sábado, 18 de junho de 2011

Barcelona: cosmopolita, terra de Gaudí

Barcelona é Espanha, mas não parece. A cidade é super cosmopolita, internacional. Pelas ruas, você ouve diversos idiomas. E em Barcelona se fala catalão. Nos restaurantes, incluindo fast-foods multinacionais, como Mc Donalds e Subway, o cardápio está escrito em catalão e em inglês. Ou, em alguns lugares em catalão e só. Nada de espanhol. Nos mapas, calle é carrer, plaza é plaça. Quando cheguei no aeroporto, fui ao quiosque de informações turísticas perguntar que ônibus eu pegava para a região central. Fiz a pergunta em espanhol. A atendente me respondeu em inglês (poxa, se eu estou na Espanha e fiz uma pergunta em espanhol, não deveria receber a resposta neste idioma?).
Meu hostal era perto de Las Ramblas, a rua mais famosa da cidade, com suas barraquinhas de souvenirs para turista, restaurante, cafés. Lá no final da via, você chega no porto remodelado, uma região bonita, cheia de opções para comer, e com ar cosmopolita. Por aí, também há várias sorveterias (amo sorvete artesanal! Tomei sorvete todos os dias na Espanha). A maioria delas se chama gelateria (italiano) e não heladeria (espanhol), algo assim, internacional.
Por aquela região, também estão as praias de Barcelona, urbanas, mas bonitas (não espere algo sensacional). Barceloneta é a mais perto do Centro. Tem muita gente jovem e bonita na praia. E topless é prática comum (mas não todo mundo faz). Barcelona não é tão quente. Naqueles dias tava 26ºC, mas quando o sol se escondia atrás das nuvens, ficava meio fresquinho. A água do mar estava gelada para o meu gosto. Então, só molhei o pezinho. Ahaha. Pela praia, você é incomodado o tempo todo por ambulantes, indianos (eles também estão no centro vendendo coisas ou trabalhando no comércio) e seus mojitos e tatuagens de henna e chinesas oferecendo massagem.
De madrugada, indo pegar ônibus para aeroporto para voltar à Sevilha, vi muitos ambulantes oferecendo cerveja e prostitutas pelas Ramblas. Algumas ruas centrais e do bairro gótico tem portas de prédios extremamente pichadas. Esse é o lado feio de Barcelona. Também sempre dizem (mas eu não vi nada) que assaltos a turistas seriam comuns.
Mas, voltando ao lado bom de Barcelona: a cidade vale só pelas obras do arquiteto Gaudí. Simplesmente genial, louco. Passei pelo Palácio Güell, pela Casa Batlló, por La Pedrera, mas entrei só na Sagrada Família. A igreja é algo sensacional, indescritível. Começou a ser construída em 1882 e ainda está em construção até hoje (!!! mais de cem anos depois! e não deve ficar pronta antes de 2030). A saber: Gaudí morreu em 1926, num acidente, atropelado por um bonde. A igreja é cheia de detalhes e significados. Nada está lá por acaso. Uma das fachadas representa os últimos dias da vida de Cristo, a outra, seu nascimento, com inúmeras esculturas. No interior, as colunas são como um bosque (Gaudí buscava inspiração na natureza). Não tem como descrever, melhor você olhar as fotos. Para entrar, tem que esperar na fila por, pelo menos, uma hora. Todas as atrações de Barcelona são super disputadas, a cidade está repleta de turistas.
Fui também no Museu Picasso (com obras de todos os períodos do pintor, que passou boa parte da vida na cidade). Não consegui ir no museu do Miró, nem no estádio do Barcelona ou no Parque Güell (esse também obra de Gaudí). Isso porque essas atrações ficam mais afastadas. Mas já é uma desculpa para voltar a Barcelona.
As fotos de Barcelona (não perca as da Sagrada Família): https://picasaweb.google.com/101126651209934567449/Barcelona12E13062011

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