sexta-feira, 29 de abril de 2011

Casamento real

Nesta sexta-feira, tive a real dimensão do que significa a palavra crowd, ou multidão, em bom português. Eu era mais uma entre o povo que se amontava para assistir o casamento real em Londres. Fui ao Palácio de Buckingham, porque a Abadia de Westminster me pareceu lotada demais ainda na quinta-feira. Acordei às 5h30min (1h30min no Brasil). Cheguei uma hora depois na rua que dá acesso ao palácio. A multidão já tomava conta, mas ainda havia bons espaços disponíveis. Consegui ficar pertinho do cordão de isolamento, logo atrás do pessoal que tinha dormido lá com barracas.
A maioria do público foi fantasiado com as cores do Reino Unido. O acessório mais popular era uma bandeira com a figura do casal estampada (eu também comprei a minha, por três pounds, cerca de R$ 8,10). Havia várias meninas vestidas de noiva (vi até um cachorro com roupa de noiva). Houve também quem levou a sério o figurino de um casamento: mulheres com vestidos longos e chapéus eram vistas com certa frequência entre o público, assim como garrafas de champagne espocando.
Mas não pense que a vida de súdito é fácil. Foram sete horas em pé, sem conseguir me mexer, tomando água e comendo alguns biscoitos. Eu mal conseguia pegar a comida na minha bolsa e, se tirasse o pé do lugar, não dava para colocá-lo de volta na mesma posição porque alguém já havia ocupado o espaço. Tudo isso para ver o casal real, a rainha da Inglaterra, o príncipe Charles e companhia por alguns breves segundos na ida para a Abadia, na volta ao Palácio, e depois, por cinco minutos na sacada.
Minhas costas doem, minhas pernas doem (muito). Mas, estou feliz. Nunca cultuei celebridades, bandas de rock ou atores. Porém, confesso que, ao ver a rainha Elizabeth II, Kate e William ali a poucos metros, me emocionei. Afinal, é um acontecimento histórico. Daqui a muitos anos, as pessoas ainda vão falar desta sexta-feira.  Se, no futuro, eu tiver filhos, vou poder contar a eles: “sabe o Rei William (se ele chegar a ser rei até lá)? Mamãe foi ao casamento dele”. E, naquele dia, eu aprendi o que é ser multidão, de verdade.

P.S. Tenho mtas fotos e vídeos do casamento. Mas a internet do hotel é mto ruim. Posto qdo voltar para Dublin, na segunda. Aqui tem algumas fotos q fiz: http://wp.clicrbs.com.br/rodrigolopes/2011/04/29/direto-de-londres-bastidores-do-casamento-pelo-olhar-de-uma-gaucha/?topo=77,1,1&utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

Atualização!!!! Fotos: https://picasaweb.google.com/101126651209934567449/Londres29042011#
Vídeos (a banda passando): http://www.youtube.com/watch?v=Vs15EA8eA8k
Vídeos (noiva jurando): http://www.youtube.com/watch?v=DHjPmMiy8qo
Vídeos (Charles e comitiva passando): http://www.youtube.com/watch?v=7XDV28R6tPA
Vídeos (God save the Queen): http://www.youtube.com/watch?v=C9ER5ov3G64

De Londres

Tô em Londres, para acompanhar o casamento real. Tenho mtas histórias e fotos de hoje (a capital da Inglaterra está q é um circo, cheio de gente fantasiada por todos os lugares). Mas não tô conseguindo postar as fotos pq a internet do hotel tá bem ruinzinha. Por enquanto, acompanhe por aqui um pouco do meu relato e fotos de hj:
http://wp.clicrbs.com.br/rodrigolopes/?topo=77,1,1
Prometo q se a internet ajudar, amanhã, posto relato mais pessoal sobre a muvuca.
Kisses. Vou para cama, que amanhã tenho que madrugar para ir ao Palácio de Buckingham.

Atualização!!! Fotos: https://picasaweb.google.com/101126651209934567449/Londres2804201102#
Vídeo confira a muvuca do povo em frente ao Palácio, um dia antes do casamento: http://www.youtube.com/watch?v=CX49qjQIsJQ

quarta-feira, 27 de abril de 2011

A busca por casa e os feijões brancos no molho vermelho

Um dia sem fotos, mas de algumas descobertas e decisões. Dpois da aula, fui dar uma banda pelo centro, comprar uma tesoura, imprimir uns papéis em uma lan house, ver um livro de gramática (mas não comprei ainda). Quando eu estava numa livraria, o Vitor, baiano de Salvador, me liga para eu ajudá-lo. Ele não fala bem inglês e estava conhecendo aptos para morar. Num deles, não tinha nenhum brasileiro e o Vitor não conseguia entender nem o endereço. O baiano me passou o telefone do rapaz do apto e eu liguei. Perto do cinema da Parnell. Liguei de volta para o Vitor e me ofereci para ir junto (afinal, se ele não estava entendo nem o endereço, imagina negociar o aluguel. Ahahaha).
Cinco rapazes das Ilhas Maurício dividem os dois quartos desse apto (sim, aposto q vcs nem sabem direito onde ficam as Ilhas Maurício, mas por aqui, já encontrei diversos habitantes desse país situado no Oceano Índico, ao sudeste da África). Mas, como o Vitor não entendia direito o sotaque deles, achou melhor não ir morar lá.
Na sequência, o baiano me acompanhou até um outro apto, dessa vez para ver uma vaga para mim. Dois quartos, num, três brasileiras, no outro, um casal de italianos. Eu ficaria nesse quarto dividido por três pessoas (uma das brasileiras está voltando). Achei gente demais para um quarto (ah, e a casa só tem um banheiro), embora o prédio seja bem localizado. As meninas tbm são bem mais novas (não as conheci, mas eu preferiria dividir com gente mais velha).
Well, de noite, me ligou a menina do apto de ontem, querendo uma resposta pq havia mais gente interessada na vaga. Eu disse que sim. Já tenho nova casa em Dublin! Me mudo no dia 8. Espero que sejam pessoas legais (recapitulando: dois coreanos, uma coreana, uma húngara e uma brasileira). O apto é na área central, porém, mais para um canto, na região do porto, para onde Dublin cresce nos últimos anos (há muitos prédios novos por lá, o que não é comum no centro de uma cidade com mais de 900 anos de história).
Voltando para casa, minha host "mom" preparou algo que eu jurava q devia ser meio nojento, mas curti, na verdade. O feijão dessa região na Europa (Reino Unido e Irlanda): é branco, mas diferente daqueles do Brasil, e vem numa latinha já cozido e com molho de tomate. Bom para fechar um dia descobertas e decisões.
Ah, eu quis já deixar o apto decidido agora pq estou indo viajar amanhã cedinho. Vou para Londres, acompanhar o casamento real! Ahahaha. Sim, deixa eu ser brega. Não sei se vou conseguir ver algo (quero acenar para o William e para a Kate. Ahaha), mas vou lá para a muvuca, ou no Palácio de Buckingham ou para a Abadia de Westminster. Ainda não decidi se levo o laptop ou não. Se eu não der notícias até segunda (fico até esse dia pq é feriado por aqui), é pq deixei o computador em casa. É que tem o seguinte: vou pela Ryanair, uma das companhias aéreas de baixo custo. Mas eles cobram uma taxa por mala. E não deixam levar como bagagem de mão nem laptop nem bolsa de mulher. Só uma peça e pronto.
Mas não tem problema, pq casamento real, aí vou eu....

terça-feira, 26 de abril de 2011

Procurando apto e visita a museu

Tenho mais duas semanas na casa de família. Então, é hora de procurar um apto. Fui ver um hoje de tarde. Fica em Dublin 1, é área central, mas achei meio longe da minha escola. Eu demoraria uns 45 minutos para ir a pé. Quero economizar o dinheiro do transporte. O apto é bacana. Tem três quartos, duas pessoas em cada um: dois coreanos, uma coreana e uma húngara e duas brasileiras. Uma das brasileiras está saindo da casa, então, eu teria que dividir quarto com a outra conterrânea. Qdo fui lá, só estavam em casa essa menina que está indo embora, um coreano e a húngara.  Eles me pareceram organizados e o valor do aluguel está dentro do preço para Dublin (caro. Ahahah. Convertendo para o real, eu gastarei mais do que o dobro do que eu pagava no Brasil, com a diferença que lá dividia em três e aqui serão seis). Amanhã, vou ver outro apto, em Dublin 2, mais perto da escola, só que mais caro e para dividir quarto com outras duas pessoas. O de hoje, eu soube por indicação de amigos. O de amanhã, encontrei num site de classificados.
Na sequência da visita ao apto, fui ao National Museum of Ireland - Decorative Arts & History. É de graça! O prédio, que já foi do Exército, é enoooorme (na verdade, são quatro blocos, formando um quadrado). São quatro pavimentos. Consegui visitar só dois e meio e já estava na hora do museu fechar. Vi as exposições sobre o exército (óbvio), sobre prata irlandesa, sobre moedas e cédulas (bem legal o dinheiro irlandês antes do euro), sobre artefatos orientais doados por um colecionador, sobre arte decorativa (vidros, porcelanas, etc, de várias partes do mundo), objetos escolhidos por curadores de diferentes museus. Quando comecei a ver a parte das roupas através dos séculos, o alto-falante anunciou que faltavam cinco minutos para o fechamento (eu já estava lá há duas horas). Pena, vou ter que voltar lá. Adoro o mundinho fashion e ainda falta outro andar e meio a ser visto.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Howth e o medo de altura

Para encerrar o feriadão (sim, a folga prolongada na Irlanda se estendia até esta segunda), fui a Howth, região portuária e turística de Dublin. De ônibus, dá uns 45 minutos, mas também há a opção do Dart (o trem). Logo na chegada, fui numa feirinha onde se vendem comidas de todos os cantos do mundo, samosas, ciabattas, foccacias. Depois, uma passadinha nos mercados de peixe (sim, como é um porto, há fartura de frutos do mar).
Então, lá fui eu para o porto. Howth não tem praia, é só o porto mesmo. Vi focas, que ficam pela orla esperando os restos dos navios de pesca. Uma graça! Resolvi me aventurar pela trilha na montanha para ver o mar lá de cima. A placa na entrada informava que há vários caminhos possíveis. O menor deles de 6 quilômetros e, no mínimo, uma hora e meia de duração. Na metade do caminho, quis desistir. Tenho medo de altura (não é pânico, mas receio) e a trilha circunda o penhasco à beira-mar, mas não sabia se estava mais perto do fim ou do início. Continuei, sem ter a menor ideia de onde estava indo. Lá pelas tantas tem um banco para descansar, em homenagem a um homem, que morreu em 2007. Fiquei pensando: "puta merda, esse cara caiu daqui". Ahaha. Tbm tinha vários cartazes de uma guria que desapareceu por lá. Ok, ok. Controle seus nervos, Kelly. Continuei. Cheguei na cidade depois de quase 1h45min de caminho. Veja o vídeo aí em cima e acompanhe meu fiasco. Ahaha.
As fotos: https://picasaweb.google.com/101126651209934567449/Dublin25042011#
Se estiver com problemas para ver o vídeo, tenta neste link: http://www.youtube.com/watch?v=Xv29UTWuZOU

domingo, 24 de abril de 2011

Anotações sobre as diferenças Brasil x Irlanda

A Irlanda não é um daqueles países em que um brasileiro recém-chegado toma um choque cultural. Muitos dos hábitos daqui são os mesmos do Reino Unido ou dos EUA. Mas, listo algumas curiosidades sobre diferenças (e semelhanças) do dia-a-dia dos irlandeses, em relação ao Brasil.
- Os bancos têm caixas eletrônicos do lado de fora do prédio (na rua mesmo) e sem nenhuma proteção. Imagine se fosse no Brasil... Mal o dinheiro tava saindo e já tinha alguém de olho...
- As casas e prédios não têm grades de proteção. Também não é tão comum ver policiais nas ruas. Assaltos (à mão armada, com violência) são raros. Mas, furtos são comuns (esteja atento ao seu dinheiro, celular, etc, em locais públicos).
- Muita gente usa bicicleta. Tem para alugar em muitos lugares. O corredor dos ciclistas é o mesmo que o de ônibus. E os veículos respeitam.
- As sacolas plásticas foram abolidas. Vc tem de ir ao supermercado com a sua própria (quando esquece, tem que carregar na mão). Nas lojas, o cliente recebe uma sacola de papel.
- A geladeira tem o congelador na parte de baixo (ao menos, aquela aqui de casa tem).
- Não há tanques para lavar a roupa em nenhuma casa. Só máquinas de lavar. Os irlandeses optaram por só ter um estilo de vida "mais prático".
- A programação de TV é composta basicamente por seriados, desenhos, etc, dos EUA. Passa House, Desperate Housewives, American Idol, Bob Esponja, Simpsons... E noticiário da BBC, de Londres. Não tem tanta coisa local.
- Não se almoça de meio-dia, como no Brasil. Esse é o horário de fazer apenas um lanche. A principal refeição, para reunir a família ou celebrar algo com amigos (mesmo se for num domingo) é o jantar.
- No ônibus ou no trem de superfície, não se apresenta o tiquete para ninguém. Vc entra e senta. De vez em quando, passa fiscal (mas não é sempre).
- Tenha moedas. Em quase todos os lugares, vc compra tíquetes ou produtos usando máquinas, que, muitas vezes, não dão troco. Dpois, vc tem de buscar o que lhe é devido no escritório da companhia (no caso dos ônibus).
- Os irlandeses bebem muito. E isso é algo normal. Mas os pubs começam a funcionar cedo e fecham cedo (no máximo do máximo, às 2h). Os únicos dias em que não podem vender bebida alcoólica são a Sexta-Feira Santa e o dia de Natal. Então, a maioria fecha nestas datas.
- Os irlandeses gostam de futebol Mas os esportes mais populares mesmo são aqueles considerados de rico no Brasil ou uns estranhos para nós. Gaelic Football (algo entre futebol e rubgy), rugby, golf, tênis, criquete são os mais pops.

Bray, praia e montanha

Domingo, ainda mais em feriado, é dia de ir à praia. Lá fui eu conhecer outra em Dublin. Bray, é perto de onde estou morando, uns 15 minutos de ônibus. Do Centro, dá mais de uma hora (tem a opção também de ir de Dart, o trem). Primeiro, "me perdi". Tinha olhado no site da empresa de ônibus e me pareceu que a rota percorria a beira-mar (que fica há várias quadras da rua central). Então, depois que o ônibus passou pelo centrinho de Bray, eu continuei sentada, só que ele foi se afastando cada vez mais no sentido contrário da orla. Ahahah. Viu o que dá não perguntar... Bom, desci do ônibus e esperei o próximo, na direção contrária para voltar ao centrinho. Bray estava um deserto. Quase todas as lojinhas estavam fechadas por causa do domingo de Páscoa. (Dublin tbm está mto vazia, a não ser pelos turistas europeus).
Fui andando para a praia. A água é linda e azul, mas quase não há areia, só pedras. O mais bacana do passeio é subir na Bray Head, uma montanha que vc avista da praia, e curtir a paisagem. 
No vídeo vcs poderão perceber o vento gelado. Hj, não vi ninguém de biquini pegando uma cor, mas tinham senhores nadando. Eu, claro, de casaco e manta. Ahaha.

sábado, 23 de abril de 2011

Praia em Malahide (de casaco e manta)

Adoro praia. Mas, meu conceito a respeito do assunto normalmente não incluiria as palavras casaco e manta na mesma frase em que mar. Mas, na Irlanda, sim. Fui para Malahide, povoado ao norte de Dublin. É pertinho. Dá para ir de ônibus urbano, mas preferi ir de Dart para ver como era. O Dart é o metrô de superfície daqui (tipo o Trensurb de Poa).
Primeiro, fui ao parque, onde tem o Malahide Castle, casa da família Talbot de 1185 até 1975. Estudante paga 6,3 euros para entrar, mas digo: não vale a pena. Não tem nada de supreendente lá dentro.
Depois fui passear pelo centrinho de Malahide, que é uma graça. E pela orla. Sim, Malahide tem praia. E de areia!!! O que é bem raro por aqui. Normalmente, a beira-mar é formada por pedras e só. O dia foi ensolarado, mas o vento (como sempre) estava bem gelado (especialmente, junto à praia). Eu estava de casaco e manta. Se tirasse as mãos do bolso, elas ficavam geladas. Mas, pasmem: vi duas irlandesas de biquini (até tiraram a parte de cima para se "bronzearem" mais). Em quase toda a loja de Dublin, tem biquinis para vender (com a parte de trás da calcinha enorme, quase um calção no Brasil). Até então, eu jurava que eram para ser usados só em clubes (com piscinas aquecidas) ou viagens internacionais.
Também vi crianças de maiô ou calção de banho entrando na água. Uma mãe chegou a deixar um menino pequeninho nu!!! (Se fosse uma criança brasileira já estaria morta a essa hora, de hipotermia. Ahaha).
A água é bem azul. Os irlandeses sentam na areia ou grama, lancham (tem que trazer de casa, não tem ambulante), levam os cachorros (muitos deles).  Mesmo que eu não consiga usar biquini por aqui nem no verão, quero voltar à Malahide outras vezes.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Cliffs of Moher

Uma das atrações naturais mais famosas da Irlanda são os Cliffs of Moher, penhascos à beira mar na costa oeste. Atravessei a Irlanda na horizontal (já que Dublin fica no lado leste). De ônibus, dá quase três horas. A viagem vale a pena. Mas, um aviso: leve cachecol e gorro. Venta muito lá em cima. Hj, o dia estava lindo e quente em Dublin. Saí de camiseta e casaco (mas sem o tal cachecol). A paisagem dos Cliffs é linda, mas, em  15 minutos, eu já estava com dor de ouvido e morrendo de frio. Os penhascos têm mais de 200 metros de altura, em relação ao mar. Lá em baixo, há cavernas. Lendas de sereias e cidades perdidas no fundo do mar rondam o local.
Os cliffs ficam na região de County Clare. Dá para pegar um ônibus turístico em Dublin para ir, ou viajar para Galway e partir de lá. Também há a opção de alugar um carro (acho até que essa é a melhor, mas atenção: há, pelo menos, dois pedágios no caminho). Não recomendo a empresa que nós contratamos (o nós é um grupo de oito brasileiros e um espanhol), chamada Paddywagon. O tour deles é bem chatinho, embora o folheto jure que foi eleito o mais divertido numa votação de mochileiros (a noção de diversão deles não é a mesma que a minha, definitivamente). Eles param em uns lugarzinhos bem mais ou menos, com shoppingzinhos para turistas, mas, nas cidades legais, não. E mais: é caro, 40 euros.
A viagem só valeu por causa dos cliffs (mas tem outras empresas que fazem o roteiro) e por causa de casal de senhores italianos, da região de Piemonte. Estão em Dublin para visitar o filho, que estuda inglês por aqui. Divertidíssimos, deram dicas de viagem pela Itália. Em italiano! Sim, por causa do dialeto que se fala na Serra, eu consigo entender bem a língua, mas não falo nada. Eu respondia numa mistura de italiano, português e espanhol. Ahaha. Mas a gente se entendeu. Na volta para casa, encontrei outra senhora italiana, que veio me perguntar se eu entendia a língua pq ela não falava inglês e queria saber qual era o ônibus que deveria pegar para o hotel. Tbm com ela consegui me entender.
Mais um dia nessa Babilônia, onde se fala de tudo. Às vezes, até inglês. Ahaha.
As fotos: https://picasaweb.google.com/101126651209934567449/Dublin22042011#

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Sol, animais empalhados e ovos de páscoa em caixas

O dia foi, surpreendentemente, quente. Não tem termômetros de rua por aqui para eu poder dizer qtos graus estava. Mas, eu cheguei a passar calor pela primeira vez (o que acho ótimo. Mal posso esperar a chegada do verão). Meu primeiro sorvete irlandês (da HB, a Kibon daqui), eu havia tomado ontem. Aliás, os picolés da HB não são exatamente os mesmos do Brasil. Peguei um tipo de Cornetto de vanilla, que era para ser de baunilha mas tava mais para nata (argh!). Bom, voltando à história do sol: como sempre, fui almoçar no parque em frente à escola (ou lanchar, pq aqui não se almoça). O Merrion Square estava lotadíssimo, cheio de irlandeses deitados na grama. Também fiquei lá pegando um solzinho, lagarteando mesmo.
E, acredite, tive que sair depois de uma hora pq estava mto quente. Meu ovo de páscoa quase derreteu. Ahaha. Ah, sim, ganhei um ovo de páscoa que o professor sorteou na aula hj. Por aqui, tbm há o costume de presentear as pessoas com chocolates. Mas os ovos são embalados diferentes do Brasil: todos vem em caixas quadradas de papelão, inclusive aqueles de marcas que também existem no nosso pais, como a Nestlé.
Well, dpois do parque, foi hora de passear no National Museum of Ireland - Natural History. O museu tem dois andares, o primeiro com animais da Irlanda e o outro com bichos do mundo. São centenas deles, empalhados com perfeição. Tem desde invertebrados até elefantes e rinocerontes. Grande parte dos animais está em cenários que reproduzem o ambiente onde as espécies vivem, ou está em posições simulando uma interação com os outros (tipo, filhotes brincando, mãe alimentando a ninhada, caçadores atacando...). (Ah, não tem fotos pq é proibido fotografar).
O museu estava cheio de crianças. Por aqui, é feriado nesta sexta, Good Friday, e na segunda, Bank Holiday (feriado da Irlanda e Reino Unido). Dia 2 de maio tbm será Bank Holiday. Não me pergunte pq, mas a maioria das escolas de ensino fundamental ou médio (se não todas) deram duas semanas e meia de feriado para os alunos. Então, o trânsito em Dublin está uma maravilha, mto mais tranquilo.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Castelos e séculos de história

Consegui ir ao Dublin Castle finalmente. Tinha tentado várias vezes comprar ingresso para o tour e estava sempre lotado (e eles não vendem de um dia para outro). Na verdade, do castelo de 1204, só tem uma torre ainda de pé. Mas a construção contígua, modificada várias vezes ao longo dos séculos, serviu como sede da administração por 700 anos (o representante do rei ou rainha do Reino Unido na Irlanda morava lá).
Num acesso subterrâneo, há os resquícios de um forte que deu origem à cidade de Dublin. O nome Dublin, aliás, viria de Dubh Linn, que significa Black Pool, por causa de um rio que passava ali ao lado do forte. Nesse subterrâneo, tem água infiltrada ainda hoje (os visitantes jogam moedas, tipo fonte dos desejos).
Atualmente, o prédio abriga a posses do presidente irlandês e também serve para recepção de chefes de Estado que visitam o país. Pelos corredores, já passaram Margareth Tatcher, Bill Clinton, Nelson Mandela, só para dar alguns exemplos.
Há dias, percebi que o local estava meio em obras, com pintores e escadas por todos os lados. Agora, sei pq: está sendo preparado para recepção da rainha Elizabeth II, que visitará o país em maio. A última vez que um monarca britânico havia visitado a Irlanda foi em 1922. Aliás, no próximo mês, o presidente dos EUA, Barack Obama, também deve vir a Dublin.
Well, para finalizar a tarde fui na National Library, a biblioteca nacional (um prédio lindo de 1890) e ao museu nacional de arqueologia (a entrada é free nos dois). No museu, tem uns corpos humanos super bem conservados, datados de alguns séculos antes de Cristo. Tem objetos de diversas épocas, mas, particularmente, achei mais ricos os da fase medieval.
As fotos do dia: https://picasaweb.google.com/101126651209934567449/Dublin21042011#

terça-feira, 19 de abril de 2011

Dia de pegar o visto

Fui na imigração hj pegar o visto definitvo. Com o extrato bancário em mãos, o seguro saúde e passaporte, lá fui eu para a babel do escritório. Não-europeus precisam ter um cartão com o número de registro na The Garda National Immigration Bureau (GNIB). É mais confuso do que serviço público no Brasil. Primeiro, você pega uma senha e aguarda sua vez de ir no balcão. Depois, você precisa esperar chamarem seu nome (pensei: que sistema louco. Aqui tem gente da Ásia, da África, da América do Sul, e vão chamar pelo nome? Como a moça vai saber dizer meu nome e de um chinês? Qdo me chamaram, eu só entendi: Brazilian Nationality: Kelly. Óbvio que pronunciaram o Isis e o Pelisser de um jeito ininteligível. Ahaha). E qdo fui pegar meu cartão, estava com a data de nascimento errada. Espera mais um pouco para acertarem. Os oficiais da imigração me deram como prazo final exatamente a data em que acaba meu curso de seis meses. Nem um dia a mais (que medo que eu não quisesse mais sair do país! Aahaha). Well, agora estão encerradas as burocracias para ficar na Irlanda. Já tenho toda documentação em dia.

Aproveitei que saí cedo do escritório da Garda (ao contrário do q esperava), para passear. Fui ao South City Market, prédio de 1894. Lá tem vinis e cds de segunda mão, roupas de brechó, uns chapéus de época q são uma graça. Comprei um cupcake (adoro!) de lima e gengibre bem bom. Por fim, dei uma passada pelo centro de informações turísticas para escolher um destino para a viagem neste feriadão. Por aqui, além da sexta-feira santa (Good Friday), é feriado tbm na segunda, Bank Holiday.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Carteirinha estudante, Trinity College e galeria de arte

Os dias passam velozes em Dublin. Hj, fui ao Trinity College fazer minha carteirinha de estudante para poder comprar cartões de ônibus mais baratos (não só de urbano, mas também de Luas, de trem, de interurbano). A carteirinha custa 15 euros. Fazem uma foto horrível sua para estampar nela e tem validade até o final do ano. Diferente do Brasil, estudantes aqui  não pagam meia. No bus, o desconto fica na faixa de 25%. Em outros lugares, não chega a 10%.
Deixa eu falar um pouco da Trinity. É a maior faculdade de Dublin. Foi fundada em 1592 pela rainha Elizabeth. Por mais de 300 anos, a universidade só aceitou alunos protestantes. Lá, descobri um bandejão para estudantes. Você escolhe o prato, que sai entre 4,5 euros e 7,9 euros mais a bebida. E é comida de verdade (arroz, carne, etc). Acho que vou comer lá amanhã para ver se é bom.
Depois do passeio pela Trinity, acompanhei o Fábio, um paulistano que chegou há um mês com a mulher, a Sabrina, até a FAS, uma agência de emprego. A FAS não cobra nada pelo serviço. Eles dão dicas de como fazer o currículo e você pode imprimir cópias dele lá de graça. Você também pode usar o fax para passar currículos ou o telefone para contatar um empregador, também sem taxas. Aproveitei e dei uma olhadinha em possíveis trabalhos. Alguns, de atendentes de delicatessen, não pediam experiência, mas acho que meu inglês ainda não é suficientemente bom para procurar emprego. E preciso me preocupar em achar uma casa para alugar antes de ter trabalho.
O último passeio do dia foi à National Gallery of Ireland, uma galeria de arte, com esculturas e quadros de artistas irlandeses e mestres europeus. Tem quadros de Picasso, Monet, Caravaggio, Velásquez, etc. E o melhor: a entrada é grátis! Viva Dublin!
Veja as fotos do Trinity College: https://picasaweb.google.com/101126651209934567449/Dublin18042011#

domingo, 17 de abril de 2011

Dublin Zoo e Phoenix Park

Completei uma semana aqui. Por enquanto, as coisas estão saindo muito bem. Conheci praticamente todas as atrações da área central. Já consigo saber que ônibus pegar e onde descer ou como me deslocar a pé pela região.
Hoje pela manhã, foi o dia de ir ao mercado procurar acetona para fazer as unhas (eu me sinto nua com as unhas despintadas). Aqui, o removedor de esmalte é vendido em frascos grandes, de 200 ml ou de mais de 300 ml. Pensei: beleza, vai durar bastante tempo. Só que consegui virar metade do vidro na minha cama. Eu ando muito distraída ultimamente. Acho que é pq estou recebendo informação nova demais, então, o cérebro vai filtrando as coisas. Well, vi que fiz bem em trazer parte da minha coleção de esmaltes do Brasil. Por lá, eu compro os vidrinhos por dois reais cada. Aqui não tem por menos de seis euros (e não vi nenhuma cor sensacional). Mas não resisti a um gloss da Maybelline que promete ser 24 horas. Não saiu tão baratinho, mas pensei que podia ser lucro, já que o vento aqui é constante e racha os lábios. Então, preciso ficar retocando o batom a toda hora. Só que, na verdade, a cor fica, mas a hidratação, não. Tem o gloss de um lado e uma espécie de cera do outro (tem que ficar retocando a cera para ficar hidratado). Mas, bom, já tá comprado.
De unhas feitas, fui lá pegar o ônibus para a região central para conhecer o Phoenix Park. Tem 707 hectares. É absurdamente grande. Vi só um pedaço minúsculo dele e fui no Dublin Zoo, também localizado aí. No zoo, tem animais de diversas partes do mundo, aquela coisa: tigre, leão, girafa, elefante. Acho que esses bichos de regiões quentes devem ficar pensando: "puta merda, pq foram me tirar do calor para me trazer para essa geladeira?!" Ahaha). Tem alguns animais brasileiros: antas, araras, mico-leão, entre outros. O visitante encontra até uma fazendinha, com galinha, porco, ovelha e cachorro.
É um passeio bacana, especialmente para crianças. Aliás, no que depender dos irlandeses, o futuro do mundo está garantido. Tinha centenas de crias no zoo. Por aqui, os pais levam as crianças em carrinhos mesmo quando já são bem grandinhos (tem que ficar com os pés para cima) ou colocam aquelas cordinhas amarradas no peito que nem cachorro. Hehe.
O parque tem site. Se quiser visitar, http://www.phoenixpark.ie/
O do zoo é: http://www.dublinzoo.ie/inside.asp?sectionId=1
Agora, as fotos do dia. Aproveitei para fazer algumas do parque que tem perto de casa, em Cabinteely. É parque de bairro, mas é algo enoooorme. Ainda não consegui percorrer todo. Para ver as fotos, clique aqui: https://picasaweb.google.com/101126651209934567449/Dublin17042011#

sábado, 16 de abril de 2011

Conhecendo a Guinness Storehouse

Aventura do dia: conhecer a fábrica da Guinness, a mais famosa cervejaria irlandesa. Fui com o Vitor, o baiano que conheci na chegada. Pegamos o Luas, o light rail, uma espécie de pequeno metrô de superfície. Compramos o ticket na máquina para duas zonas (você paga dependendo de quanto andar) e lá fomos nós pela primeira vez no trenzinho. Tínhamos que descer na St James Hospital. Qdo ele estava chegando lá, paramos perto da porta e esperamos. Não abriu e o Luas seguiu até a próxima estação. Hein? Então, descobrimos que era preciso apertar um botão na porta, para que ela abrisse (só que não tinha essa instrução em nenhum lugar). Descemos na estação seguinte. O que fazer? A linha não seguia a rua e não fazíamos ideia onde estávamos. Eu sugeri que a gente pegasse o Luas que passa no sentido contrário para voltar estação anterior. Fizemos isso sem pagar (não conta para ninguém. Você não tem que mostrar o tíquete. Só entra e senta. De vez em quando, passa fiscal. Se você não tiver a passagem, tem que pagar uma multa. Nos ônibus, também a passagem não é conferida por um cobrador. Imagina se fosse no Brasil...).
Bom, mas conseguimos chegar na Guinness. Jurei que você poderia conhecer a fábrica. Mas, não. A visita é somente num prédio feito para turistas, com milhões de audiovisuais, contando a história da marca. Eu gostei mais do andar sobre a publicidade (os outros, achei meio chatos). O melhor do passeio é o último momento: chegar ao Gravity Bar, lá no alto da torre, onde se pode ter uma vista de quase 360° da cidade (muito lindo) e onde se troca o ticket por uma pint de Guinness (ou por um suco, se for criança ou não beber álcool).
Pela tarde, fui na Moore Street, como já tinha falado em outro post. Ah, uma dica: na loja de dois euros da Moore (sim, tipo R$1,99 do Brasil), dá para comprar adaptador de tomada por esse preço. Eu tinha pagado oito euros pelo meu. Na loja de dois, é exatamente da mesma marca. Bem legal. Bom, vivendo e aprendendo.

Todas as tribos

Dublin é uma cidade cheia de estrangeiros. E de gente meio maluca. Mas, ninguém dá muita bola.
Em cada esquina do Centro, tem um artista de rua. Os músicos são inúmeros, mas também há estátuas vivas, gente fantasiada de leprechaun. Tem até quem leve areia para fazer esculturas na calçada. Também há vendedores. Além dos tradicionais que você encontra aí no Brasil, há quem ofereça papel higiênico e sabão em pó.
Em cada esquina, tem um homeless (mendigo). Mas, normalmente, eles ficam sentados, de cabeça baixa, segurando um copo e só. Não pedem. No máximo, tem um cartazinho explicando que não usam drogas nem bebem (atá).
Em cada esquina, alguém querendo de convencer de algo. Doe dinheiro para uma entidade, vire vegan, se converta ao islamismo, ajude a WWF. Hoje, vi um grupo na O'Connell Street protestando contra a vinda da rainha da Inglaterra Elizabeth II à cidade, marcada para maio. Nessa mesma rua, um grupo de líbios mostrava seu descontentamento com a situação do país.
Dublin é mesmo uma babilônia.

Comida: um grande problema

Estou recém completando minha primeira semana por aqui. Mas já há algo que me preocupa: a comida. Além de ser cara (normalmente, se você converter para o real, os produtos aqui têm um preço muito maior), os irlandeses têm hábitos alimentares bem diferentes dos brasileiros. Só que, para mim, comer bem (ou seja, nos horários certos e de maneira saudável) sempre foi algo extremamente importante. Na Irlanda, não se almoça, como no Brasil, apenas se faz um lanche (sanduíche é o mais popular).
No supermercado, só há comida pré-pronta. Existe até salada já embalada num saquinho e com molhos (aliás, tudo tem molhos artificiais e cheios de gordura). Na maioria das vezes, são mercados pequenos e não há açougue.
Estou há uma semana comendo sanduíche no almoço e não aguento mais (mesmo variando o recheio e o tipo de pão todo dia). E não tente procurar um restaurante. Simplesmente não há. O que existe são pubs, que oferecem comida. Mas, normalmente, coisas fritas ou, no máximo, um ensopado. Os restaurantes que existem são de guetos, de chineses, de mexicanos, etc, para tentar matar a saudade de casa.
Hoje à tarde, fui na feirinha na Moore Street (é perto da O'Connell). Diariamente, lá se vendem uvas, kiwis, morangos a um preço camarada. Comprei um cacho de uvas sem sementes (deve dar quase um meio quilo) por um euro (algo extremamente barato por aqui). Só que, quando fui comer, vi que a uva estava verde. Aliás, todas as frutas do mercado são verdes  (ao menos, as que eu comi até agora).
O que me salvou foi que achei, numa galeria da Moore, um mercadinho brasileiro! Vendem arroz, feijão, mandioca, cortes de carne, e até erva-mate. Falei com um dos donos, um paulista que mora há 11 anos aqui. Ele e um amigo têm a mercearia há dois anos. A galeria é reduto de mercados e restaurantes de estrangeiros. O dono do mercadinho me deu dicas preciosas sobre comida: há dois restaurantes brasileiros na cidade (embora um, ele me alertou, seja bem caro) e uma mulher que faz viandas para entregar (ele me deu o telefone dela, Dona Dalva. Certo que vou ligar para ela amanhã mesmo). Se não for muito caro, vou comer a refeição da Dona Dalva todos os dias. Se for, ao menos uma vez por semana.
Pela Moore, achei também um açougue (irlandês mesmo). Não tinha visto nenhum ainda. Ah, só uma curiosidade: as carnes ficam expostas na vitrine voltada para rua, como numa loja. Moore Street: muito produtiva a visita a essa rua para quem quer comida de verdade.
Com tanta comida artificial e cheia de sódio, não é de se admirar que grande parte dos irlandeses esteja acima do peso. Ainda não vi nenhuma academia de ginástica por aqui (quem faz exercício, corre ou anda nas centenas de parques da cidade). Eu estava acostumada a fazer natação no Brasil e isso já está me fazendo uma falta enorme. Mas, como eu estou andando muitíssimo para conhecer a cidade, não tenho vontade de correr no parque ao final do dia. Chego sempre exausta em casa.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Igrejas medievais, castelos e U2 Cover

Mais lugares para conhecer hj. Nossa, Dublin é uma cidade onde se anda mto. É possível visitar inúmeras atrações a pé. A cidade é toda plana, sem morros.
Hj, fui na Christ Church Cathedral e na St. Patrick Cathedral, igrejas cujas fundações datam do século 1100 (dá para acreditar?!). Depois, fui ao Dublin Castle, um castelo de 1204 bem na área central. Só que cheguei lá às 16h (pq vi q o horário de visitação iria até 16h45min). Mas a última visita guiada saía antes das 16h. Então, não pude entrar no interior, mas voltarei lá. No Dublin Castle, encontrei duas brasileiras, do Ceará. Uma delas está há um mês em Dublin, e a outra, há um mês e três semanas. As duas não sabem quase nada de inglês ainda, porque não conseguiram nem entender que não era mais possível fazer a visita naquele dia (a maioria dos brasileiros chega mesmo não falando mais do que meia dúzia de palavras).
Well, na volta para casa, passei pela Grafton e estava tendo um show de uma banda cover do U2 para arrecadar dinheiro para caridade (para a Special Olympics, associação em defesa de deficientes mentais). No link aí de cima, curta um pouco do show (um trecho do clássico Sunday, Bloody Sunday), veja o St Stephens Green Shopping Center, um pouco da Grafton e do parque St Stephens Green).
E veja as fotos: https://picasaweb.google.com/101126651209934567449/Dublin15042011?authkey=Gv1sRgCN7ts7PA4NDgywE#

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Muitas fotos de Dublin

Hoje, foi dia de fazer mtas fotos pela cidade. Na O'Connell Street, uma das ruas mais famosas, no Liffey River, o rio que corta a cidade, no Temple Bar, região da boêmia, e no The National Wax Museum  (museu de cera).
Melhor do que falar é ver, né? Então, vamos direto às imagens.
Só espero que a umidade não estrague minha câmera. Além de a bateria acabar logo, a lente está travando no meio do caminho (quando deveria sair para fazer a foto. Só que não vai nem para fora nem volta para dentro. Q agonia!). Essa despesa não estava nos meus planos.
O link das fotos: https://picasaweb.google.com/101126651209934567449/Dublin14042011?authkey=Gv1sRgCOLIkPXPodrOPA#

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Quase uma cidadã irlandesa

Nesta quarta, estou quase me sentindo uma cidadã irlandesa. Hehe. Hoje foi dia de ir ao banco, ao PPS Office e comprar um telefone celular. Well, depois da aula, o Antônio, um gaúcho de Porto Alegre que mora há mais de um ano em Dublin, acompanhou eu, o Victor, um baiano de Salvador, e o Santiago, um argentino de Rosário, para encaminharmos a conta no banco e o PPS, necessários para conseguir o visto em definitivo. Quando você chega na Irlanda, o oficial da imigração carimba seu passaporte por um mês. É o tempo que se tem para virar “gente” na Irlanda e retornar à imigração. As escolas costumam oferecer essa ajuda de um guia, especialmente porque alguns alunos chegam sem falar mais do que meia dúzia de palavras em inglês.
Well, primeiro, fomos ao PPS Office. PPS é a sigla para Personal Public Service, um número que você precisa para trabalhar legalmente, é algo entre um CPF, número de PIS/Pasep no Brasil. Você deve ir até uma repartição pública nos arredores da O’Connell Street com passaporte e uma carta da sua escola declarando que você estuda lá.
Aproveitei à ida a essa região cheia de lojas para comprar um celular da Vodafone, a operadora mais popular daqui. Isso por causa das taxas. Se cadastrando em uma promoção, você liga e manda mensagens de graça para outro Vodafone (praticamente para a população toda da Irlanda. Hehe). Para o Brasil, a ligação está custando 0,09 de euro para fixo, 0,30 para celular e mensagem de texto por 0,15. Uma ninharia. Comprei um aparelho bem simples da Nokia e paguei 39,9 euros. Um iPhone 4 sai por uns 580 euros no pré-pago. De conta, pode sair até de graça (o aparelho, dependendo do plano).
Depois, seguimos para uma agência do Bank of Ireland, em Dublin 4. É bem mais fácil abrir uma conta na Irlanda do que no Brasil. Um estrangeiro precisa do passaporte, da carta da escola e de um depósito de 3 mil euros (aliás, você pode abrir a conta com 50 euros, mas, para conseguir o visto precisa ter 3 mil num banco irlandês). Eu esqueci o pacote com o celular novo no banco. Sorte que me toquei disso quando ainda estávamos na parada de ônibus. Voltei e a caixa, muito gentil, tinha guardado para mim.
Depois de deixarmos o Antonio e o Santiago de volta na escola, eu e o Victor fomos ao Tesco, um mercado, para uma nova lição do dia: como usar a máquina automática para pagamento. Sim, o caixa do mercado é self service. Você passa suas coisas numa leitora, insere moedas, cédulas ou cartão de crédito e pega o troco, se for o caso. Ah, não tem sacolas plásticas na Irlanda. Ou você leva a sua de casa ou sai com as compras na mão. As lojas de roupas costumam ter sacolas de papel.
Por fim, não poderia deixar de registrar: hoje, não me perdi voltando para casa. Ahaha.

terça-feira, 12 de abril de 2011

O segundo dia em Dublin

Depois da escola, vou almoçar no parque bem em frente (para lagartear no sol, se tiver. Muitos irlandeses fazem isso). Então, é hora de descobrir a cidade. Ontem, na Grafton Street, eu já havia visto que a fila do algodão-doce era mto concorrida. Hj, prestando mais atenção, descobri o porquê: é de graça. Claro, lá fui eu para fila (adoro algodão-doce, mas o daqui tem um gosto um pouco diferente).
Pela Grafton, tem muito artista de rua, desde músicos até estátuas vivas. É impressionante a quantidade de floristas pelas ruas tbm. Ah, outras figuras dos espaços públicos: mendigos (sim, eles estão no primeiro mundo). Vi uns quatro ontem. E hoje mais alguns.
Antes de seguir meu caminho pela cidade, comprei um casaco na United Colors of Benetton, afinal está muito frio. Mesmo com desconto em itens de inverno, não ficou tão barato. Tive que comprar pq não achei casacos em outro lugar. Em todas as lojas agora só tem roupas da “new season”. Só que são uns artigos para primavera de Salvador e não do RS (imagina de Dublin!!!). Mas o pior é que as irlandesas saem mesmo com aquelas roupas das vitrines (tem vestidos de alcinha. Mas atente: ontem, a mínima foi 3,7°C! Os irlandeses devem ser feitos de outro material, que não carne e osso. Ahaha).
Uma constatação da tarde: Dublin é uma cidade repleta de estrangeiros mesmo. Fui passear numa igreja anglicana (todas as igrejas que vi, de qualquer religião, são feitas de pedra) e o pastor me perguntou que língua eu falava. Como eu respondi português, ele me questionou se poderia me dar um folheto em inglês mesmo pq, na minha língua, não tinha. Só aí vi os folderes com a história da igreja (que tem mais de 300 anos!!!) em espanhol, italiano, línguas orientais, entre outras.
Depois disso, rodei por diversas ruas ao tentar seguir as placas em direção ao Temple Bar, um irlandês me ajudou a chegar nessa região que é famosa pela grande concentração de pubs. Ele me recomendou o Palace, disse que é um legítimo pub irlandês. Cheguei ao Temple Bar, mas não consegui encontrar esse. Voltarei para procurar nos próximos dias. Até porque quero fazer fotos dessa bela região da cidade. Minha máquina fotográfica simplesmente ficou sem bateria. E não entendi isso. Ela estava carregada. Será que a diferença de temperaturas (ar gelado lá fora e calefação quentíssima consome a bateria?). Caminhei pela região do Liffey River, um rio que corta a cidade. Qdo conseguir fazer fotos, mostro para vocês.
No caminho de volta para a parada de ônibus, encontrei uma livraria que vende livros em papel jornal por menos de três euros. Estão disponíveis alguns autores clássicos e uma coisas totalmente desconhecidas. Comprei um livro sobre a história do “shamrock” (em bom português, o trevo, símbolo da Irlanda) por 1,5 euros. Numa outra livraria, vi uns livros do James Joyce por 3 euros. Acho q vou comprar um quando tiver terminado de ler esse.
No ônibus, fui sentar, pela primeira vez, no segundo andar para ver melhor a paisagem. Ah, de novo, na volta para casa, eu entrei na rua errada. Ahahaha. Tudo bem para um segundo dia.

Outras coisas sobre a Irlanda

Em Dublin, os carros andam na mão inglesa e têm o volante do lado contrário do Brasil. Não me acostumei com isso. Ao atravessar a rua, sempre olho para o lado errado. Cruzamento, então, é um grande problema. Sorte que nas faixas de segurança, perto da calçada, há as inscrições “look right” e “look left”, o que ajuda muito. Mas não há faixa ou sinaleira de pedestres em todos os lugares. Onde há, os pedestres costumam passar mesmo depois que o sinal já fechou para eles, mas os motoristas, diferente do Brasil.
Para quem reclama do ônibus lotado no nosso país, saiba que, no horário do rush, os de Dublin também são. E olha que esses veículos têm dois andares, como aqueles de Londres. Nesta manhã, fiquei de pé, junto com um montão de gente, especialmente colegiais irlandeses. Os estudantes das séries iniciais parecem ter saído de um filme do Harry Potter. As meninas usam saias até abaixo do joelho, meias longas e sapatinhos.
Ainda falando sobre ônibus, ontem eu contei sobre o preço da passagem. Na verdade, ela depende de quanto você percorre com o veículo (veja aqui). De Dublin 18 até Dublin 2, eu pago 2,3 euros. Mas, detalhe: se você não tiver o cartão, só pode pagar com moedas. E o motorista não te devolve troco. Se for o caso, ele te dá um bilhete com o valor a ser devolvido. Mas você tem de ir busca-lo no escritório da administração do transporte público, no Centro. Eles estão com 0,20 meus. O cartão é mais prático, mas se você não usa muito e só percorre pequenas distâncias, não vale a pena. O problema é que é difícil ter o troco para o ônibus.
Outra coisa da vida prática: as frutas são caras. Em alguns lugares, são vendidas por unidades e importadas, na grande maioria. As bananas são sempre verdes e as que vi com identificação eram da Costa Rica. Vi melões, limas e mangas brasileiras (mto caras).
Além de cerveja, os irlandeses gostam de vinho. No mercado, tem mto vinho chileno, mas não vi nenhum brasileiro ainda (alô, pessoal de Bento Gonçalves, minha cidade, vamos abrir mercados na Irlanda).  E em lojas de alimentação de redes internacionais, como Subway, McDonald's, Burger King ou Starbucks, não têm, necessariamente, os mesmos produtos que há no Brasil.

Só na Irlanda

Quando eu cheguei na casa da família irlandesa que está me recebendo, uma das primeiras coisas que minha host mother me disse foi: “diferente do Brasil, aqui na Irlanda, nós jogamos o papel higiênico usado no vaso sanitário.” Fiquei pensando: será só aqui na casa dela? Eis que, quando vou ao banheiro na escola, lá está um cartaz atrás da porta do reservado em inglês e outro maior ainda em português (!) avisando sobre que o papel deve ser jogado no vaso e não na lixeira ao lado (que é só para absorventes). Inclusive, tem um desenho no tal cartaz de uma guria jogando o papel no vaso com os dizeres: “good girl”. É, mas pela força do hábito, não fui uma boa menina qdo cheguei à escola. Meio sonolenta por causa das quatro horas de diferença do fuso, coloquei direto o papel na lixeira. Só depois vi o cartaz.
Sei lá... Mas acho que a canalização vive entupindo na Irlanda. Ou não?
Ainda sobre coisas de meninas: qdo fui dar uma voltinha na Dunnes (uma espécie de lojas Renner da Irlanda), vi que realmente as calcinhas por aqui são horríveis (tragam de casa, meninas). Ou são enormes. Ou fio-dental (e feias). Pelo menos por lá, não vi o meio termo que as brasileiras gostam.
Ah, sobre preços (não na Dunnes, em lojas em geral): pelo que vi, os valores das coisas são os mesmos (convertendo para nossa moeda, claro) ou mais caros do que no Brasil. Vi algumas lojas com blusas em promoção por cinco euros. Mas não achei nada de lindo.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Circulando por Dublin

Hj foi meu primeiro dia pela cidade. Primeiro, fui para escola. De ônibus, levo cerca de 45 minutos. Mas foi bem tranquilo me achar. Chegando, fiz uma prova escrita com 100 questões (tem menos de meia hora para responder). Então, passei por uma breve entrevista com o diretor do turno da manhã. Acertei 59% da prova. Segundo o diretor, não é comum brasileiros recém-chegados acertarem tanto (me senti grandona. Ahaha). Ele me perguntou de que Estado eu sou e qdo respondi: "Rio Grande do Sul", ele disse: "Oh, gautcha! There are other 'gautchos' here". Eu ri. Well, ele me encaminhou para uma turma de um nível intermediário. Mas achei a aula mto difícil. Pq, na verdade, nesse nível, há textos de revista, filmes e outras coisas assim para serem interpretados. Não é aulinha de ficar explicando, sabe? Só que eu até posso ter ido bem na gramática, mas não consigo entender mto bem qdo as pessoas falam mto rápido (caso do filme de hj) e meu vocabulário não é mto extenso (me perdi analisando o texto da revista, mas consegui responder a uma pergunta q meus colegas não sabiam. Rá). Acho q vou pedir para trocar para um nível inferior. O diretor me aconselhou a ficar uma semana neste nível para ver se realmente é mto difícil para mim. A maioria dos meus colegas é de origem oriental. Tem uma menina brasileira e uma de um país muçulmano (ela usa um véu cobrindo os cabelos). Só  que eles estão há mto tempo aqui, por isso, estão beeem mais adiantados q eu. Um coreano me contou q chegou em fevereiro do ano passado.
Depois da aula, caminhei pelos arredores. Primeiro, fui no parque bem em frente à escola, na Merrion Square. Dpois, sem rumo, cheguei ao St. Stephen's Green Park (esse é bem legal. Eu acho q algumas cenas do filme Casa Comigo foram gravadas nele, mas não tenho certeza). Caminhei pela Grafton Street, uma rua cheia de lojas e com passagem só para pedestres e fui num shopping por aí tbm.
Well, já fiz umas compras úteis. Primeiro, um cartão de ônibus. Pagando em dinheiro, na distância que eu percorro, a passagem custa 2,30 euros (viu, e vc achava o Visate caro!? Ahaha). Mas é possível comprar tickets para três, cinco ou trinta dias. Os preços são diferentes se vc é adulo, criança, estudante ou turista. Comprei um de cinco dias para estudantes por 15,7 euros. Vc pode usar quantas vezes quiser e não necessariamente por dias consecutivos. Veja preços e itinerários aqui.
Comprei tbm um adaptador para tomadas. Na Irlanda (e tbm no Reino Unido), as tomadas têm três pinos meio quadrados, diferentes daquelas de três pinos do Brasil.
Tentei procurar casacos pq passei frio hj. Foi um típico dia irlandês. Amanheceu chovendo, saiu o sol, choveu de novo, ficou nublado, ventou mto e com um ar gelado, e fez sol de novo. Praticamente Caxias! Ahahah. Em todas as casas, nas lojas, no ônibus, no trem têm calefação mto forte. Qdo eu acordei pela manhã, estava me sentindo enjoada possivelmente por causa da calefação. Na aula, meu nariz sangrou pq o ar estava seco demais. Numa livraria, tive q sair pq não conseguia respirar de tão quente que estava. Ah, qdo estava no ônibus pela manhã, um menino irlandês desmaiou. Talvez a pressão dele tenha baixado por causa do calor. O guri, de mochila nas costas e uniforme, estava de casaco (nota: só eu e um casal de brasileiros tentamos ajudar o menino. Todos os irlandeses - inclusive um colega dele ao lado - nem se mexeram qdo o estudante, q não devia ter mais do q 10 anos, caiu). Não curti toda essa calefação. Vc tem q ficar de manga curta dentro dos lugares e completamente encasacado para ir à rua. Ou não. As irlandesas andam por aí de shortinho ou sainha e sem meia-calça com um vento extremamente gelado (tipo inverno em Caxias).
Ah, não espere ouvir só inglês pelas ruas. Ouvi italiano diversas vezes, espanhol tbm. Vi mtos orientais e gurias com o cabelo coberto por véus. Dublin é uma cidade multicultural.
Os prédios, em compensação, são todos exatamente iguais numa mesma vizinhança. O q é horrível, pq vc fica sem referências. Não me perdi pelo Centro, q eu não conhecia, mas me perdi voltando para casa (desci na parada certa, mas como todas as casas são iguais, fui parar em outra rua. Ahaha).
Well, amanhã conto mais sobre Dublin.
Se quiser ver fotos, clica aqui.

domingo, 10 de abril de 2011

Welcome to Ireland

Finalmente, cheguei!!! Estou na Irlanda. Meu voo pousou às 13h35min (hora local, no Brasil eram 9h35min da manhã). Não vi muita coisa ainda, mas pelo jeito, a cidade é bem bacana e os irlandeses são super receptivos. Não tive nenhum problema com nada neste primeiro dia. Todos os voos (três) partiram no horário e sem turbulência (embora que eu achei q o avião não fosse chegar nunca em Amsterdam. Óbvio q não consegui dormir no voo. Pelo menos consegui assistir ao Discurso do Rei, que ainda não tinha visto).
O aeroporto da capital holandesa é enoooorme, mas é bem fácil de se encontrar. No voo para Dublin, encontrei cinco gaúchos sentados em poltronas próximas e mais uma paulista (tô dizendo q não tem irlandês nesse país. Ahaha). O motorista que me trouxe para a casa da host family era um chinês de Beijing, que mora há sete anos aqui (mas q me disse q morre de saudades da familia), o Charlie. Veio na carona tbm, um estudante baiano, q ficou em outra área de Dublin.
Na casa onde moro agora, vivem a Paula e o filho mais novo, de 13 anos (já joguei tênis de mesa com ele hj). A Paula é divorciada e tem quatro filhos, mas um mora sozinho e outros dois com o pai. A vizinhança é super agradável. Agora à noite, conheci um casal de namorados de São Paulo, que está hospedado na casa ao lado. Vamos estudar na mesma escola e já combinamos de pegar juntos o ônibus amanhã de manhã para o Centro (segundo a Paula e o Charlie, demora uns 40 minutos até lá).
Fiquei bem feliz porque consegui me comunicar bem. O sotaque dos irlandeses que encontrei até agora é super simples de entender (mais fácil do que o britânico, se vc também está acostumado com o americano). Não tive nenhum problema de comunicação até agora. Só pedi para repetir algumas frases com palavras que eu não conhecia. A Paula elogiou o meu inglês, disse q é bem claro, e um outro filho dela que veio visitá-la de tarde disse q eu devo ser a estudante que melhor fala inglês q eles já receberam (a Paula abre a casa para estrangeiros há 12 anos. A maioria dos intercambistas, por acaso, foram garotas brasileiras).
Ah, na imigração foi tudo bem tranquilo. O oficial só me perguntou se eu tinha conta de banco no Brasil, se eu estava levando dinheiro comigo e qual a data da volta. E só.
Vale nota também: o dia estava lindo tanto em Amsterdam quanto em Dublin. Solzão e calorzinho q eu não esperava na Irlanda, mas agora à noite começou a esfriar (um típico dia de Caxias do Sul. Mudei de continente, mas o tempo veio comigo. Ahaha).
Todo mundo foi tão receptivo comigo q, juro, não estou me sentindo em outro país. Parece q estou em casa.
Well, amanhã faço umas fotos da vizinhança e do Centro e posto aqui.
Bye, bye. Vou dormir. Afinal, aqui já é noite, enquanto vcs curtem a tarde de domingo aí no Brasil.
See you tomorrow!

sábado, 9 de abril de 2011

Último dia de Brasil

Viajo neste sábado. Saio às 13h30min de Porto Alegre para chegar às 13h30min de domingo na Irlanda (9h35min no Brasil). Serão 20 horas de viagem, escalas em São Paulo e Amsterdam, na Holanda. Só arrumei as malas na tarde desta sexta. Neste último dia, fiquei nervosa, confesso. Achei que não ia dar tempo de organizar as coisas. Tinha que pintar as unhas (não vou nem até a padaria da esquina sem esmalte, imagine se iria atravessar um oceano assim). Escolher que roupas levar. Estou indo com duas malas grandes cheias e, mesmo assim, meu roupeiro no Brasil ficou abarrotado. Mas procurei deixar tudo dentro dos armários, tirar a minha presença do resto da casa.
É estranho saber que não vou mais estar por aqui amanhã. É estranho deixar roupas que gosto e sapatos que adoro. É estranho pensar em chegar em casa sem ter a Roberta e a Vivi, minhas companheiras de apto nos últimos sete anos.
Some-se a isso um medo de não saber me comunicar em inglês e de não ter amigos por lá. Mas, vamos lá. É hora de ir. Possivelmente, o próximo post será direto da Irlanda, para aí, sim, vivermos (eu e vc, leitor) mais um verão na vida.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Utilidade pública - agências de intercâmbio

Como várias pessoas me perguntaram sobre agências de intercâmbio, resolvi fazer um post de serviço sobre isso. Na verdade, existem inúmeras. Abaixo, estou listando cinco agências de rede que atuam em Caxias do Sul (RS) e endereços, mas elas também estão em outras cidades, é só entrar no site e conferir.
Lembrando: é legal ir em várias, pesquisar preços e tirar todas as suas dúvidas. O pessoal nas agências sabe te auxiliar mesmo em questões banais da viagem até itens como visto e cartão de débito internacional. Também é legal perguntar por indicações de amigos que já fizeram intercâmbio e dar um "google" para ver se há reclamações sobre a agência na internet.
É possível fechar um pacote inteiro com a agência (passagens, escola, acomodação, seguro saúde, cartão de débito, carteirinha de estudante, etc) ou comprar só alguns desses itens com eles e se virar no resto.
Há programas de estudos (em diferentes níveis, desde escolas de idiomas, passando por graduação ou especializações), de trabalho (os mais famosos são o au pair, para ser babá, ou aqueles de hotéis e estações de esqui) ou que combinam os dois (estudo e trabalho em meio turno).

CI (Rua Francisco Getulio Vargas, 1130, sala 24, Galeria de Serviços da UCS, bairro Petrópolis): http://www.ci.com.br
Egali (Rua Mariana Prezzi, 115/101, bairro Pio X)http://www.egali.com.br
Experimento (Avenida Rio Branco, 247, bairro São Pelegrino): http://www.experimento.org.br
STB (Rua Os Dezoito do Forte, 1808, Bergson Gallery, Centro): http://www.stb.com.br/
World Study (Rua Garibaldi, 680, sala 601, Centro): http://www.worldstudy.com.br/

Além disso, escolas de idiomas (especialmente as de rede) costumam ter serviço de agência de intercâmbio para seus alunos.
Universidades também possuem um departamento com esta finalidade. Os alunos podem cursar um semestre lá fora e aproveitar as disciplinas no seu currículo brasileiro. A UCS e a FSG em Caxias têm esse serviço.
Espero ter ajudado.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Último dia de trabalho

Hoje, dia 1º, foi meu último dia de trabalho no jornal antes da viagem. Ainda terei uma semana para organizar minhas coisas. Levei uma torta para me despedir do pessoal da redação (só para ter um motivo para abraçar todo mundo). Tenho recebido tantas manifestações de carinho nas últimas semanas que estou a fim de me mudar de país a cada seis meses, só para ter sempre novas despedidas. Ahaha.
Bateu uma tristezinha hoje. Há sete anos, todos os dias, pego o ônibus para ir ao jornal. É um pouco estranho perceber que não farei isso na segunda-feira (ou mesmo neste sábado e domingo. Pela escala, eu estaria de plantão neste final de semana). É estranho saber que não lerei o Pioneiro que chega no meu apartamento todos os dias.
Ainda não estou nervosa. Sei lá se ainda não caiu a ficha. Talvez caia na próxima semana, sem ter o trabalho para ocupar boa parte do meu dia.
Os amigos querem marcar jantas, festas, almoços. Espero que dê tempo para todos. Minha mudança é temporária, mas, às vezes, parece que há uma ânsia de fim de mundo (em mim ou nos outros).
Ainda terei de cortar o cabelo, ir ao dentista, procurar receita médica do oftalmo, entre outros pequenos afazeres da próxima semana. Continurei fazendo natação. As malas só vou arrumar no penúltimo dia.