terça-feira, 22 de março de 2011

Lições sobre o essencial

No final da tarde de domingo, de folga e finalmente com coragem de organizar minhas gavetas, resolvi realizaro teste das malas. Tentar fazer minha vida caber em duas peças de 32 quilos. Quer saber? Foi muito mais fácil do que pensei.
No fundo de uma das malas foram os sapatos (baixinhos, só um de salto para a noite, já que Dublin é cidade feita para se descobrir a pé) e o que não é roupa (produtinhos de beleza brasileiros q não vivo sem, farmacinha básica, incluindo sete anticoncepcionais, líquido para lentes de contatos, bolsinha de festa, lenços de pescoço, etc). Na outra mala, as roupas - alguma coisa de verão, muita peça de meia-estação, com manguinhas, casacos.
Quando joguei tudo o que queria levar em cima da cama, pensei: “nunca isso vai entrar em uma mala só!” Mas, não é que coube! Da mala menorzinha, das não-roupas, abri o expansor. Mas da outra, não. Só que minha ideia era ir com o expansor fechado das duas, já que sempre compramos lembranças em viagens. Então, tô pensando seriamente em adquirir uma mala maior para substituir a minha menorzinha. É que não pretendo ir com bagagem de mão. Só com minha bolsa de mulher (que é enorme, quase uma mala mesmo) e o laptop, além das duas malas. Ah, e uma mochila vazia, enroladinha dentro da bagagem, para levar nas viagens pela Europa.
Há alguns anos, para mim, era impensável arrumar uma mala para ficar uma semana na praia no RS (lugar onde não há muito o que fazer ou onde ir) sem entupi-la de roupas e sapatos (dos quais eu não usaria metade durante toda a estadia, mas o lance era poder contar com várias opções). Agora, foi extremamente simples fazer essa prévia das malas para passar mais de seis meses fora do país (o mais difícil, confesso, foi desfazê-las, reorganizar as coisas nos armários). Com o passar dos anos, mudamos e o que nos é essencial também se transforma.

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