domingo, 31 de julho de 2011

Visita à casa da presidente

Todos os sábados, a residência da presidente da Irlanda é aberta à visitação pública. Há tours guiados com duração de uma hora. O primeiro saí às 10h30min e o último às 15h30min (tem de hora em hora, ou seja, 11h30min, 12h30min, etc) do Visitor Centre do Phoenix Park. Mas é bom chegar cedo porque há vagas para 24 pessoas por vez. Eu e a Ludmila, minha colega brasileira, fomos neste sábado. O Visitor Centre abre às 10h e o primeiro tour é às 10h30min. Nós chegamos lá às 10h20min e só tinha vagas para o tour das 13h30min. O pessoal do centro de informações me disse que normalmente, antes do meio-dia, os tickets já acabaram (só dá para pegar ingressos para aquele mesmo dia). Ah, importante: é de graça!
O nome oficial da residência é Áras an Uachtaráin e fica bem no coração do Phoenix Park. O prédio original é de 1751. Inicialmente, serviu como residência do representante da Coroa Britânica em Dublin (já que a Irlanda pertencia ao Reino Unido). O primeiro presidente irlandês tomou posse em 1938 (o país se tornou independente em 1922). Desde então, a casa já serviu de morada para nove presidentes (incluindo a atual, Mary McAleese).
Para visitação, estão abertas apenas algumas salas do casarão, mas, entre elas, as mais importantes, como onde ocorre a primeira reunião oficial de trabalho do presidente após a posse, o salão onde se recebem autoridades em visita ao país e a sala de estudos do presidente (nessa Mary McAleese colocou fotos dos filhos,  dos pais e do seu casamento em portas-retratos nas escrivaninhas para dar um toque pessoal).
Depois, a visita continua nos jardins. Achei bacana que, nessa parte, quem fala sobre a história dos jardins e das plantas é um dos jardineiros da residência, que para o trabalho para dar atenção aos turistas, com sapatos cheios de terra e moletom sujo mesmo. Como costume, cada visitante ilustre da residência, planta uma árvore. Há espécies plantadas pelo papa João Paulo II, pela rainha Vitória, por John Kennedy, por Barack Obama, Nelson Mandela, entre outros.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Conversação em inglês de graça em Dublin

Para quem quer treinar o inglês e conhecer pessoas, há vários lugares que oferecem sessões de conversação de graça. A Biblioteca Pública que fica no Ilac Shopping Centre, por exemplo. Outro desses lugares é uma igreja gospel chamada Immanuel Church. Toda sexta, das 13h às 14h. Tem sanduíches, biscoitos, refrigerante, café e chá à vontade (de graça, claro). Então, você se serve e senta numa das mesinhas. Em cada uma, sentará também um voluntário da igreja, que pode ser um irlandês ou um estrangeiro mas que fala inglês com fluência. Então, você conversa com o voluntário e as outras pessoas na mesa. É divertido. É dá para fazer amigos. Eu fui lá hoje.
A igreja fica na Bachelors Walk, 28, Dublin 1. É a rua do rio, pertinho da O'Connell. Se você atravessou a ponte da O'Connell e estiver com o rio às suas costas, é só dobrar à esquerda e andar alguns metros. É ali no início da quadra mesmo, nessa porta azul da foto.

A moda da próxima estação



Enquanto no Brasil, vocês ainda passam frio e imaginam o que vão vestir no verão, aqui na Europa, as revistas já estampam a moda do próximo outono/inverno. Sim, porque a estação fria já está batendo à porta (ao menos, das ilhas no norte). Mas essas tendências só chegarão no Brasi daqui a um ano. Por isso, resolvi antecipar algumas coisas para vocês que querem já usar neste inverno!
Comprei a Vogue para o Reino Unido de agosto (que tem a Kate Moss na capa). A maioria das dicas, eu extraí da revista. É claro q não é só pq a Vogue disse q vc tbm tem q dizer amém. Até pq eu sempre achei a Vogue meio elitizada demais. Nem tudo da revista serve para mulheres do mundo real. Outra consideração: a brasileira tem, sim, um gosto e uma moda próprios. Não adianta só importar da Europa um padrão. Isso nem sempre funcionará nos trópicos. Por fim, ressalto: essa é uma leitura q eu fiz da Vogue, ou seja, meu olhar sobre o olhar dos editores da revista. Use o q vc se sentir confortável. Essa é a melhor regra na hora de se vestir.
Pois bem, a moda não muda radicalmente de uma estação para outra (aliás, tenho impressão que tudo já foi inventado e os estilistas agora só fazem releituras), portanto, você verá que grande parte do que listo abaixo já é tendência há algum tempo. Vamos lá:
Cores: chama a atenção o vermelho-rubi. Mas tbm há espaço para outras cores de pedras preciosas, como esmeralda, ametista, safira, citrino...
Casacos: claro que os compridos sempre terão espaço, mas o casaco da estação é mais curtinho, na altura da cintura da saia ou calça.
Casacos 2: esse não está por tudo, mas acho bonitinho: casacos ao estilo poncho.
A estampa: bolinhas, poá, círculos. Se o verão é das listras, o inverno será dos pontinhos, em variados tamanhos.
A bota: depois de muitas ankles e daquelas que batem na coxa, as botas de cano alto (mas, abaixo do joelho) voltam com tudo.
Bolsas: tem grande, média, mini. Para todos os gostos e ocasiões. Mas, segundo a Vogue, o grande diferencial da estação não está no que você carrega, mas como carrega. Sim, isso mesmo. A sugestão é literalmente carregá-la nos braços. Mesmo se tiver alças, você deve agarrar a bolsa como se fosse uma pasta, ali do lado (entendeu?).
Para os cabelos: rabo-de-cavalo. Invente, mas, de preferência, bem no alto.
E ainda: boyfriend, brilho, sixties, forties, fetiche - nada disso é novidade, mas continua valendo.
Agora, é só escolher o que te agrada.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Edimburgo, na Escócia, uma cidade super charmosa

Apesar de não ser um destino super badalado, a Escócia definitivamente é um país que merece ser visitado. Edimburgo é uma cidade encantadora, super charmosa. Acabei de voltar de lá. Para mim, é a capital no Reino Unido com uma cara mais própria. Única, sabe? Pq acho Londres, Belfast e mesmo Dublin (que ainda tem mto de UK) bem parecidas. O sotaque de Edimburgo não é difícil de entender (embora que digam que no interior do país, a coisa complica). Atenção à pronúncia: ninguém fala "Edinburgh" na cidade. Todos dizem: Edinbvrgh (algo como "Edinbvrah").
A cidade encanta pq, ao contrário da maioria dos lugares da Europa, plainos, Edimburgo tem morros e montanhas. Isso porque havia um vulcão ali há mais de 340 milhões de anos, que entrou em erupção e formou as rochas onde hoje estão algumas das atrações mais conhecidas e as melhores vistas da cidade. É mto bacana caminhar pelo Centro, olhar para o lado e ver um monte com um castelo em cima.
Comecei o tour pelo Edinburgh Castle. A entrada custa 15 libras (sim, estamos no Reino Unido) e não tem desconto para estudantes. Mas vale a pena. O castelo é enorme e a vista, linda. Construído no topo do vulcão inativo, ainda hoje algumas das edificações são utlizadas pelo exército como quartel pela posição estratégica (de lá se vê o estuário de Forth, um braço do mar que banha Edimburgo). Entre as atrações do castelo estão as jóias da Coroa, espada, cetro e coroa, datados entre séculos 15 e 16, além da Pedra do Destino. A história da pedra (que é só isso mesmo, uma pedra retangular) é a seguinte: os antigos acreditavam que ela tinha servido de travesseiro para Jacó (o cara da Bíblia) e depois foi levada para o Egito por faraós. Desde 1057, a pedra é usada na cerimônia de coroação dos reis da Escócia. Em 1296, quando a Inglaterra invadiu a Escócia, os ingleses levaram a pedra para Londres. Lá ela continuou sendo usada, ficando abaixo do trono da coroação dos reis do Reino Unido. Em 1996, a rainha Elizabeth II decidiu devolvê-la para a Escócia, depois de 700 anos(!). A pedra foi então transportada da Abadia de Westminster para o castelo com a condição que será enviada de volta a Londres para futuras cerimônias de coroação (de Charles ou William, por exemplo).
Outra atração do castelo é o One O'Clock Gun. Desde 7 de junho de 1861, o canhão dispara com objetivo de ser um sinal sonoro para navios no porto de Leith. Afinal, naquela época, relógios não eram algo comum. Até hoje continua disparando (mas agora é um canhão moderno, com algo como "festim"). Todos os dias, de segunda a sábado, menos no Natal e na Sexta-feira Santa.
Outros pontos do castelo são a capela de St Margeret, o prédio mais antigo, dedicado à santa que morreu ali (Margeret, rainha da Escócia, foi canonizada por sua dedicação aos pobres). Além disso, tem museus do exército, da guarda real e de guerra (com nomes de todos escoceses que morreram nas duas guerras mundiais). Ah, tem tours de graça. Rapidinhos, dá para aprender o básico sobre a história do prédio e os guias são bem amáveis para responder dúvidas sobre o castelo ou sobre a Escócia.
Bem em frente ao castelo, está a esplanada, espécie de estádio, com arquibancadas, onde anualmente ocorre o Royal Edinburgh Military Tattoo, festival de bandas militares (com gaitas de foles, claro). Este ano será de 5 a 27 de agosto, quando mais de um milhão de turistas são esperados.
O Edinburgh Castle fica no início da Royal Mile. Nessa rua (que, na verdade, oficialmente tem outros nomes, dependendo da quadra) é onde estão as lojas para turistas e diversos museus e atrações. Vale o passeio pela via inteirinha, entrando nas lojas de whisky, onde se vendem garrafas, miniaturas e outros produtos (comprei uns docinhos chamados whisky fudge, uns caramelos feitos com a bebida, tri bons). Tbm tem dezenas de lojas que vendem peças em cashmer ou lã com a tradicional estampa tartan, aquele mesmo xadrez dos kilts. Dá para comprar cachecóis, casacos, luvas, boinas e, claro, kilts. Ou até um bichinho de pelúcia do Nessie, o monstro do Lago Ness (verde, com cachecol e boina tartan. Ahah). Na Royal Mile tbm ficam vários museus. E o melhor: todos têm entrada grátis! Eu fui no Museum of Childhood, museu da infância, com bonecas, carrinhos, ursinhos, trenzinhos, etc. Para voltar a ser criança (tem alguns brinquedos que dá para brincar. Óbvio que os adultos e adolescentes tbm não resistem. Eu brinquei com um Lego! Ahaha). Tbm dei uma passada no The People's History (museu com a história do povo, trabalho, lazer, saúde, de gente comum) e no Museum of Edimburgh (história da cidade). Lá no fim da Royal Mile fica o Parlamento Escocês, num prédio super moderno, e o Palace of Holyroodhouse, a residência oficial da rainha na Escócia. A entrada custa 10,50 libras (ou 9,50 para estudantes). Dá para ver algumas salas importantes, camas de reis do passado (incluindo da Mary, Queen of Scotland). Nos fundos, o visitante encontra as ruínas da Holyrood Abbey, uma abadia construída em 1128, e os jardins onde a rainha Elizabeth II oferece festas no verão. Se tiver fôlego, ol visitante também pode subir no Holyrood Park, montanha ao lado do palácio real.
Além da Royal Mile, outras ruas para se perder por Edimburgo são a Grassmarket, com vários pubs e lojinhas, e a Princes Street. Essa última é a principal da cidade. As lojas são aquela coisa normal, de Zara a HM, passando por Disney e Mc Donalds. Mas os jardins e a Galeria de Arte (de graça) valem muito a pena. Subindo a Princes Street (na direção contrária do aeroporto) se chega a Calton Hill, mais uma montanha fruto da erupção vulcânica. Lá estão vários monumentos e se tem uma vista incrível da cidade. O Nelson Monument funciona como uma ball-time. É uma torre com uma bola em cima, que é içada sempre à uma da tarde (mesmo horário do canhão). Isso porque o som do canhão poderia demorar para chegar até o porto, dependendo do vento, e atrasar os relógios. A bola é um sinal visual mais preciso.
Outro lugar interessante para visitar é o Greyfriars Kirk, igreja e cemitério. Além de ser a igreja mais antiga da reforma protestante da Escócia, o lugar guarda uma história especial. Você verá nas lojas da cidade vários produtos com a estampa de um cachorrinho. É o Bobby, um Skye Terrier que pertenceu a um escocês chamado John Gray. O homem morreu em 1858 e foi enterrado neste cemitério. O cãozinho descobriu sozinho o túmulo do dono e lá dormiu todas as noites até sua morte, em 1872, ou seja ,14 anos depois. É considerado um exemplo de lealdade e devoção. Tem até uma estátua em bronze em homenagem ao cachorro na Candlemaker Row. Em 1961, os estúdios Disney fizeram um filme sobre o cão chamado Greyfriars Bobby - The True Story of a Dog.
Com histórias de pessoas comuns, reis e até cachorros, a Escócia, definitivamente, é um lugar que merece ser visitado.


Mais dicas:
- O aeroporto fica a uns 30 minutos de ônibus do Centro. É servido pela Airlink, com ônibus a cada dez minutos até meia-noite (e com frequência menor durante madrugada). Custa 3,50 libras o single ou 6 libras o return. Mais fácil, impossível. É só parar na Waverley Bridge.
- Eu não fui, mas tem tours de um dia para o Lago Ness por volta de 35 libras.
- Outro ponto para visitação pode ser a Capela de Rosslyn, aquela que aparece no filme Código Da Vinci. A igreja, que tem símbolos bíblicos, pagãos e esotéricos, fica a umas seis milhas de Edimburgo.


Assista a parte inicial e o finalzinho (mas não estraga a história. Ahaha) do filme da Disney do Bobby (se quiser, dá para encontrá-lo inteiro no You Tube dividido em nove partes): http://www.youtube.com/watch?v=B29nA5GVvFE

Ou tem uma versão nova, feita no Reino Unido e lançada em 2006, chamada Aventures of Greyfriars Bobby (esse é o trailer, q resume bem a história, q é toda real mesmo. Nessa versão, o cachorro é branco. No filme da Disney, é cinza. Na igreja e no museu de Edimburgo tem um quadro e fotos - PB, claro - com o cachorro. pelo jeito, ele era escuro mesmo. ahah): http://www.youtube.com/watch?v=Jm95Ps6Song

domingo, 17 de julho de 2011

Vídeo: conhecendo o Phoenix Park

Bom, como o sábado foi de sol (ou não. Ahaha), resolvi me distrair fazendo um vídeo sobre o Phoenix Park, o maior parque de Dublin e um dos maiores da Europa. O Phoenix Park tem 707 hectares (gigaaaaante) e muitas atrações. Confira as principais no vídeo.

P.S. Se caso o vídeo não rodar aí em cima, clica no link do You Tube: http://www.youtube.com/watch?v=Tg_1Tc4u6sc&feature=youtube_gdata

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Vídeo: conhecendo as principais atrações de Dublin (circulando pela área central)

Como agora é verão, resolvi mostrar a cidade para vocês. Especialmente, para aqueles que têm vontade de um dia visitar ou morar em Dublin.
Fiz um giro pelos principais pontos da área central: Rio Liffey, O'Connell Street, Grafton Street, Trinity College, St Stephen's Green Park, Temple Bar.
Espero que gostem!

Se o vídeo não rodar direito aí em cima, clica neste link, no You Tube: http://www.youtube.com/watch?v=B3lGBZJHy4w

terça-feira, 5 de julho de 2011

Temporada de liquidações na Europa: dicas do que vale a pena comprar

Em toda vitrine está o cartaz, enorme (vermelho, normalmente): liquidação de verão. Sim, está aberta a temporada de preços reduzidos (50%, na média) na Europa. O verão recém-começou, mas dá para comprar vestidos, sandálias, etc, por preços camaradas. É claro que tem aquelas armadilhas de sempre: vi várias coisas q estão pelo mesmo preço de antes, só com a etiqueta enorme e chamativa com a palavra mágica para incentivar o consumo: "promoção". Mas se você está vivendo por aqui e precisando de algo ou está viajando pela Europa com alguma graninha, esse é o momento de comprar.
Eu já tinha feito um post sobre o estilo das gurias se vestirem aqui (leia aqui). Mas, claro, cada país tem suas próprias características. Na metade sul da Espanha, elas se vestem de um jeito que lembra um pouco o brasileiro, por causa do calor. Vestidos, shortinhos e só, sem meia calça. Já Paris é o lugar certo para comprar echarpes, lenços, cachecóis. Por mais que se use essas peças de pescoço por toda Europa, na França, é onde a variedade é maior (eu sempre compro uma mantinha - no Sul do Brasil, chamamos manta para echarpe ou cachecol - em cada lugar onde vou. Não me pergunte quantos tenho. Já parei de contar há tempos).
Vale a pena comprar nessas liquidações de verão, na minha singela opinião:
* sapatilhas - de todos os tipos. Os sapatinhos flat são os mais populares na Europa. Super confortáveis, vão do trabalho a balada. Absolutamente todas as mulheres usam na Europa.

 * vestidos florais: tanto de estampas pequeninhas quanto daquelas enormes. Fluídos ou com volume.

* óculos de acetato coloridos - não são novidade dessa estação, mas ainda estão bombando para as antenadas.

* casaquinhos soltinhos de malhazinha: tipo cardigans compridinhos. Mas nada de ser justinho. Tem que ser ajustado, mas com cara de confortável. Aliás, um parênteses sobre roupas justas: tirando calça skinny, européia não usa nada mto colado. Decotes não são tão comuns tbm. Essa ânsia por ser sexy (e mostrar isso pelas roupas) é das brasileiras. Ou melhor, das latinas pq aqui eu vejo outras sul-americanas q tbm se vestem assim. Talvez pq aqui ir para academia, ser gostosona (para o padrão brasileiro) não é desejo número 1, como no nosso país.

* Blusas ou saias com cara de "saí de um guarda-roupa de outra década": algo meio fifties, sixties, seventies ou eighties. Daí, depende do gosto da freguesa: romantiquinho, saia com cintura marcada, cardigan, camisetas larguínhas com a parte de baixo curtíssima, etc. Mas tudo com cara de moderno, revisitado.


Well, quem sabe, ficam aí dicas para o verão 2012 para o Brasil.

sábado, 2 de julho de 2011

Gostos, cores, amores e sorvetes...



Amo sorvete. Estou sempre em busca do melhor sorvete do mundo (é sério isso). No Brasil, adorava ir em sorveterias artesanais. Aqui pela Europa, tento sempre provar nos países que visito. Na Espanha, tomei sorvete em todos os oito dias que fiquei lá. Cada dia num lugar. Ótimos! Estou esperando ansiosamente pelos da Itália.
Em Paris, o Berthillon é mto bom. Os da Amorino são uma graça. Em Londres, prove o The Icecreamists, no Covent Garden Market (foto).
Mas os da Irlanda... Horríveis! Na verdade, aqui, os irlandeses falam com orgulho do “irish ice cream”, mas eu acho o pior sorvete que já experimentei na vida. O tradicional deles é branco (não descobri se é de baunilha ou de quê, pq, para mim, não tem gosto de nada). A consistência é de um creme, de chantilly, de qualquer coisa, menos do que eu chamo de sorvete. Normalmente, eles colocam um canudinho de chocolate em cima (que também não tem mto gosto). E é isso.
A Kibon aqui se chama HB (aliás, em cada país, a Kibon tem um nome diferente. Não me pergunte pq... Achava tão mais fácil – até como estratégia de marketing – ter uma única marca). Mas os sorvetes não são todos os mesmos do Brasil, alguns, sim, outros, não. Mesmo os que são, como Cornetto, têm gosto muito diferente. Adaptados ao paladar irlandês (o tal do creme sem gosto).
Abriu uma sorveteria dita italiana na Grafton Street. Fui lá bem feliz. Não é aqueeeeele sorvete italiano, é melhor do que qualquer um que já tinha provado na Irlanda, mas também é “ao gosto irlandês”.
É assim é com tantos outros produtos (o que torna a arte de cozinhar um pouco mais difícil). Uma das únicas coisas que me parece igual é a maionese Hellman’s. Leite condensado, por exemplo, é artigo que não tem em todo mercado. Os que comprei para fazer bolo são da Nestlé (mas não chama Leite Moça. Ahah. Como curiosidade: o nome é Carnation), mas têm consistência diferente, mais líquida, e não são tão doces. Aliás, os sucos de caixinha daqui também não são tão doces (a maioria é horrível, não tem gosto de fruta de verdade).
É, as adaptações de marcas a cada país vão muito além de a loja da Disney em Dublin vender Mickeys e Minnies vestidos de leprechaus. Cada nação, além de seus próprios símbolos, tem seu próprio paladar. Lembro que, no final do ano passado, quando fiz uma matéria sobre espumantes na Serra gaúcha, uma das minhas fontes disse, para explicar o incrível aumento nas vendas de moscatel no Brasil: “é que brasileiro gosta de produtos bem doces”. Vejo agora que é verdade. A maioria das coisas no exterior parece não ter mto gosto para um brasileiro.
Ah, ainda sobre sorvetes: não tem buffet, como no Brasil. Você se servir, nem pensar! E os atendentes não pegam com uma conchinha para fazer bolinhas. Você escolhe o sabor e ele usa uma espátula, tanto para o copinho quanto para a casquinha.