem sessões de conversação de graça. A Biblioteca Pública que fica no Ilac Shopping Centre, por exemplo. Outro desses lugares é uma igreja gospel chamada Immanuel Church. Toda sexta, das 13h às 14h. Tem sanduíches, biscoitos, refrigerante, café e chá à vontade (de graça, claro). Então, você se serve e senta numa das mesinhas. Em cada uma, sentará também um voluntário da igreja, que pode ser um irlandês ou um estrangeiro mas que fala inglês com fluência. Então, você conversa com o voluntário e as outras pessoas na mesa. É divertido. É dá para fazer amigos. Eu fui lá hoje.
A igreja fica na Bachelors Walk, 28, Dublin 1. É a rua do rio, pertinho da O'Connell. Se você atravessou a ponte da O'Connell e estiver com o rio às suas costas, é só dobrar à esquerda e andar alguns metros. É ali no início da quadra mesmo, nessa porta azul da foto.
A igreja fica na Bachelors Walk, 28, Dublin 1. É a rua do rio, pertinho da O'Connell. Se você atravessou a ponte da O'Connell e estiver com o rio às suas costas, é só dobrar à esquerda e andar alguns metros. É ali no início da quadra mesmo, nessa porta azul da foto.
A moda da próxima estação
Enquanto no Brasil, vocês ainda passam frio e imaginam o que vão vestir no verão, aqui na Europa, as revistas já estampam a moda do próximo outono/inverno. Sim, porque a estação fria já está batendo à porta (ao menos, das ilhas no norte). Mas essas tendências só chegarão no Brasi daqui a um ano. Por isso, resolvi antecipar algumas coisas para vocês que querem já usar neste inverno!
Comprei a Vogue para o Reino Unido de agosto (que tem a Kate Moss na capa). A maioria das dicas, eu extraí da revista. É claro q não é só pq a Vogue disse q vc tbm tem q dizer amém. Até pq eu sempre achei a Vogue meio elitizada demais. Nem tudo da revista serve para mulheres do mundo real. Outra consideração: a brasileira tem, sim, um gosto e uma moda próprios. Não adianta só importar da Europa um padrão. Isso nem sempre funcionará nos trópicos. Por fim, ressalto: essa é uma leitura q eu fiz da Vogue, ou seja, meu olhar sobre o olhar dos editores da revista. Use o q vc se sentir confortável. Essa é a melhor regra na hora de se vestir.
Pois bem, a moda não muda radicalmente de uma estação para outra (aliás, tenho impressão que tudo já foi inventado e os estilistas agora só fazem releituras), portanto, você verá que grande parte do que listo abaixo já é tendência há algum tempo. Vamos lá:
Cores: chama a atenção o vermelho-rubi. Mas tbm há espaço para outras cores de pedras preciosas, como esmeralda, ametista, safira, citrino...
Casacos: claro que os compridos sempre terão espaço, mas o casaco da estação é mais curtinho, na altura da cintura da saia ou calça.
Casacos 2: esse não está por tudo, mas acho bonitinho: casacos ao estilo poncho.
A estampa: bolinhas, poá, círculos. Se o verão é das listras, o inverno será dos pontinhos, em variados tamanhos.
A bota: depois de muitas ankles e daquelas que batem na coxa, as botas de cano alto (mas, abaixo do joelho) voltam com tudo.
Bolsas: tem grande, média, mini. Para todos os gostos e ocasiões. Mas, segundo a Vogue, o grande diferencial da estação não está no que você carrega, mas como carrega. Sim, isso mesmo. A sugestão é literalmente carregá-la nos braços. Mesmo se tiver alças, você deve agarrar a bolsa como se fosse uma pasta, ali do lado (entendeu?).
Para os cabelos: rabo-de-cavalo. Invente, mas, de preferência, bem no alto.
E ainda: boyfriend, brilho, sixties, forties, fetiche - nada disso é novidade, mas continua valendo.
Agora, é só escolher o que te agrada.
terça-feira, 26 de julho de 2011
Edimburgo, na Escócia, uma cidade super charmosa
Apesar de não ser um destino super badalado, a Escócia definitivamente é um país que merece ser visitado. Edimburgo é uma cidade encantadora, super charmosa. Acabei de voltar de lá. Para mim, é a capital no Reino Unido com uma cara mais própria. Única, sabe? Pq acho Londres, Belfast e mesmo Dublin (que ainda tem mto de UK) bem parecidas. O sotaque de Edimburgo não é difícil de entender (embora que digam que no interior do país, a coisa complica). Atenção à pronúncia: ninguém fala "Edinburgh" na cidade. Todos dizem: Edinbvrgh (algo como "Edinbvrah").
A cidade encanta pq, ao contrário da maioria dos lugares da Europa, plainos, Edimburgo tem morros e montanhas. Isso porque havia um vulcão ali há mais de 340 milhões de anos, que entrou em erupção e formou as rochas onde hoje estão algumas das atrações mais conhecidas e as melhores vistas da cidade. É mto bacana caminhar pelo Centro, olhar para o lado e ver um monte com um castelo em cima.
Comecei o tour pelo Edinburgh Castle. A entrada custa 15 libras (sim, estamos no Reino Unido) e não tem desconto para estudantes. Mas vale a pena. O castelo é enorme e a vista, linda. Construído no topo do vulcão inativo, ainda hoje algumas das edificações são utlizadas pelo exército como quartel pela posição estratégica (de lá se vê o estuário de Forth, um braço do mar que banha Edimburgo). Entre as atrações do castelo estão as jóias da Coroa, espada, cetro e coroa, datados entre séculos 15 e 16, além da Pedra do Destino. A história da pedra (que é só isso mesmo, uma pedra retangular) é a seguinte: os antigos acreditavam que ela tinha servido de travesseiro para Jacó (o cara da Bíblia) e depois foi levada para o Egito por faraós. Desde 1057, a pedra é usada na cerimônia de coroação dos reis da Escócia. Em 1296, quando a Inglaterra invadiu a Escócia, os ingleses levaram a pedra para Londres. Lá ela continuou sendo usada, ficando abaixo do trono da coroação dos reis do Reino Unido. Em 1996, a rainha Elizabeth II decidiu devolvê-la para a Escócia, depois de 700 anos(!). A pedra foi então transportada da Abadia de Westminster para o castelo com a condição que será enviada de volta a Londres para futuras cerimônias de coroação (de Charles ou William, por exemplo).
Outra atração do castelo é o One O'Clock Gun. Desde 7 de junho de 1861, o canhão dispara com objetivo de ser um sinal sonoro para navios no porto de Leith. Afinal, naquela época, relógios não eram algo comum. Até hoje continua disparando (mas agora é um canhão moderno, com algo como "festim"). Todos os dias, de segunda a sábado, menos no Natal e na Sexta-feira Santa.
Outros pontos do castelo são a capela de St Margeret, o prédio mais antigo, dedicado à santa que morreu ali (Margeret, rainha da Escócia, foi canonizada por sua dedicação aos pobres). Além disso, tem museus do exército, da guarda real e de guerra (com nomes de todos escoceses que morreram nas duas guerras mundiais). Ah, tem tours de graça. Rapidinhos, dá para aprender o básico sobre a história do prédio e os guias são bem amáveis para responder dúvidas sobre o castelo ou sobre a Escócia.
A cidade encanta pq, ao contrário da maioria dos lugares da Europa, plainos, Edimburgo tem morros e montanhas. Isso porque havia um vulcão ali há mais de 340 milhões de anos, que entrou em erupção e formou as rochas onde hoje estão algumas das atrações mais conhecidas e as melhores vistas da cidade. É mto bacana caminhar pelo Centro, olhar para o lado e ver um monte com um castelo em cima.
Comecei o tour pelo Edinburgh Castle. A entrada custa 15 libras (sim, estamos no Reino Unido) e não tem desconto para estudantes. Mas vale a pena. O castelo é enorme e a vista, linda. Construído no topo do vulcão inativo, ainda hoje algumas das edificações são utlizadas pelo exército como quartel pela posição estratégica (de lá se vê o estuário de Forth, um braço do mar que banha Edimburgo). Entre as atrações do castelo estão as jóias da Coroa, espada, cetro e coroa, datados entre séculos 15 e 16, além da Pedra do Destino. A história da pedra (que é só isso mesmo, uma pedra retangular) é a seguinte: os antigos acreditavam que ela tinha servido de travesseiro para Jacó (o cara da Bíblia) e depois foi levada para o Egito por faraós. Desde 1057, a pedra é usada na cerimônia de coroação dos reis da Escócia. Em 1296, quando a Inglaterra invadiu a Escócia, os ingleses levaram a pedra para Londres. Lá ela continuou sendo usada, ficando abaixo do trono da coroação dos reis do Reino Unido. Em 1996, a rainha Elizabeth II decidiu devolvê-la para a Escócia, depois de 700 anos(!). A pedra foi então transportada da Abadia de Westminster para o castelo com a condição que será enviada de volta a Londres para futuras cerimônias de coroação (de Charles ou William, por exemplo).
Outra atração do castelo é o One O'Clock Gun. Desde 7 de junho de 1861, o canhão dispara com objetivo de ser um sinal sonoro para navios no porto de Leith. Afinal, naquela época, relógios não eram algo comum. Até hoje continua disparando (mas agora é um canhão moderno, com algo como "festim"). Todos os dias, de segunda a sábado, menos no Natal e na Sexta-feira Santa.
Outros pontos do castelo são a capela de St Margeret, o prédio mais antigo, dedicado à santa que morreu ali (Margeret, rainha da Escócia, foi canonizada por sua dedicação aos pobres). Além disso, tem museus do exército, da guarda real e de guerra (com nomes de todos escoceses que morreram nas duas guerras mundiais). Ah, tem tours de graça. Rapidinhos, dá para aprender o básico sobre a história do prédio e os guias são bem amáveis para responder dúvidas sobre o castelo ou sobre a Escócia.
Bem em frente ao castelo, está a esplanada, espécie de estádio, com arquibancadas, onde anualmente ocorre o Royal Edinburgh Military Tattoo, festival de bandas militares (com gaitas de foles, claro). Este ano será de 5 a 27 de agosto, quando mais de um milhão de turistas são esperados.
O Edinburgh Castle fica no início da Royal Mile. Nessa rua (que, na verdade, oficialmente tem outros nomes, dependendo da quadra) é onde estão as lojas para turistas e diversos museus e atrações. Vale o passeio pela via inteirinha, entrando nas lojas de whisky, onde se vendem garrafas, miniaturas e outros produtos (comprei uns docinhos chamados whisky fudge, uns caramelos feitos com a bebida, tri bons). Tbm tem dezenas de lojas que vendem peças em cashmer ou lã com a tradicional estampa tartan, aquele mesmo xadrez dos kilts. Dá para comprar cachecóis, casacos, luvas, boinas e, claro, kilts. Ou até um bichinho de pelúcia do Nessie, o monstro do Lago Ness (verde, com cachecol e boina tartan. Ahah). Na Royal Mile tbm ficam vários museus. E o melhor: todos têm entrada grátis! Eu fui no Museum of Childhood, museu da infância, com bonecas, carrinhos, ursinhos, trenzinhos, etc. Para voltar a ser criança (tem alguns brinquedos que dá para brincar. Óbvio que os adultos e adolescentes tbm não resistem. Eu brinquei com um Lego! Ahaha). Tbm dei uma passada no The People's History (museu com a história do povo, trabalho, lazer, saúde, de gente comum) e no Museum of Edimburgh (história da cidade). Lá no fim da Royal Mile fica o Parlamento Escocês, num prédio super moderno, e o Palace of Holyroodhouse, a residência oficial da rainha na Escócia. A entrada custa 10,50 libras (ou 9,50 para estudantes). Dá para ver algumas salas importantes, camas de reis do passado (incluindo da Mary, Queen of Scotland). Nos fundos, o visitante encontra as ruínas da Holyrood Abbey, uma abadia construída em 1128, e os jardins onde a rainha Elizabeth II oferece festas no verão. Se tiver fôlego, ol visitante também pode subir no Holyrood Park, montanha ao lado do palácio real.
Além da Royal Mile, outras ruas para se perder por Edimburgo são a Grassmarket, com vários pubs e lojinhas, e a Princes Street. Essa última é a principal da cidade. As lojas são aquela coisa normal, de Zara a HM, passando por Disney e Mc Donalds. Mas os jardins e a Galeria de Arte (de graça) valem muito a pena. Subindo a Princes Street (na direção contrária do aeroporto) se chega a Calton Hill, mais uma montanha fruto da erupção vulcânica. Lá estão vários monumentos e se tem uma vista incrível da cidade. O Nelson Monument funciona como uma ball-time. É uma torre com uma bola em cima, que é içada sempre à uma da tarde (mesmo horário do canhão). Isso porque o som do canhão poderia demorar para chegar até o porto, dependendo do vento, e atrasar os relógios. A bola é um sinal visual mais preciso.
Outro lugar interessante para visitar é o Greyfriars Kirk, igreja e cemitério. Além de ser a igreja mais antiga da reforma protestante da Escócia, o lugar guarda uma história especial. Você verá nas lojas da cidade vários produtos com a estampa de um cachorrinho. É o Bobby, um Skye Terrier que pertenceu a um escocês chamado John Gray. O homem morreu em 1858 e foi enterrado neste cemitério. O cãozinho descobriu sozinho o túmulo do dono e lá dormiu todas as noites até sua morte, em 1872, ou seja ,14 anos depois. É considerado um exemplo de lealdade e devoção. Tem até uma estátua em bronze em homenagem ao cachorro na Candlemaker Row. Em 1961, os estúdios Disney fizeram um filme sobre o cão chamado Greyfriars Bobby - The True Story of a Dog.
Com histórias de pessoas comuns, reis e até cachorros, a Escócia, definitivamente, é um lugar que merece ser visitado.
Ou tem uma versão nova, feita no Reino Unido e lançada em 2006, chamada Aventures of Greyfriars Bobby (esse é o trailer, q resume bem a história, q é toda real mesmo. Nessa versão, o cachorro é branco. No filme da Disney, é cinza. Na igreja e no museu de Edimburgo tem um quadro e fotos - PB, claro - com o cachorro. pelo jeito, ele era escuro mesmo. ahah): http://www.youtube.com/watch?v=Jm95Ps6Song
O Edinburgh Castle fica no início da Royal Mile. Nessa rua (que, na verdade, oficialmente tem outros nomes, dependendo da quadra) é onde estão as lojas para turistas e diversos museus e atrações. Vale o passeio pela via inteirinha, entrando nas lojas de whisky, onde se vendem garrafas, miniaturas e outros produtos (comprei uns docinhos chamados whisky fudge, uns caramelos feitos com a bebida, tri bons). Tbm tem dezenas de lojas que vendem peças em cashmer ou lã com a tradicional estampa tartan, aquele mesmo xadrez dos kilts. Dá para comprar cachecóis, casacos, luvas, boinas e, claro, kilts. Ou até um bichinho de pelúcia do Nessie, o monstro do Lago Ness (verde, com cachecol e boina tartan. Ahah). Na Royal Mile tbm ficam vários museus. E o melhor: todos têm entrada grátis! Eu fui no Museum of Childhood, museu da infância, com bonecas, carrinhos, ursinhos, trenzinhos, etc. Para voltar a ser criança (tem alguns brinquedos que dá para brincar. Óbvio que os adultos e adolescentes tbm não resistem. Eu brinquei com um Lego! Ahaha). Tbm dei uma passada no The People's History (museu com a história do povo, trabalho, lazer, saúde, de gente comum) e no Museum of Edimburgh (história da cidade). Lá no fim da Royal Mile fica o Parlamento Escocês, num prédio super moderno, e o Palace of Holyroodhouse, a residência oficial da rainha na Escócia. A entrada custa 10,50 libras (ou 9,50 para estudantes). Dá para ver algumas salas importantes, camas de reis do passado (incluindo da Mary, Queen of Scotland). Nos fundos, o visitante encontra as ruínas da Holyrood Abbey, uma abadia construída em 1128, e os jardins onde a rainha Elizabeth II oferece festas no verão. Se tiver fôlego, ol visitante também pode subir no Holyrood Park, montanha ao lado do palácio real.
Além da Royal Mile, outras ruas para se perder por Edimburgo são a Grassmarket, com vários pubs e lojinhas, e a Princes Street. Essa última é a principal da cidade. As lojas são aquela coisa normal, de Zara a HM, passando por Disney e Mc Donalds. Mas os jardins e a Galeria de Arte (de graça) valem muito a pena. Subindo a Princes Street (na direção contrária do aeroporto) se chega a Calton Hill, mais uma montanha fruto da erupção vulcânica. Lá estão vários monumentos e se tem uma vista incrível da cidade. O Nelson Monument funciona como uma ball-time. É uma torre com uma bola em cima, que é içada sempre à uma da tarde (mesmo horário do canhão). Isso porque o som do canhão poderia demorar para chegar até o porto, dependendo do vento, e atrasar os relógios. A bola é um sinal visual mais preciso.
Outro lugar interessante para visitar é o Greyfriars Kirk, igreja e cemitério. Além de ser a igreja mais antiga da reforma protestante da Escócia, o lugar guarda uma história especial. Você verá nas lojas da cidade vários produtos com a estampa de um cachorrinho. É o Bobby, um Skye Terrier que pertenceu a um escocês chamado John Gray. O homem morreu em 1858 e foi enterrado neste cemitério. O cãozinho descobriu sozinho o túmulo do dono e lá dormiu todas as noites até sua morte, em 1872, ou seja ,14 anos depois. É considerado um exemplo de lealdade e devoção. Tem até uma estátua em bronze em homenagem ao cachorro na Candlemaker Row. Em 1961, os estúdios Disney fizeram um filme sobre o cão chamado Greyfriars Bobby - The True Story of a Dog.
Com histórias de pessoas comuns, reis e até cachorros, a Escócia, definitivamente, é um lugar que merece ser visitado.
Mais dicas:
- O aeroporto fica a uns 30 minutos de ônibus do Centro. É servido pela Airlink, com ônibus a cada dez minutos até meia-noite (e com frequência menor durante madrugada). Custa 3,50 libras o single ou 6 libras o return. Mais fácil, impossível. É só parar na Waverley Bridge.
- O aeroporto fica a uns 30 minutos de ônibus do Centro. É servido pela Airlink, com ônibus a cada dez minutos até meia-noite (e com frequência menor durante madrugada). Custa 3,50 libras o single ou 6 libras o return. Mais fácil, impossível. É só parar na Waverley Bridge.
- Eu não fui, mas tem tours de um dia para o Lago Ness por volta de 35 libras.
- Outro ponto para visitação pode ser a Capela de Rosslyn, aquela que aparece no filme Código Da Vinci. A igreja, que tem símbolos bíblicos, pagãos e esotéricos, fica a umas seis milhas de Edimburgo.
- Outro ponto para visitação pode ser a Capela de Rosslyn, aquela que aparece no filme Código Da Vinci. A igreja, que tem símbolos bíblicos, pagãos e esotéricos, fica a umas seis milhas de Edimburgo.
Veja minhas fotos de Edimburgo: https://picasaweb.google.com/101126651209934567449/EdimburgoEscocia24E25072011
Assista a parte inicial e o finalzinho (mas não estraga a história. Ahaha) do filme da Disney do Bobby (se quiser, dá para encontrá-lo inteiro no You Tube dividido em nove partes): http://www.youtube.com/watch?v=B29nA5GVvFE
Ou tem uma versão nova, feita no Reino Unido e lançada em 2006, chamada Aventures of Greyfriars Bobby (esse é o trailer, q resume bem a história, q é toda real mesmo. Nessa versão, o cachorro é branco. No filme da Disney, é cinza. Na igreja e no museu de Edimburgo tem um quadro e fotos - PB, claro - com o cachorro. pelo jeito, ele era escuro mesmo. ahah): http://www.youtube.com/watch?v=Jm95Ps6Song
domingo, 17 de julho de 2011
Vídeo: conhecendo o Phoenix Park
Bom, como o sábado foi de sol (ou não. Ahaha), resolvi me distrair fazendo um vídeo sobre o Phoenix Park, o maior parque de Dublin e um dos maiores da Europa. O Phoenix Park tem 707 hectares (gigaaaaante) e muitas atrações. Confira as principais no vídeo.
P.S. Se caso o vídeo não rodar aí em cima, clica no link do You Tube: http://www.youtube.com/watch?v=Tg_1Tc4u6sc&feature=youtube_gdata
P.S. Se caso o vídeo não rodar aí em cima, clica no link do You Tube: http://www.youtube.com/watch?v=Tg_1Tc4u6sc&feature=youtube_gdata
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Vídeo: conhecendo as principais atrações de Dublin (circulando pela área central)
Como agora é verão, resolvi mostrar a cidade para vocês. Especialmente, para aqueles que têm vontade de um dia visitar ou morar em Dublin.
Fiz um giro pelos principais pontos da área central: Rio Liffey, O'Connell Street, Grafton Street, Trinity College, St Stephen's Green Park, Temple Bar.
Espero que gostem!
Se o vídeo não rodar direito aí em cima, clica neste link, no You Tube: http://www.youtube.com/watch?v=B3lGBZJHy4w
Fiz um giro pelos principais pontos da área central: Rio Liffey, O'Connell Street, Grafton Street, Trinity College, St Stephen's Green Park, Temple Bar.
Espero que gostem!
Se o vídeo não rodar direito aí em cima, clica neste link, no You Tube: http://www.youtube.com/watch?v=B3lGBZJHy4w
terça-feira, 5 de julho de 2011
Temporada de liquidações na Europa: dicas do que vale a pena comprar
Em toda vitrine está o cartaz, enorme (vermelho, normalmente): liquidação de verão. Sim, está aberta a temporada de preços reduzidos (50%, na média) na Europa. O verão recém-começou, mas dá para comprar vestidos, sandálias, etc, por preços camaradas. É claro que tem aquelas armadilhas de sempre: vi várias coisas q estão pelo mesmo preço de antes, só com a etiqueta enorme e chamativa com a palavra mágica para incentivar o consumo: "promoção". Mas se você está vivendo por aqui e precisando de algo ou está viajando pela Europa com alguma graninha, esse é o momento de comprar.
Eu já tinha feito um post sobre o estilo das gurias se vestirem aqui (leia aqui). Mas, claro, cada país tem suas próprias características. Na metade sul da Espanha, elas se vestem de um jeito que lembra um pouco o brasileiro, por causa do calor. Vestidos, shortinhos e só, sem meia calça. Já Paris é o lugar certo para comprar echarpes, lenços, cachecóis. Por mais que se use essas peças de pescoço por toda Europa, na França, é onde a variedade é maior (eu sempre compro uma mantinha - no Sul do Brasil, chamamos manta para echarpe ou cachecol - em cada lugar onde vou. Não me pergunte quantos tenho. Já parei de contar há tempos).
Vale a pena comprar nessas liquidações de verão, na minha singela opinião:
* sapatilhas - de todos os tipos. Os sapatinhos flat são os mais populares na Europa. Super confortáveis, vão do trabalho a balada. Absolutamente todas as mulheres usam na Europa.
* vestidos florais: tanto de estampas pequeninhas quanto daquelas enormes. Fluídos ou com volume.
* óculos de acetato coloridos - não são novidade dessa estação, mas ainda estão bombando para as antenadas.
* casaquinhos soltinhos de malhazinha: tipo cardigans compridinhos. Mas nada de ser justinho. Tem que ser ajustado, mas com cara de confortável. Aliás, um parênteses sobre roupas justas: tirando calça skinny, européia não usa nada mto colado. Decotes não são tão comuns tbm. Essa ânsia por ser sexy (e mostrar isso pelas roupas) é das brasileiras. Ou melhor, das latinas pq aqui eu vejo outras sul-americanas q tbm se vestem assim. Talvez pq aqui ir para academia, ser gostosona (para o padrão brasileiro) não é desejo número 1, como no nosso país.
* Blusas ou saias com cara de "saí de um guarda-roupa de outra década": algo meio fifties, sixties, seventies ou eighties. Daí, depende do gosto da freguesa: romantiquinho, saia com cintura marcada, cardigan, camisetas larguínhas com a parte de baixo curtíssima, etc. Mas tudo com cara de moderno, revisitado.
Well, quem sabe, ficam aí dicas para o verão 2012 para o Brasil.
Eu já tinha feito um post sobre o estilo das gurias se vestirem aqui (leia aqui). Mas, claro, cada país tem suas próprias características. Na metade sul da Espanha, elas se vestem de um jeito que lembra um pouco o brasileiro, por causa do calor. Vestidos, shortinhos e só, sem meia calça. Já Paris é o lugar certo para comprar echarpes, lenços, cachecóis. Por mais que se use essas peças de pescoço por toda Europa, na França, é onde a variedade é maior (eu sempre compro uma mantinha - no Sul do Brasil, chamamos manta para echarpe ou cachecol - em cada lugar onde vou. Não me pergunte quantos tenho. Já parei de contar há tempos).
Vale a pena comprar nessas liquidações de verão, na minha singela opinião:
* sapatilhas - de todos os tipos. Os sapatinhos flat são os mais populares na Europa. Super confortáveis, vão do trabalho a balada. Absolutamente todas as mulheres usam na Europa.
* vestidos florais: tanto de estampas pequeninhas quanto daquelas enormes. Fluídos ou com volume.
* óculos de acetato coloridos - não são novidade dessa estação, mas ainda estão bombando para as antenadas.
* casaquinhos soltinhos de malhazinha: tipo cardigans compridinhos. Mas nada de ser justinho. Tem que ser ajustado, mas com cara de confortável. Aliás, um parênteses sobre roupas justas: tirando calça skinny, européia não usa nada mto colado. Decotes não são tão comuns tbm. Essa ânsia por ser sexy (e mostrar isso pelas roupas) é das brasileiras. Ou melhor, das latinas pq aqui eu vejo outras sul-americanas q tbm se vestem assim. Talvez pq aqui ir para academia, ser gostosona (para o padrão brasileiro) não é desejo número 1, como no nosso país.
* Blusas ou saias com cara de "saí de um guarda-roupa de outra década": algo meio fifties, sixties, seventies ou eighties. Daí, depende do gosto da freguesa: romantiquinho, saia com cintura marcada, cardigan, camisetas larguínhas com a parte de baixo curtíssima, etc. Mas tudo com cara de moderno, revisitado.
Well, quem sabe, ficam aí dicas para o verão 2012 para o Brasil.
sábado, 2 de julho de 2011
Gostos, cores, amores e sorvetes...
Amo sorvete. Estou sempre em busca do melhor sorvete do mundo (é sério isso). No Brasil, adorava ir em sorveterias artesanais. Aqui pela Europa, tento sempre provar nos países que visito. Na Espanha, tomei sorvete em todos os oito dias que fiquei lá. Cada dia num lugar. Ótimos! Estou esperando ansiosamente pelos da Itália.
Em Paris, o Berthillon é mto bom. Os da Amorino são uma graça. Em Londres, prove o The Icecreamists, no Covent Garden Market (foto).
Mas os da Irlanda... Horríveis! Na verdade, aqui, os irlandeses falam com orgulho do “irish ice cream”, mas eu acho o pior sorvete que já experimentei na vida. O tradicional deles é branco (não descobri se é de baunilha ou de quê, pq, para mim, não tem gosto de nada). A consistência é de um creme, de chantilly, de qualquer coisa, menos do que eu chamo de sorvete. Normalmente, eles colocam um canudinho de chocolate em cima (que também não tem mto gosto). E é isso.
A Kibon aqui se chama HB (aliás, em cada país, a Kibon tem um nome diferente. Não me pergunte pq... Achava tão mais fácil – até como estratégia de marketing – ter uma única marca). Mas os sorvetes não são todos os mesmos do Brasil, alguns, sim, outros, não. Mesmo os que são, como Cornetto, têm gosto muito diferente. Adaptados ao paladar irlandês (o tal do creme sem gosto).
Abriu uma sorveteria dita italiana na Grafton Street. Fui lá bem feliz. Não é aqueeeeele sorvete italiano, é melhor do que qualquer um que já tinha provado na Irlanda, mas também é “ao gosto irlandês”.
É assim é com tantos outros produtos (o que torna a arte de cozinhar um pouco mais difícil). Uma das únicas coisas que me parece igual é a maionese Hellman’s. Leite condensado, por exemplo, é artigo que não tem em todo mercado. Os que comprei para fazer bolo são da Nestlé (mas não chama Leite Moça. Ahah. Como curiosidade: o nome é Carnation), mas têm consistência diferente, mais líquida, e não são tão doces. Aliás, os sucos de caixinha daqui também não são tão doces (a maioria é horrível, não tem gosto de fruta de verdade).
É, as adaptações de marcas a cada país vão muito além de a loja da Disney em Dublin vender Mickeys e Minnies vestidos de leprechaus. Cada nação, além de seus próprios símbolos, tem seu próprio paladar. Lembro que, no final do ano passado, quando fiz uma matéria sobre espumantes na Serra gaúcha, uma das minhas fontes disse, para explicar o incrível aumento nas vendas de moscatel no Brasil: “é que brasileiro gosta de produtos bem doces”. Vejo agora que é verdade. A maioria das coisas no exterior parece não ter mto gosto para um brasileiro.
Ah, ainda sobre sorvetes: não tem buffet, como no Brasil. Você se servir, nem pensar! E os atendentes não pegam com uma conchinha para fazer bolinhas. Você escolhe o sabor e ele usa uma espátula, tanto para o copinho quanto para a casquinha.
domingo, 26 de junho de 2011
Powerscourt House and Gardens
Aproveitando o domingo lindo de sol na Irlanda fui visitar Powerscourt. Fica a uns 20 quilômetros do centro de Dublin, só que lá já é Wicklow County. Mas dá para ir de Dublin Bus (o 44, por 2,3 euros o trecho. Desça no último ponto e caminhe uns 20 minutos até a casa).
Powerscourt foi residência por séculos de famílias abastadas da Irlanda ou novos ricos. O primeiro castelo foi erguido lá no ano 1300 pelos le Poer (Power), por isso, o nome. Hoje, é lugar turístico. Na casa, tem restaurante, café e lojas. Dá para visitar os jardins, que são lindos. Paga-se oito euros para entrar ou sete, se você for estudante. Tem jardins italianos, japoneses, etc. Além de um lago lindo (o Triton Lake), uma torrezinha e até um cemitério de animais onde estão enterrados cães e pôneis que pertenceram às famílias que lá moraram.
O lugar também foi cenário de filmes. Entre eles, uma das versões mais recentes de O Conde de Monte Cristo (2002). A casa é o castelo comprado pelo conde em Paris. Se você viu o filme, reconhecerá logo os jardins, cenário da festa de apresentação do conde.
Fotos: https://picasaweb.google.com/101126651209934567449/PowerscourtIrlanda26062011
Powerscourt foi residência por séculos de famílias abastadas da Irlanda ou novos ricos. O primeiro castelo foi erguido lá no ano 1300 pelos le Poer (Power), por isso, o nome. Hoje, é lugar turístico. Na casa, tem restaurante, café e lojas. Dá para visitar os jardins, que são lindos. Paga-se oito euros para entrar ou sete, se você for estudante. Tem jardins italianos, japoneses, etc. Além de um lago lindo (o Triton Lake), uma torrezinha e até um cemitério de animais onde estão enterrados cães e pôneis que pertenceram às famílias que lá moraram.
O lugar também foi cenário de filmes. Entre eles, uma das versões mais recentes de O Conde de Monte Cristo (2002). A casa é o castelo comprado pelo conde em Paris. Se você viu o filme, reconhecerá logo os jardins, cenário da festa de apresentação do conde.
Fotos: https://picasaweb.google.com/101126651209934567449/PowerscourtIrlanda26062011
sexta-feira, 24 de junho de 2011
O básico de Paris
Tive que tomar uma decisão difícil para ir para Paris. Eu estava com infecção na garganta e febre, me sentindo muito mal mesmo. Para resolver de verdade, só indo no médico e tomando antibiótico. Mas médico para estrangeiros só particular e caro. E era fim de semana. Eu nem sabia onde procurar. Quem eu conheço, nunca foi ao médico aqui. Se eu não viajasse, iria perder o valor da passagem, pois já tinha feito check-in online e não poderia mudar o bilhete.
Bom, lá fui eu na cara e na coragem. Afinal, eu estaria sozinha em Dublin ou em Paris (embora que em Dublin, pelo menos, eu me viro no inglês. Em francês, só sei as frases mais básicas). Tinha medo de piorar e precisar ficar internada em hospital (como já aconteceu no Brasil quando eu tenho esse tipo de infecção).
Na hora de pegar o voo, na madrugada de segunda, estava me sentindo muito mal mesmo. Não conseguia ficar em pé na fila do embarque e sentia que iria vomitar (o que não aconteceu). Pensei em desistir. Mas, segui em frente. Surpreendentemente, eu até que melhorei chegando em Paris. Um pouco graças às orações da minha mãe, outro tanto pela necessidade de sobrevivência quando se está sozinho numa terra estranha, acho. Mas continuei a sentir a garganta arranhando e falta de ânimo durante quase toda a viagem. Por isso, certamente, meu olhar sobre Paris ficou prejudicado. Achei a cidade bonita, claro. Digna de ser visitada. Mas não consegui ver a tal magia de Paris, de que tanto se fala. Achei uma cidade como qualquer outra na Europa, rica em história, com seus monumentos imponentes e seu rio cortando a cidade. E também com seus problemas urbanos: em todos os pontos turísticos, é irritante a quantidade de mendigos, de gente pedindo dinheiro (vários surdos-mudos – mas os do Louvre, eu os ouvi falando), ambulantes. E todos são insistentes e vão atrás de você. A maioria das linhas do metrô é superlotada (em alguns trens, eu nem consegui entrar, tive que esperar o próximo. Quase sempre, fiquei em pé, espremida). Mas o ticket vale para metrô, trem, ônibus, o que é bem bom (embora que, na chegada, não tenha informações para turistas e tudo esteja escrito só em francês).
Por outro lado, ao contrário do que dizem, encontrei muitos franceses dispostos a dar informação na rua - eu não falando francês e eles não sabendo uma palavra em inglês. Aprendi algumas frases básicas. Entre elas, “eu não falo francês”. Ao dizer isso, a maioria me dizia algo que entendi como: “não tem problema. Eu te ajudo mesmo assim”. Por meio de gestos e por associação de palavras, eu sempre entendia. Bom, pelo menos, consegui chegar aos lugares onde queria ir.
Na maioria dos museus ou restaurantes, você só verá coisas escritas em francês, o que complica um pouco. Mas dá para se virar tranquilamente. Falando em comidas, a França é uma perdição no quesito padarias: pães variados, docinhos lindos. Mas fora isso, não tem tanta comida excelente (a menos que você não se importe em pagar muito). Os famosos macarons são docinhos de suspiro colorido com uma geleinha dentro (ahah), mais bonitos do que gostosos. Procurando delicinhas, vá para ilha de St Louis (é perto de Notre Dame). Tem uma sorveteria ótima (amo sorvete) chamada Berthillon, uma loja de biscoitos avulsos com embalagens vintage (uma graça!), a La Cure Gourmande, e uma queijaria maravilhosa. Enfim, se perca lá. Tem até bijoux de design brasileiro, a Sobral (mas aí você compra no Brasil que é beeeem mais barato. Ahaha). Depois, ande pelo Siena.
Eu fiz aquele basicão de Paris mesmo. Fui no Arco do Triunfo. Mas não vale a pena subir. A única vantagem em relação à Tour Eiffel é conseguir fazer uma foto da torre de lá, mas não cobre os 9,50 euros da subida. Vá só na Torre Eiffel mesmo. A vista de Paris de lá é linda. Ah, tem dois estágios, um até a metade, mais barato, e outro lá no topo. Vale mais o do que meio, que não é cercado por grades e dá para fazer fotos melhores. Lá de cima, com chuva e tempo feio (bem comuns em Paris) fica tudo cinza demais. O tempo em Paris não é tão agradável. Agora já é verão e fiquei sempre de casaco. Chove muito também (tive que comprar um guarda-chuva). Na Torre Eiffel, cuidado com batedores de carteira (tem avisos até no elevador da torre) e evite os ambulantes se não quiser comprar nada. Na Champs-Élysées, tem vários mendigos.
Bom, mas vamos falar das coisas legais. O Louvre. Ah, me apaixonei pelo museu! Enoooorme. Humanamente impossível de percorrer os quatro andares dos três prédios. Fiquei quase sete horas lá (fora a fila, mais de uma hora. Só para a revista). Coleção maravilhosa, completíssima e prédio lindo. Lá estão o Código de Hamurabi (o das aulas de história, lembra?), muita coisa do Egito antigo, a Vênus de Milo e, claro, a Monalisa. Mas o quadro de Leonardo da Vinci, na verdade, é bem pequeno e cercado de turistas. Ah, dá para fazer fotos de tudo, só não pode usar flash. E a entrada é baratinha: dez euros. Impossível não lembrar do filme O Código da Vinci na pirâmide. Ahaha.
Para visitar a nave principal das igrejas não é preciso pagar em Paris (a menos que queira subir na torre ou ver os tesouros). Sacre Coeur, de Montmartre, tem uma vista linda de parte da cidade. Em Notre Dame tem fila de turistas, mas não vi nada de mais. Falando em Notre Dame, na porta, diz que não se pode entrar com mala ou mochila. Eu estava com uma mala, mas vi um monte de gente entrando com bolsas enormes. Fui para fila. Ninguém te para. Os cartazes tbm pedem que não se faça fotos, mas todo mundo faz (em Sacre Coeur não tente ou te pedirão para sair da igreja). No Museu d’Orsay tbm tava lá o cartaz proibindo entrada com malas. Eu entrei com a minha (tem guardador lá dentro). O D’Orsay fica numa antiga estação de trens, super charmosa, e vale se você gosta de impressionistas, como Monet, Manet, Degas e Renoir (mas, claro, tbm tem várias outras coisas. Eu falo dos impressionistas pq gosto muito).
Para terminar, Montmartre (onde fiquei em Paris). É uma vizinhança super charmosa. Lugar do Moulin Rouge (tem filas enormes para os espetáculos) e do Cafe des Deux Moulins, o café do filme Amelie Poulain. Ali na região do Moulin Rouge tbm tem muitas sex shops, casas de shows eróticos e até um museu de erotismo.
Tem uma Paris para cada gosto. A cidade é bem mais do que seus estereótipos.
Bom, lá fui eu na cara e na coragem. Afinal, eu estaria sozinha em Dublin ou em Paris (embora que em Dublin, pelo menos, eu me viro no inglês. Em francês, só sei as frases mais básicas). Tinha medo de piorar e precisar ficar internada em hospital (como já aconteceu no Brasil quando eu tenho esse tipo de infecção).
Na hora de pegar o voo, na madrugada de segunda, estava me sentindo muito mal mesmo. Não conseguia ficar em pé na fila do embarque e sentia que iria vomitar (o que não aconteceu). Pensei em desistir. Mas, segui em frente. Surpreendentemente, eu até que melhorei chegando em Paris. Um pouco graças às orações da minha mãe, outro tanto pela necessidade de sobrevivência quando se está sozinho numa terra estranha, acho. Mas continuei a sentir a garganta arranhando e falta de ânimo durante quase toda a viagem. Por isso, certamente, meu olhar sobre Paris ficou prejudicado. Achei a cidade bonita, claro. Digna de ser visitada. Mas não consegui ver a tal magia de Paris, de que tanto se fala. Achei uma cidade como qualquer outra na Europa, rica em história, com seus monumentos imponentes e seu rio cortando a cidade. E também com seus problemas urbanos: em todos os pontos turísticos, é irritante a quantidade de mendigos, de gente pedindo dinheiro (vários surdos-mudos – mas os do Louvre, eu os ouvi falando), ambulantes. E todos são insistentes e vão atrás de você. A maioria das linhas do metrô é superlotada (em alguns trens, eu nem consegui entrar, tive que esperar o próximo. Quase sempre, fiquei em pé, espremida). Mas o ticket vale para metrô, trem, ônibus, o que é bem bom (embora que, na chegada, não tenha informações para turistas e tudo esteja escrito só em francês).
Por outro lado, ao contrário do que dizem, encontrei muitos franceses dispostos a dar informação na rua - eu não falando francês e eles não sabendo uma palavra em inglês. Aprendi algumas frases básicas. Entre elas, “eu não falo francês”. Ao dizer isso, a maioria me dizia algo que entendi como: “não tem problema. Eu te ajudo mesmo assim”. Por meio de gestos e por associação de palavras, eu sempre entendia. Bom, pelo menos, consegui chegar aos lugares onde queria ir.
Na maioria dos museus ou restaurantes, você só verá coisas escritas em francês, o que complica um pouco. Mas dá para se virar tranquilamente. Falando em comidas, a França é uma perdição no quesito padarias: pães variados, docinhos lindos. Mas fora isso, não tem tanta comida excelente (a menos que você não se importe em pagar muito). Os famosos macarons são docinhos de suspiro colorido com uma geleinha dentro (ahah), mais bonitos do que gostosos. Procurando delicinhas, vá para ilha de St Louis (é perto de Notre Dame). Tem uma sorveteria ótima (amo sorvete) chamada Berthillon, uma loja de biscoitos avulsos com embalagens vintage (uma graça!), a La Cure Gourmande, e uma queijaria maravilhosa. Enfim, se perca lá. Tem até bijoux de design brasileiro, a Sobral (mas aí você compra no Brasil que é beeeem mais barato. Ahaha). Depois, ande pelo Siena.
Eu fiz aquele basicão de Paris mesmo. Fui no Arco do Triunfo. Mas não vale a pena subir. A única vantagem em relação à Tour Eiffel é conseguir fazer uma foto da torre de lá, mas não cobre os 9,50 euros da subida. Vá só na Torre Eiffel mesmo. A vista de Paris de lá é linda. Ah, tem dois estágios, um até a metade, mais barato, e outro lá no topo. Vale mais o do que meio, que não é cercado por grades e dá para fazer fotos melhores. Lá de cima, com chuva e tempo feio (bem comuns em Paris) fica tudo cinza demais. O tempo em Paris não é tão agradável. Agora já é verão e fiquei sempre de casaco. Chove muito também (tive que comprar um guarda-chuva). Na Torre Eiffel, cuidado com batedores de carteira (tem avisos até no elevador da torre) e evite os ambulantes se não quiser comprar nada. Na Champs-Élysées, tem vários mendigos.
Bom, mas vamos falar das coisas legais. O Louvre. Ah, me apaixonei pelo museu! Enoooorme. Humanamente impossível de percorrer os quatro andares dos três prédios. Fiquei quase sete horas lá (fora a fila, mais de uma hora. Só para a revista). Coleção maravilhosa, completíssima e prédio lindo. Lá estão o Código de Hamurabi (o das aulas de história, lembra?), muita coisa do Egito antigo, a Vênus de Milo e, claro, a Monalisa. Mas o quadro de Leonardo da Vinci, na verdade, é bem pequeno e cercado de turistas. Ah, dá para fazer fotos de tudo, só não pode usar flash. E a entrada é baratinha: dez euros. Impossível não lembrar do filme O Código da Vinci na pirâmide. Ahaha.
Para visitar a nave principal das igrejas não é preciso pagar em Paris (a menos que queira subir na torre ou ver os tesouros). Sacre Coeur, de Montmartre, tem uma vista linda de parte da cidade. Em Notre Dame tem fila de turistas, mas não vi nada de mais. Falando em Notre Dame, na porta, diz que não se pode entrar com mala ou mochila. Eu estava com uma mala, mas vi um monte de gente entrando com bolsas enormes. Fui para fila. Ninguém te para. Os cartazes tbm pedem que não se faça fotos, mas todo mundo faz (em Sacre Coeur não tente ou te pedirão para sair da igreja). No Museu d’Orsay tbm tava lá o cartaz proibindo entrada com malas. Eu entrei com a minha (tem guardador lá dentro). O D’Orsay fica numa antiga estação de trens, super charmosa, e vale se você gosta de impressionistas, como Monet, Manet, Degas e Renoir (mas, claro, tbm tem várias outras coisas. Eu falo dos impressionistas pq gosto muito).
Para terminar, Montmartre (onde fiquei em Paris). É uma vizinhança super charmosa. Lugar do Moulin Rouge (tem filas enormes para os espetáculos) e do Cafe des Deux Moulins, o café do filme Amelie Poulain. Ali na região do Moulin Rouge tbm tem muitas sex shops, casas de shows eróticos e até um museu de erotismo.
Tem uma Paris para cada gosto. A cidade é bem mais do que seus estereótipos.
Fotos de Paris: https://picasaweb.google.com/101126651209934567449/Paris20A23062011
P.S: desci no aeroporto de Beauvais (fica a uns 80 kms de Paris. As cias de baixo custo, como Ryanair, voam para lá). Tem que pegar um ônibus até Porte Maillot, em Paris, que custa 15 euros - ou 30 o return ticket - e leva uma hora e meia. De lá, você pega o metrô, que tem estação ali ao lado).
P.S: desci no aeroporto de Beauvais (fica a uns 80 kms de Paris. As cias de baixo custo, como Ryanair, voam para lá). Tem que pegar um ônibus até Porte Maillot, em Paris, que custa 15 euros - ou 30 o return ticket - e leva uma hora e meia. De lá, você pega o metrô, que tem estação ali ao lado).
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