quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Florença: berço do Renascimento


De Veneza, fui de trem para Florença, na região da Toscana. A cidade é o berço do Renascimento. Então, se você gosta de arte, esse é lugar obrigatório. Algumas das maiores obras daquela época foram produzidas sob encomenda para igrejas ou praças locais.
A cidade é bem pequena. Então, em qualquer lugar que você ficar, estará bem localizado e conseguirá fazer tudo a pé. Eu fiquei num hostel ótimo (que tinha até jardim com fontezinha no pátio – o nome é Archi Rossi) perto da estação de trem e do Mercato Centrale. Aliás, o mercado deve ser visitado. Tem vinhos, frutas, queijos, carnes, pães, doces, bem baratinhos e gostosos. Ali, também fica o Mercado do Couro, onde centenas de barraquinhas vendem artigos em couro (cintos, jaquetas, bolsas, carteiras, etc) no meio da rua mesmo, junto com diversos outros souvenirs para turistas. Você poderá comprar, por exemplo, diversos modelos de Pinóquio (isso porque o criador da história, Carlo Lorenzini, nasceu em Florença). Junto ao mercado, tem a Basílica de San Lorenzo. Andando não mais do que cinco minutos se chega a Catedrale di Santa Maria di Fiori (onde fica Il Duomo) e ao Batistério. Para entrar na Catedral é de graça (mas, de novo, só de ombros cobertos e calça ou saia abaixo do joelho), mas para subir na cúpula tem que pagar oito euros. Para entrar no Batistério, são quatro euros.
Duas praças que merecem ser visitadas em Florença são a Praça da República e, especialmente, a Piazza della Signoria. Nesta última é onde ficam o Palácio Vecchio e diversas estátuas, incluindo uma cópia do David, de Michelangelo. Ali ao lado, fica a Galleria di Uffizi, com algumas das obras mais significativas do Renascimento em Florença. Dá para ver o Nascimento de Vênus e a Primavera, de Sandro Botticelli. Mas, para entrar na galeria, vá armado de paciência. A espera na fila é de duas horas. Isso porque eles só permitem a entrada de algumas pessoas por vez. O ingresso custa 11 euros. O mesmo preço se paga para poder ver a Galleria Dell’Academia (não muito longe). Mas lá a espera é menor. A Academia é pequena, mas vale porque é onde está o original do David, a estátua de Michelangelo. De mármore, com 5,17 metros, a obra é realmente perfeita. Dá para perceber as veias no braço, nas mãos, no pescoço do David. A estátua é monitorada por um sistema parecido com o que avalia atividade sísmica porque foram percebidas pequenas fissuras que podem fazê-la tombar.
Além do David, outro ponto que não pode faltar numa visita à Florença é a Ponte Vecchio, no Rio Arno. Cruzando o rio, você poderá chegar ao Piazzale Michelangelo, onde também há uma réplica do David (mas verde) e uma vista incrível da cidade (melhor do que a de Il Duomo, porque tem a vantagem de se poder ver o rio e a catedral – e de graça!). Se não estiver a fim de andar até lá, dá para pegar o ônibus 12 ou 13, que saem da Estação de Trem (Santa Maria Novella) e param exatamente no Piazzale. De lá, dá para admirar toda a beleza da Cidade das Artes.

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